
No boxe, todos os semifinalistas sobem ao pódio; portanto, Adriana e Esquiva têm medalhas garantidas mesmo que percam suas próximas lutas, e já asseguraram a melhor participação do país na modalidade na história das Olimpíadas. O Brasil ainda pode conquistar uma terceira medalha, se o irmão de Esquiva, Yamaguchi Falcão, derrotar o cubano Julio La Cruz Peraza nas quartas de final do peso-meio-pesado (até 81kg), na quarta-feira.
Na sexta-feira, Esquiva Falcão enfrenta o britãnico Anthony Ogogo por uma vaga na grande final dos pesos-médios, às 11h (horário de Brasília). Ogogo terá o apoio da torcida local, mas leva desvantagem no confronto direto: os dois se enfrentaram no Mundial de Baku de 2011, com vitória do brasileiro por 17 a 12.
Esquiva não perdeu tempo em atacar Harcsa. Com ótimas combinações, o brasileiro tentava encontrar buracos na guarda do húngaro, que tomava o centro do ringue, mas atacava pouco. De azul, Esquiva encaixou um bom direto de esquerda e ótimos jabs de direita. Com muita velocidade, o capixaba dominou o primeiro round e saiu com vantagem de 6 a 2 no placar.
A boa margem deixou Esquiva mais confiante e ele passou a arriscar mais, lutando com a guarda baixa. Com isso, o capixaba se colocou sob risco e levou duas esquerdas de Harcsa no rosto, mas o atleta de azul se recuperou e acertou golpes potentes, passando por entre as luvas do europeu. Apesar de mais longo, o húngaro mostrava poucos recursos e Esquiva controlou a distância com boa movimentação no lado externo. Falcão venceu o round novamente, por 5 a 4, e abriu 11 a 6 no geral.
No último round, o lutador brasileiro voltou a levantar a guarda para proteger a vantagem, mas não parou de atacar. Harcsa teve alguns bons momentos, mas não conseguia encaixar uma sequência para deixar o capixaba em perigo. O pugilista de azul atraiu o húngaro para o córner duas vezes, se esquivou e encurralou o adversário. Harcsa chegou a cair, desequilibrado, mas o árbitro não abriu contagem. Ao final, Esquiva comemorou e fez novamente, com os braços, o símbolo do "T", em homenagem ao seu pai, o ex-pugilista Adegar Falcão, conhecido como "Touro Moreno" nos anos 60.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Reuters
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