Neymar perde pênalti, e Santos não sai do zero contra o Universidad

No geladíssimo Estádio Nacional, Neymar foi disparado o principal destaque da partida de ida da final da Recopa Sul-Americana, entre Universidad de Chile e Santos. Isso não quer dizer, porém, que o craque só tenha feito coisas boas no duelo que terminou com o empate em 0 a 0 na noite desta quarta-feira.

As quatro boas (e únicas) chances do Peixe na partida tiveram participação do craque. Na mais clara delas, em pênalti inexistente marcado em cima dele mesmo pelo árbitro argentino Néstor Pitana, o popstar da Vila escorregou e isolou por cima do gol. Com o erro, o jejum de gols longe do país pelo Alvinegro permaneceu em vigor neste ano. Agora, são cinco jogos.

La U, por sua vez, também teve ótimas chances de chegar ao gol, mas não soube aproveitar. O centroavante Gutiérrez e o bom volante Aránguiz, destaque do time chileno, tiveram as melhores oportunidades, sem sucesso.

O empate com gosto estranho para os dois lados deixa tudo aberto para o próximo embate entre as equipes, marcado para o dia 26 de setembro, às 22h (de Brasília), no Pacaembu. Em caso de novo empate, haverá prorrogação. Persistindo a igualdade, o título da Recopa será decidido nos pênaltis.

Agora, o Santos tem o clássico contra o Palmeiras, neste sábado, às 18h30m (de Brasília), no Pacaembu, enquanto a Universidad de Chile enfrentará a Union Española, no mesmo dia, pelo torneio Clausura, fora de casa.

Neymar desequilibra e La U pressiona

Todas as expectativas antes da partida rodeavam Neymar. Quando a bola rolou, de fato, todos os holofotes do Estádio Nacional se voltaram para o craque. Tanto para o bem quanto para o mal. Empolgada pela pressão de sua torcida na congelante Santiago, a Universidad de Chile começou pressionando com a bola nos pés, mas sem eficiência. Armado no 4-2-3-1 de Muricy Ramalho, o Santos estava postado esperando um erro, para aproveitar a velocidade de Neymar e Patito Rodriguez nos contra-ataques. Os erros da La U vieram, mas os equívocos alvinegros impediram o time de abrir o placar.

Quando tinha a bola nos pés, o Peixe se mostrava superior tecnicamente. Até que teve três chances em sequência para abrir o placar, sempre com a participação de Neymar. O craque recebeu bola com açúcar de Ganso, deu um drible de corpo no zagueiro e tirou o goleiro Herrera da jogada, mas hesitou na finalização, perdendo o ângulo para o chute, aos oito minutos. Em seguida, chamou Martínez e Rojas para dançar pelo lado direito do ataque e, mostrando visão de jogo, achou Ganso livre no segundo pau. O meia pensou, driblou com calma e finalizou de direita, mas Herrera evitou o gol com linda defesa, aos 14.

No momento em que o camisa 11 poderia encerrar o jejum de gols pelo Santos fora do país no ano, o inesperado aconteceu. Após mais uma bonita jogada, pela direita, Neymar driblou Rojas e Martínez, que o derrubou fora da área, aos 16. O árbitro argentino Néstor Pitana, porém, assinalou pênalti inexistente. Na cobrança, o craque lembrou o italiano Roberto Baggio na final da Copa do Mundo de 1994 e isolou por cima, depois de escorregar.

O erro diminuiu o ritmo do Santos e aumentou a confiança da equipe chilena, que passou a arriscar principalmente em chutes de fora da área. A mais perigosa delas foi com o volante Aránguiz, destaque do time, que por muito pouco não acertou o ângulo de Rafael, aos 38. Logo em seguida, o mesmo Aránguiz cruzou na cabeça de Gutiérrez, mas o centroavante da La U desperdiçou ótima chance, cabeceando para fora. Ainda houve tempo para Lorenzetti, aos 42, novamente ficar no quase pelo time, ao finalizar à esquerda do goleiro santista.

Pouca emoção e empate

O primeiro tempo terminou com a Universidad de Chile pressionando o Santos, e o segundo não começou diferente. Sem substituições dos dois lados, o panorama se manteve. Explorando as bolas aéreas, um dos bons caminhos para vencer a zaga alvinegra, o time chileno assustou duas vezes seguidas com o centroavante Gutiérrez, aos quatro e cinco minutos.

Aparentemente nervoso, o Peixe errava passes bobos na saída de bola e proporcionava mais pressão do adversário. O problema é que nenhum dos dois lados aproveitava as poucas chances, e a partida passou a se arrastar. A torcida levantou-se novamente no Estádio Nacional aos 20, quando Muricy Ramalho substituiu André pelo argentino Miralles. O atacante recebeu vaia ensurdecedora dos fanáticos pela La U, já que era carrasco do time chileno quando atuava pelo Colo Colo, arquirrival, e Everton. Ao todo, fez oito gols em 11 jogos contra o adversário santista na final da Recopa. Mas desta vez passou em branco.

Na sequência, lance polêmico. Após cobrança de falta, Rojas e Bruno Rodrigo se encorrscaram dentro da área e os dois caíram. A torcida, claro, pediu pênalti, mas o árbitro Néstor Pitana, desta vez, mandou seguir, aos 22. O último lance que fez os chilenos vibrarem nas arquibancadas foi protagonizado pelo bom volante Aránguiz. De falta, o jogador assustou aos 36.

Quando o duelo parecia definido, quase um lance de genialidade de Neymar desempatou o jogo. Felipe Anderson puxou contra-ataque, mas vacilou na hora de passar para o atacante, aos 44. O camisa 11, mesmo sem ângulo, tentou encobrir Johnny Herrera e acabou acertando o travessão. Empate com gosto estranho para o Santos, que teve chances para vencer fora de casa, mas também escapou de uma pressão da La U.

==> Fonte: Globoesporte

==> Foto: Agência EFE

1 comments:

Blog da Paty disse...

Ele teve a infelicidade de escorregar bem na hora do chute..Mas bonito mesmo foi a bola na trave quase encobre o goleiro...

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