BIFF - BRASILIA INTERNACIONAL FILM FESTIVAL - PANORAMA ÁFRICA

O novo cinema africano está interessado em lançar luz sobre a realidade social, política, humana de seus países, muitas vezes com humor, mas sempre com muita coragem. É o que fica evidente no conjunto de títulos que integram a mostra PANORAMA ÁFRICA, em cartaz durante o I BIFF – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE BRASÍLIA. Os jovens realizadores africanos tratam de assuntos como violência política, desigualdade social e amor nestes difíceis tempos contemporâneos com muita originalidade. Vários dos filmes selecionados conquistaram importantes prêmios e surpreenderam a crítica, firmando seus realizadores, como o marroquino Faouzi Bensaïdi, como nomes de prestígio do cinema mundial.

BIFF – FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE BRASÍLIA/ BRASILIA INTERNATIONAL FILM FESTIVAL tem direção geral de Nilson Rodrigues e direção de programação de Anna Karina de Carvalho.

SINOPSES

OTELO EM CHAMAS (Otelo Burning) – ÁFRICA DO SUL, 2012, 72 min, drama

Direção: Sara Blecher

Elenco: Jafta Mamabolo, Thomas Gumede, Sihle Xaba, Tshepang Mohlomi, Nolwazi Shange, Kenneth Nkosi, Harriet Manamela, Hamilton Dhlamini, Motlatsi Mafatshe, Mattew Oats

Quando, aos 16 anos, Otelo Buthelezi entra no mar pela primeira vez, não há dúvidas de que nasceu para surfar. Até que uma tragédia o atinge: no dia em que Nelson Mandela é libertado, Otelo é forçado a escolher entre o sucesso no surf e a justiça.

Premiada documentarista, Sara Blecher foi produtora executiva e diretora de Bay of Plenty, série de drama do canal SABC 1 ganhadora do SAFTA. Sara é co-fundadora da Cinga Productions, a qual produziu, para o canal SABC 2, a série Zero Tolerance, nomeada para o Emmy. Otelo Burning, rodado em Durban, África do Sul, em julho de 2010, é seu primeiro longa-metragem.

PREMIO ADRIENNE SHELLY EM NOVA YORK, 2011, E PRÊMIO DE MELHOR FILME NO CAPE WINE LANDS FILM FESTIVAL, EM 2012.

MASSA CINZENTA (Grey Matter) – AUSTRÁLIA/RUANDA, 2011, 100 min, drama

Direção: Kivu Ruhorahoza

Elenco: Ruth Nirere, Hervé Kimenyi, Ramadhan Bizimana, JP Uwayezu, Natasha Muziramakenga, Juma Moses Nzabandora, Jean Pierre Kalonda, Kennedy Mazimpaka, Tamim Hakizimana

O filme narra as provações do cineasta Balthazar, determinado a realizar seu primeiro longa-metragem, sobre uma jovem mulher que sofre atrocidades indescritíveis tentando manter-se na mesma instituição para doentes mentais em que vive um homem que enlouqueceu após cometer vários crimes de guerra. O filme não encontra o apoio das agências do país, interessadas apenas em financiar filmes otimistas e politicamente favoráveis. Balthazar, imprudentemente, pede empréstimos a um agiota para fazer seu filme. Grey Matter é um filme sobre a capacidade do cérebro de criar, de destruir e de destruir-se.

Nascido em 1982 em Kigali, Ruanda, Kivu Ruhorahoza dedicou-se ao cinema após ter largado os estudos de direito, em 2004. Em 2005, tornou-se o diretor do Rwanda Film Festival. Em 2006, estreou como diretor com o curta Confession, que fez sucesso ao participar de várias competições internacionais. Seu primeiro longa-metragem, Matière Grise, foi selecionado em 2011 no Tribeca Film Festival.

