Uma noite primorosa. É dessa forma que pode ser analisada a atuação do 
São Paulo, que, de maneira impiedosa, despachou o atual campeão 
Universidad de Chile da Copa Sul-Americana com uma vitória por 5 a 0, na
 noite desta quarta-feira, no Pacaembu. Como o time brasileiro já havia 
vencido o primeiro jogo por 2 a 0, no Chile, o placar agregado não deixa
 dúvidas sobre a superioridade tricolor: 7 a 0.
 O placar do Pacaembu refletiu com tamanha exatidão o que foi a partida.
 Do primeiro ao último minuto do jogo apitado pelo paraguaio Enrique 
Caceres, o São Paulo sobrou em campo. Jadson (duas vezes), Luis Fabiano,
 Lucas e Rafael Toloi fizeram os gols numa vitória que poderia ser ainda
 maior, se o time não tivesse tirado o pé do acelerador no segundo 
tempo, quando Ney Franco poupou alguns de seus principais jogadores.
 Com a classificação às semifinais, os comandados de Ney Franco 
igualaram a melhor campanha do São Paulo no torneio, que até então havia
 sido registrada em 2003, quando o sonho do título parou no River Plate 
(ARG). O próximo adversário permanece indefinido. Se o Grêmio passar 
pelo Millonários, da Colômbia, o time gaúcho será o rival do São Paulo. 
Do contrário, o Tricolor enfrentará o vencedor do duelo entre 
Independiente (Argentina) e Universidad Católica (Chile). Mas se dois 
argentinos chegarem às semifinais (Tigre e Independiente estão na 
disputa), e o Grêmio sucumbir diante do Millonários, o time colombiano 
será o adversário do Tricolor paulista. 
Pelo Campeonato Brasileiro, o Tricolor voltará a campo no domingo, 
contra o Grêmio, às 17h, no Olímpico, em Porto Alegre. No torneio 
nacional, a equipe ocupa a quarta colocação com 59 pontos, oito a mais 
que Botafogo e Internacional, seus principais perseguidores.
 Gols saem com facilidade
Sem Osvaldo, fora de combate por causa de uma pequena lesão na coxa 
esquerda, o técnico Ney Franco mudou o esquema tático que vinha dando 
certo nas últimas partidas. Saiu de cena o 4-3-3 e entrou o 4-4-2, com 
Maicon no meio-campo. Do outro lado, necessitando de gols para buscar 
uma difícil classificação, Jorge Sampaoli manteve o Universidad de Chile
 com três homens de frente (Lorenzetti, Ubilla e Gutierrez) e uma 
alteração no meio em relação ao jogo disputado em Santiago: Castro na 
vaga de Cereceda.
 Com a torcida fazendo enorme festa nas arquibancadas, o Tricolor 
começou o embate como um rolo compressor e não precisou de mais do que 
cinco minutos para abrir o marcador com Jadson, que, após contra-ataque 
iniciado por Maicon, recebeu no meio e, de fora da área, bateu no canto 
direito de Herrera: 1 a 0. 
 A entrada de Maicon no meio-campo manteve a ofensividade e ainda 
resolveu problemas defensivos. Com um homem a mais no setor, Jadson 
ganhou liberdade e, a todo instante, encostava em Lucas e Luis Fabiano 
na frente. Atrás, a cobertura dos laterais, que falhou em vários 
momentos da partida contra o Fluminense no domingo, voltou a funcionar. 
 O jogo ficou na mão do Tricolor. Sampaoli gesticulava muito no banco de
 reservas com sua equipe, que até subiu seu meio-campo, mas não levava 
perigo ofensivamente. E ainda deixava o contra-ataque à disposição do 
São Paulo. Em um deles, Lucas avançou pelo meio, deu o drible da vaca em
 Rodriguez e, cara a cara com o goleiro, bateu no canto direito, 
marcando um golaço: 2 a 0. 
 O tempo passava, e os comandados de Ney Franco seguiam jogando em 
altíssima velocidade. Para completar a festa da torcida, faltava o gol 
de Luis Fabiano. Que veio aos 29, após passe açucarado de Lucas. Nas 
costas da marcação, o camisa 9 ficou na frente do goleiro chileno e, com
 classe, deu toque por cima, fazendo seu 30º gol na temporada.
 Passeio
Com o jogo definido, Ney Franco aproveitou para dar descanso a alguns 
atletas, já que o time vem jogando às quartas e domingos e o treinador 
tem usado sempre força máxima. Primeiro, ele sacou Lucas para colocar 
Ademilson. Na sequência, Willian José, herói da vitória em Santiago, 
entrou na vaga de Luis Fabiano. O time chileno, que voltou com Cereceda 
no lugar de Castro, tinha uma missão muito complicada pela frente: 
marcar cinco gols em 45 minutos. E não tomar nenhum.
 Sem suas duas principais peças em campo, o São Paulo diminuiu seu ritmo
 e, no lugar da velocidade do primeiro tempo, entrou em ação a cadência,
 a valorização da posse de bola. Aos 17, Ney Franco queimou sua última 
substituição, com Casemiro na vaga de Denilson. Mesmo assim, o show 
continuou. E com mais um golaço. Rafael Toloi, vilão do empate com o 
Fluminense ao falhar no gol de Fred, acertou uma linda cobrança de pé 
direito da intermediária e mandou a bola no ângulo esquerdo de Herrera, 
que nada pôde fazer: 4 a 0.
 Fatura definida? Nada disso. O Tricolor queria mais. Aos 32, após 
belíssima jogada de Cortez pela esquerda, Jadson, um dos destaques da 
noite, marcou o quinto.
 Entusiasmados, os 32 mil são-paulinos presentes no Pacaembu começaram a gritar.
 - Oooooo, o campeão voltou, o campeão voltou, o campeão voltoooou!
 Como o título brasileiro já não é mais possível, o Tricolor mira a 
Sul-Americana para encerrar um jejum que vem desde 2008. E, para isso, 
ainda poderá ter a estreia de Paulo Henrique Ganso, em fase final de 
recuperação de uma lesão muscular.
==> Fonte: Globoesporte

 
 
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