Zé da Velha - Nascido em Sergipe, José Alberto Rodrigues Matos foi influenciado musicalmente pelo pai, alfaiate profissional e flautista e saxofonista amador. Já morando no Rio de Janeiro, aos 15 anos começou a tocar trombone, primeiro de pistão, mais tarde de vara. Logo se enturmou com músicos de gafieira, sambistas e chorões da Velha Guarda (Pixinguinha, Donga, João da Baiana) de onde veio o apelido que virou nome artístico. Já tocou com Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, Copinha, Abel Ferreira, Paulo Moura, Joel do Nascimento, Rafael Rabello, levando a nossa música a vários países. É um mestre do fraseado típico dos grandes chorões e dono de um contraponto que já virou sua marca registrada.
Silvério Pontes - Nascido no interior do Estado do Rio de Janeiro, Silvério Pontes é um trompetista que hoje se dedica exclusivamente a música Brasileira e ao Choro. Como seu pai também tocava o instrumento, cresceu ouvindo bandas de músicas do interior, com isso foi influenciado diretamente desde a infância. Aos 17 anos foi estudar na Escola de Música Villa Lobos, depois uma breve passagem na Escola Nacional de Música. Virou músico profissional e em seguida foi convidado por Luiz Melodia para sua primeira turnê, em 1986. A partir daí não parou mais. Tocou por 12 anos na Banda Vitória Régia de Tim Maia, gravando e viajando pelo país. Tocou com vários outros artistas como: Elza Soares, Ed Motta, Cidade Negra.
Mesmo com todas essas atividades, Silvério e o amigo Zé da Velha mantêm uma parceria desde 1985. A dupla já gravou cincos CDs, está em plena atividade e este ano comemora 25 anos.
Discografia:
Só gafieira (1995) - Indicado ao 9º Prêmio Sharp de Música, na categoria instrumental.
Tudo dança (1998) - Um dos melhores da série instrumental, jornal O Globo, em 1999.
Ele e eu (2000) - Permaneceu por sete semanas recomendado pelo jornal O Globo. Recebendo a indicação de um dos melhores CDs instrumental daquele ano.
Samba Instrumental (2004) - O primeiro ao vivo da dupla, gravado no Teatro Municipal de Niterói com a participação de Luiz Melodia, Dna. Ivone Lara, Rildo Hora e Zé Paulo Baker. Um CD de samba que tem em seu repertório músicas como: "Linda Flor", "Palpite Infeliz", "Menino da Mangueira", "Aos pés da Cruz", "Feitio de Oração", entre outras.
Só Pixinguinha (2006) - A dupla recria temas de Pixinguinha, com participações de Yamandu Costa, Joel Nascimento e Cristóvão Bastos Assim como Pixinguinha e Benedicto Lacerda formaram, na década de 40, a maior dupla que o choro já teve, o trompetista Silvério Pontes e o trombonista Zé da Velha dão continuidade ao legado. O novo disco da dupla, Só Pixinguinha, reúne em versões que flertam com o samba, o maxixe e a gafieira – mas sem abandonar a essência do choro – 12 temas de Alfredo da Rocha Vianna Filho, entre clássicos e redescobertos.
Competência exercida a plenos pulmões.
Por Gerdal.
Filho de trompetista, aos oito anos Silvério Pontes já engatinhava no itinerário instrumental do pai e premia válvulas na Lira da Esperança, a banda de sua pacata Laje do Muriaé, no Noroeste Fluminense. Também influenciado pelo pai, alfaiate de profissão e músico nas horas vagas - tocando flauta e saxofone -, um ainda adolescente Zé da Velha, aracajuano já culturalmente adotado pelo Rio de Janeiro, optaria por um instrumento diverso daqueles do sopro paterno para se notabilizar, sobretudo no chacoalhado salão de gafieira, como um senhor trombonista (sem trocadilho).
