JOGOS OLÍMPICOS: Campeãs olímpicas desembarcam em São Paulo

A seleção brasileira feminina de vôlei campeã olímpica chegou nesta SEGUNDA-FEIRA (13.08) a São Paulo (SP), onde participaram de entrevista coletiva e carreata pelas ruas da capital paulista. O Brasil conquistou a medalha de ouro no último SÁBADO (11.03), depois de uma vitória, de virada, sobre os Estados Unidos, por 3 sets a 1. A equipe brasileira assegurou o bicampeonato olímpico e o técnico José Roberto Guimarães chegou a conquista de três ouros (Barcelona/92, Pequim/08 e Londres/12).

Nas primeiras declarações em solo brasileiro, o treinador minimizou o foco em sua direção quando se tratava de destaque individual.

"Essa conquista não passou em momento algum pela minha cabeça. Me sinto extremamente orgulhoso, principalmente quando penso no nome do Ademar Ferreira da Silva, e dos feitos que ele proporcionou ao nosso país. Me sinto muito lisonjeado. E espero que muitos brasileiros de outras modalidades se juntem rapidamente a mim. Ganhar uma medalha em uma Olimpíada é um feito extraordinário. Parabéns aos outros medalhistas", disse Zé Roberto.

O treinador do Brasil ainda enfatizou o poder de superação apresentado pela equipe durante os Jogos Olímpicos de Londres.

"É um prazer, principalmente em momento como esse, festejar esse grande feito da seleção feminina. Para nós, foi um momento único, muito particular, por tudo que vivemos na Olimpíada de Londres, desde o início. Vivemos um momento extremamente complicado, mas foi nessa hora onde mais aprendemos e coisas importantes surgiram", afirmou José Roberto Guimarães.

O treinador ainda exaltou a força do grupo. E fez questão de retribuir a dedicação das atletas. "Gostaria de agradecer muito as jogadoras, o comportamento e a postura que elas tiveram durante todo o campeonato. Passamos por dificuldades e conseguimos reagir. Assim, escrevemos essa história linda que foi a medalha de ouro em Londres. Meu muito obrigado a todas", disse Zé Roberto, que elogiou o desempenho do Brasil na decisão.

"Sabíamos que os Estados Unidos eram os favoritos. Só que sabíamos, também, que, se fossemos para final, em jogo único tudo poderia acontecer. Em todos esses anos, perdendo ou ganhando, procuramos monitorar o time americano em seus pontos fortes e fracos. Fizemos um jogo muito bom na decisão, com exceção do primeiro set. Depois, a ansiedade diminuiu e começou a se concentrar nas coisas boas que poderíamos fazer, conseguiu começar a virar as bolas e defender e bloquear mais que as americanas. Foi uma vitória merecida".

Jogadoras exaltam a união do grupo

A meio de rede e capitã da seleção brasileira, Fabiana, melhor bloqueadora dos Jogos Olímpicos de Londres, seguiu a linha de raciocínio de José Roberto Guimarães e destacou que a união da equipe foi fundamental para a conquista do resultado final.

"Eu e todo o grupo estamos muito felizes por essa conquista. Sabemos que construímos uma grande história e até pela maneira que foi, mostrou uma superação de toda a equipe. Acreditamos em todo momento. O grupo sempre acreditou que poderia conquistar o titulo e soube superar todos os momentos difíceis. Acredito que chegamos a conquista do ouro pela força do grupo", declarou Fabiana.

A oposto Sheilla, dona do melhor saque da competição, deixou de lado qualquer possível crítica e preferiu enfatizar o resultado conquistado pelo grupo brasileiro.

"Não foi a primeira vez que deixaram de acreditar na seleção feminina. Em 2008 foi assim e agora de novo. Mas o que importa é que estamos com a medalha no peito e isso demonstra a força do time e da comissão técnica. A gente sempre trabalhou e acreditou muito no nosso time. O ouro é um feito memorável e acredito que tenha sido a consagração do nosso time. Estão todos de parabéns por tudo que passou e conseguiu superar", disse Sheilla.

Logo após o compromisso com a imprensa, a seleção brasileira segue em carreata. O carro do Corpo de Bombeiros com as jogadoras sairá da Avenida Tiradentes e chegará ao Palácio do Governo, onde a delegação será recebida pelo governador Geraldo Alckmin.

==> Foto: João Pires / CBV

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