Reco do Bandolim lança esta semana no Clube
do Choro o CD "Na Caçapa do Meio", quarto de sua carreira e primeiro
inteiramente autoral. São nove composições inéditas em parceria com o
violonista Henrique Neto, sete cordas do grupo Choro Livre, que acompanha Reco no disco e no palco.
Reco
diz que a inspiração para o álbum veio da esposa, Maria Aparecida, que
sempre lhe incentivou a gravar suas músicas. A faixa de abertura, "O Mesmo
Amor", é dedicada a ela. Outra
fonte de inspiração foram as rodas de choro com os alunos da Escola Brasileira
de Choro Raphael Rabello, que, segundo Reco,
o "desafiavam" a modernizar seu estilo de tocar e compor.
Henrique Lima Santos
Filho, o Reco do Bandolim, é baiano
de Salvador. Chegou a Brasília ainda adolescente e participou de bandas de
rock, nos primórdios do movimento musical que projetaria a cidade na década de
80. Mas a descoberta do bandolim e os discos do mestre Jacob Bittencourt
despertaram uma paixão definitiva pelo Choro, e a guitarra foi definitivamente colocada
de lado.
Participou do grupo de
fundadores do Clube do Choro de Brasília, em 1978, e forjou seu estilo em rodas
musicais ao lado dos mestres Waldyr Azevedo, Avena de Castro, Alencar 7 cordas,
Armandinho Macedo e Pernambuco do Pandeiro. Presidente do Clube do Choro de
Brasília e fundador da Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, Reco do Bandolim é ainda jornalista
profissional e radialista.
Dono de um estilo
refinado, de interpretações elaboradas, onde a emoção e a sensibilidade
convivem com o requinte e o virtuosismo, Reco
se declara eterno discípulo de Jacob do Bandolim. Tem quatro discos gravados,
dois pelo setor de pesquisas do Banco do Brasil e dois independentes, entre os
quais se destaca o "Reco do
Bandolim & Choro Livre", com mais de cinco mil cópias vendidas.
Aliás, a versão de "Retratos – Pixinguinha", do mestre Radamés
Gnatalli, constante desse CD, foi escolhida para figurar num disco que reúne as
dez maiores interpretações de bandolinistas brasileiros.
Filho dileto do Clube do
Choro de Brasília, o regional Choro
Livre tem no seu batismo a tradução de como vê e toca o gênero: criativo e
aberto a novas influências. Fiel à raiz, mas sem medo de dogmas, o conjunto
"sacode a poeira e dá a volta por cima", fazendo uma leitura
contemporânea dos clássicos do Choro e complementando o repertório com novos
autores e composições próprias.
O Choro Livre já atuou ou dividiu o palco com monstros sagrados da
MPB, de Nelson Cavaquinho a Clementina de Jesus, de Moraes Moreira a
Armandinho, de Abel Ferreira a Paulo Sérgio Santos, de Raul de Barros a Dona
Ivone de Lara, de Waldir Azevedo a Paulinho da Viola, de Hermeto Paschoal a
Sivuca.
Grupo de base de todos os
projetos apresentados pelo Clube do Choro de Brasília nas últimas dez
temporadas, o Choro Livre acompanhou
apresentações inesquecíveis de Altamiro Carrilho, Oswaldinho do Acordeon,
Dominguinhos, João Donato, Época de Ouro, Cristóvão Bastos, Guinga, Wagner
Tiso, Paulo Moura e outros bambas da nossa música popular.
Reco do Bandolim & Choro Livre já excursionaram pela Europa,
Ásia, África, América do Sul e América do Norte. Participaram de festivais de
música e fizeram shows nos Estados Unidos, China, Canadá, Áustria, Espanha,
Portugal, França, República Tcheca, Tunísia, Emirados Árabes, Argentina, Peru,
Suriname e Uruguai.
O grupo é formado por Reco do Bandolim (bandolim), Henrique
Neto (violão 7 cordas), Rafael dos Anjos (violão 6 cordas), Marcio Marinho
(cavaquinho) e Valério Xavier (pandeiro).
ESTILO
"Reco do Bandolim & Grupo Choro Livre",
segundo CD do regional, aposta no chamado sangue novo. "A gente tem a obra
dos mestres como referência", diz Reco.
"Mas nesse trabalho procuramos imprimir um sentido atual ao nosso repertório,
sem qualquer rejeição ao tradicional. "Este foi o ponto de partida do CD,
que tem 14 faixas, e apenas uma releitura de "Na baixa do Sapateiro"
(Ary Barroso), entre as mais conhecidas do grande público. As demais músicas
foram garimpadas pelos integrantes do conjunto. Os Choros "Novato"
(Esmeraldino Sales) e "Ela e Eu" (Osvaldo Colagrande) foram
descobertas pelo violonista Alencar Sete Cordas, ex-integrante do grupo, que as
escutou numa rádio do interior durante uma madrugada de insônia.
Já "Meu Rádio, Meu
Mulato" (Herivelto Martins) foi encontrada por Reco no acervo da Rádio
Nacional AM. "Não é um Choro, nem é parte do repertório mais conhecido de
Herivelto. Mas como o chorinho, segundo Paulinho da Viola, é mais uma maneira
de tocar do que um gênero musical, 'Meu Rádio...' é uma composição que se
identifica com o espírito do Choro. Por isso fizemos um arranjo e a incluímos
no CD".
Outra faixa,
"Estamos Aí", de Maurício Einhorn, que chegou a ser um dos
"hits" da bossa nova, mereceu o mesmo tratamento. Sem desmerecer aos
tradicionais aficcionados do Choro, mais acostumados ao repertório tradicional,
o CD "Reco & Choro Livre" procura inovar, buscando atingir também
o público jovem.
A nova geração tem
marcado sua presença nas apresentações dos projetos do Clube do Choro de
Brasília. Este novo trabalho é, também, uma homenagem e um reconhecimento a
ela, que tem revelado grande interesse pelo gênero, como expressam os mais de
800 alunos inscritos na Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello e os mais de
500 candidatos que aguardam vaga para se matricular.
O novo disco de Reco do Bandolim & Choro Livre,
trabalho autoral, será lançado no Clube do Choro de Brasília.
As apresentações
acontecem dias 28, 29 e 30 de Novembro de 2012 – Quarta, Quinta e Sexta-Feira a
partir das 21:00 horas. Ingressos a
R$20,00(inteira) e R$10,00 (meia).
Informações: Tel.: 3224.0599. Ingressos:
Clube do Choro de Brasília – SDC BLOCO “G” - Funcionamento da bilheteria: 2ª a 6ª
feira: 10:00 às 22:00 horas. Sábado a partir de 19:00 as 21:30 horas, ou
através do site: www.clubedochoro.com.br
O
Clube do Choro de Brasília fica entre a Torre de TV, o Centro de Convenções e o
Planetário.
Produção: Marco Guedes (0xx-61-3225-1199 / 0xx-61-7816-5341-ID
97*-50701).
Contato artista: Oxx-61-9221-7735
Não recomendado para menores de 14 anos==> Foto: Renata Samarco
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