Aos 17 anos, Silvério, morando em Niterói, cavava os primeiros caraminguás da carreira em bares da cidade e, tempos depois, era requisitado por nomes de prestígio, como Tim Maia, em cuja Vitória-Régia tocou, até formar com Zé da Velha, em 1985, uma dupla da maior relevância.
Antes disso, José Alberto Rodrigues Matos - o Zé da Velha Guarda por, ainda garoto, tocar com Pixinguinha, Donga, Bide, João da Baiana e outros bambas, embora trabalhasse em companhia aérea, "métier" em que se aposentou, dava ainda expansão profissional, em paralelo, à sua vocação musical, como solista do conjunto Sambalândia e da Orquestra Gentil Guedes, por exemplo, nos anos 70, formações com as quais também tocou no exterior, na República Federal da Alemanha e no Canadá, respectivamente. Ainda nessa década, foi muito visto na Penha, no bar Sovaco de Cobra, reduto de chorões, na excelente companhia de, entre outros, Abel Ferreira, Joel Nascimento, Horondino Silva e Paulo Moura. Juntos, ele e Silvério - a menor "big band" do mundo, de acordo com observação do violonista Maurício Carrilho - têm cinco CDs já gravados (como é reanimador, por exemplo, ouvir o "Só Pixinguinha" "dopo lavoro")
Gerdal
Música boa na TV
Por Boni
Numa segunda-feira dessas, perdido na noite, estava "zappeando" na tv e dei de cara com um programa da CNT. O programa, chamado "Tons do Brasil" apresentava dois músicos brasileiros que eu curto e admiro: o trombonista Zé da Velha e o trompetista Silvério Pontes. Apesar de extraordinários é muito difícil vê-los e ouvi-los fora de seus CDs e de alguns "shows". Na televisão são figuras raras. Foi gravado, não sei quando, no Teatro Paiol de Curitiba.
Bem apresentado o programa comunicava sem gritos, berros ou clichês. Pena que os depoimentos tivessem sido colhidos a esmo, sem ter ligação com o restante do programa. O melhor mesmo foi a execução moderna de uma música brasileira tradicional. Pixinguinha e Jacob do Bandolim interpretados no mais alto padrão de música clássica, combinado com "jazz”, mas com o cuidado de preservar toda brasilidade das composições.
Zé da Velha toca um trombone sonoro e macio. Silvério Pontes brinca tanto com o trompete quanto com seu mavioso "flughehorn". Carioca, o maestro que compôs a abertura super popular do "Repórter Esso" na Rádio Nacional do Rio de Janeiro estava representado com sua composição "Voltei ao meu lugar" - um primor.
Lembrei-me do filho do Carioca, o meu amigo Ivan Paulo, a quem a música popular e as Escolas de Samba devem muito. No “Tons do Brasil”, ritmistas, baixo, piano, violão e cavaquinho, todos fora de série. Não poderíamos ter um pouco mais de boa música na TV, ainda que em programas despretensiosos.
No Clube do Choro de Brasília, Zé da Velha e Silvério Pontes terão o acompanhamento do grupo Choro Livre formado por Henrique Neto (violão 7 cordas), Rafael dos Anjos (violão 6 cordas), Márcio Marinho (cavaquinho) e Valério Xavier (percussão).
As apresentações acontecem dias 01, 02 e 03 de Agosto de 2012 – Quarta, Quinta e Sexta-Feira a partir das 21:00 horas. Ingressos a R$20,00(inteira) e R$10,00 (meia).
Informações: Tel.: 3224.0599. Ingressos: Clube do Choro de Brasília – SDC BLOCO “G” - Funcionamento da bilheteria: 2ª a 6ª feira: 10:00 às 22:00 horas. Sábado a partir de 19:00 as 21:30 horas, ou através do site: www.clubedochoro.com.br
O Clube do Choro de Brasília fica entre a Torre de TV, o Centro de Convenções e o Planetário.
Produção: Marco Guedes (0xx-61-3225-1199 / 0xx-61-7816-5341-ID 97*-50701).
Contato artista: Oxx-21-26109899 – 21-88829899
==> Foto: Berg Silva
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