Um dos rostos mais bonitos do cinema em todos os tempos, a dinamarquesa Hanne Karin Bayer virou Anna Karina por sugestão da célebre estilista francesa Coco Chanel. Na época, Hanne havia recém-chegado de Copenhagen, de onde fugira ainda adolescente, pedindo carona na estrada, por conta de conflitos com os pais. Ao conhecer Coco, quando era modelo da revista “Elle”, ela lhe previu um grande futuro. O prognóstico estava certo, mas não foi como modelo que Anna Karina alcançou a fama. A bela de profundos olhos azuis tornou-se uma das atrizes mais emblemáticas da Nouvelle Vague, para muitos críticos, a mais luminosa do cinema francês dos anos 1960. Anna Karina é a grande homenageada do I BIFF – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE BRASÍLIA.
Além de contar com a presença da atriz em um show na noite de abertura do evento, o BIFF ainda oferecerá a Retrospectiva Anna Karina, com alguns dos maiores sucessos da grande musa de Jean-Luc Godard, com quem foi casada. Estão na mostra obras-primas como Viver a Vida, Pierrot, le Fou, Alphaville e Band à Part, de Godard, e dois títulos dirigidos por outros grandes realizadores: A Religiosa, de Jacques Rivette, e Anna, de Pierre Koralnik.
BIFF – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE BRASÍLIA/ BRASILIA INTERNATIONAL FILM FESTIVAL tem direção geral de Nilson Rodrigues e direção de programação de Anna Karina de Carvalho.
SINOPSES
A RELIGIOSA (Suzanne Simonin, la religieuse de Diderot) – FRANÇA, 1967, 135 min, drama
Direção: Jacques Rivette
Elenco: Anna Karina, Liselotte Pulver, Francine Bergé
Na França do século XVIII, uma garota é forçada contra sua vontade a fazer votos para tornar-se freira. Três madres superioras tratam-na de maneiras diferentes, indo de cuidado maternal até sadismo e desejo lésbico. As virtudes de Suzanne levam desastres a todos nesta adaptação de sucesso da obra do filósofo iluminista Denis Diderot, que fez um ataque contundente contra os abusos religiosos.
Segundo longa-metragem de Jacques Rivette, o filme foi censurado pelo governo francês por questões religiosas, mas mesmo assim foi exibido no Festival de Cannes em 1966. Ao ser revogada a censura no ano seguinte, tornou-se um estrondoso sucesso de bilheteria.
ALPHAVILLE (Alphaville: une étrange aventure de Lemmy Caution) – FRANÇA/ITÁLIA, 1965, 99 min, drama
Direção : Jean-Luc Godard
Elenco: Anna Karina, Eddie Constantine, Akim Tamiroff, Howard Vernon
Lemmy Caution (Eddie Constantine) é enviado das “terras estrangeiras” a Alphaville – cidade futurística onde o amor foi proibido e a população é estritamente controlada. Sua missão é investigar o desaparecimento do agente Henri Dickson (Akin Tamiroff) e capturar ou matar o Professor Von Braun (Howard Vernon), o homem responsável pela criação do Alpha 60, o supercomputador que controla Alphaville segundo uma lógica calculista. Para isso, contará com a ajuda de Natasha (Anna Karina), filha do famoso pesquisador.
Diretor pioneiro da chamada Nouvelle Vague, Jean-Luc Godard inspira-se no existencialismo para criar seus filmes. Diversas vezes premiado, com Alphaville, ganhou o Urso de Ouro no Festival de Berlim.
ANNA (Anna) – FRANÇA, 1967, 87 min, comédia musical
Direção: Pierre Koralnik
Elenco/Cast: Anna Karina, Jean Claude Brialy, Serge Gainsbourg
O dono de uma empresa publicitária, Jean-Claude Brialy, apaixona-se por uma bela jovem (Anna Karina), fotografada por acaso em uma estação de trem. A felicidade e a alegria parecem estar ao alcance de suas mãos. Ajudado por seu amigo Serge Gainsbourg, o protagonista parte à procura dessa garota, mobilizando toda a equipe de sua agência de publicidade para conseguir encontrá-la.
Comédia musical, Anna foi concebida por Pierre Koralnik especialmente para o canal ORTF (o canal de televisão e rádio públicos da França, na época), para o qual dirigiu vários outros filmes.
O BANDO À PARTE (Band of Outsiders) – FRANÇA, 1964, 95 min, crime/drama
Direção: Jean-Luc Godard
Elenco: Anna Karina, Claude Brasseur, Sami Frey
Este filme é sobre um triângulo: Franz, Arthur, e Odile. Franz, um jovem rapaz, conhece Odile em uma aula de Inglês. Ela mora em Joinville com benfeitores ricos e conta a Franz que o Sr. Stolz, seu patrão, mantém uma pilha de dinheiro: dez mil francos em seu quarto. Franz conta o fato a seu amigo Arthur, um rapaz moreno, que precisa de dinheiro para pagar o tio. Arthur e Franz vão a casa de Odile, para pressioná-la a ajudá-los num roubo. Ela é cúmplice, mas às vezes discorda.
Considerado o mais acessível filme de Jean-Luc Godard, foi o único filme do diretor selecionado pela Time Magazine na lista dos 100 Melhores Filmes de Todos os Tempos.
PIERROT LE FOU - O DÊMONIO DAS ONZE HORAS (Pete the madman), FRANÇA/ITÁLIA, 1965 - 110 min, comédia/drama
Direção: Jean-Luc Godard
Elenco: Jean-Paul Belmondo, Anna Karina e Graziella Galvani
Ferdinand Griffon fica entediado com a conversa pretensiosa de pessoas em uma festa dada pelos pais ricos de sua esposa, e retorna a sua casa sozinho. Após perceber que a babá de seus dois filhos é uma linda amiga antiga, Marianne Renoir, ele foge com ela. Na manhã seguinte, depois que um homem é assassinado no apartamento da moça, Ferdinand, a quem Marianne insiste em chamar de Pierrot, compromete-se a fugir para a Riviera em busca do irmão dela, um contrabandista de armas.
Considerado um dos grandes marcos da Nouvelle Vague, ícone do cinema francês, o filme teve um custo total de US$ 300 mil e foi indicado ao Leão de Ouro de Veneza.
VIVER A VIDA (Vivre sa vie) – FRANÇA, 1962, 80 min, drama
Direção: Jean-Luc Godard
Elenco: Anna Karina, Sady Robbot e André S. Labarthe
Com uma sequência antológica de abertura, o longa é composto em 12 “quadros”, cenas que são basicamente episódios desconexos, apresentadas por meio de uma introdução redigida. Vivre sa vie é a história de Nana (Anna Karina), uma jovem mulher que abandona seu marido e seu filho para se dedicar à carreira de atriz. Depois de tentar sobreviver vendendo discos numa loja, se vêm sem dinheiro e recorre à prostituição. No entanto, Nana se apaixona e acaba reavaliando sua vida.
Embora não seja um dos mais conhecidos filmes de Godard, Vivre sa Vie goza de uma reputação muito positiva. A autora Susan Sontag descreveu o filme como perfeito: "é uma das obras mais extraordinárias, bonitas e originais de arte que eu conheço".
CONTATOS:
Anna Karina de Carvalho
Diretora - Director
BIFF – BRASILIA INTERNATIONAL FILM FESTIVAL
Brasilia – 13-22 July 2012
www.biffestival.com
+ 55 61 33271588
==> Foto: Divulgação
0 comments:
Postar um comentário