MORTE À VENDA (Death for Sale) – ALEMANHA/BÉLGICA/EMIRADOS ÁRABES UNIDOS/FRANÇA/MARROCOS, 2011, 117 min, drama

Direção: Faouzi Bensaïdi

Elenco: Fehd Benchemsi, Fouad Labiad, Mouchcine Malzi, Iman Mechrafi, Nezha Rahil, Faouzi Bensaïd

Em Tetouan, uma cidade portuária do Marrocos, três amigos trapaceiros decidem roubar a maior joalheria da cidade para fugir de um futuro sem esperanças. Porém, quando o plano falha, eles precisam enfrentar seus próprios destinos separadamente.

Depois de ter encenado algumas peças, Faouzi Bensaïdi passou a se dedicar ao cinema. Em 1997, dirigiu seu primeiro curta-metragem, The Cliff, vencedor de 23 prêmios em festivais na França e no exterior. Em 2000, dirigiu dois curtas: The Wall, premiado em Cannes, e The Rain Line, ganhador em Veneza. Seu primeiro longa-metragem, A thousand months, também foi premiado em Cannes, em 2003.

VENCEDOR DO PRÊMIO PANORAMA DO FESTIVAL DE BERLIM 2012.

FIM DE DEZEMBRO (Fin Décembre) – TUNÍSIA, 2010, 104 min, drama/comédia

Direção: Moez Kamoun

Elenco: Hend El Fahem, Dhafer El Abidine, Lotfi Abdelli, Dalia Meftahi, Jamal Madani, Lotfi Bondka, Sonia Belgacem, Latifa Gafsi, Donia Saadi, Helmi Dridi, Twafik El Bahri, Ali Khémiri

Aicha vive em um distante vilarejo no topo de uma montanha, na Tunísia, e sonha com uma vida melhor. Depois de lhe prometer o mundo, seu namorado, Mourad, desaparece, deixando Aisha confusa e desesperada. Ela conhece um jovem imigrante francês que talvez mude tudo. Enquanto isso, Adam chega nesse pacífico vilarejo tentando escapar da cidade e das complicações da profissão de médico. A tranquilidade desse lugar logo ficará de ponta-cabeça.

Moez Kamoun nasceu na Tunisia, em 1962 e começou uma longa e bem-sucedida carreira como assistente de direção em vários filmes tunisianos. Também trabalhou no elenco de produções estrangeiras, como Star Wars, de George Lucas. Durante esse tempo, dirigiu alguns curtas. Seu primeiro longa-metragem, Word of Honour, foi selecionado para vários festivais internacionais, incluindo o Festival of Cairo, em 2005. Late December é o seu segundo longa.

PRÊMIO SILVER DAGGER NO FESTIVAL INTERNACIONAL DO FILME DE MUSCAT (OMAN).

TERRA SONÂMBULA – MOÇAMBIQUE/PORTUGAL, 2007, 95 min

Direção: Teresa Prata

Baseado em argumento do escritor Mia Couto. Entre a Guerra Civil e as histórias de um diário perdido, Muidinga e Tuahir são os heróis deste filme. Muidinga lê no diário, encontrado ao lado de um cadáver, a história de uma mulher que encerrada num navio procura o filho. Muidinga convence-se de que é o menino procurado no diário. Vai então ao encontro da mulher, com Tuahir, um velho seco e cheio de histórias que o trata como filho. A viagem é dura: eles movem-se entre refugiados em estado de delírio. Para não enlouquecerem, ficam um ao lado do outro. A estrada por onde caminham, como sonâmbulos, é mágica: entende os seus desejos e move-os de um lugar a outro, não os deixando morrer enquanto eles não alcançarem o tão sonhado mar. Os dias são de fuga, dos guerrilheiros e da fome, as noites são de busca de uma história de aventuras.

Teresa Prata é nascida no Brasil, onde passou a adolescência entre Rio de Janeiro e Minas Gerais. Aqui, estudou música e piano. Em Coimbra, Portugal, formou-se em Biologia. Em 1994, foi estudar cinema em Berlim. Atualmente, vive em Moçambique.

PRÊMIO FIPRESCI DO FESTIVAL INTERNACIONAL DE KERALA, ÍNDIA (2008), MELHOR REALIZAÇÃO FAMAFEST, PORTUGAL (2008), PRÊMIO DA LUSOFONIA ASIAN, AFRICAN AND LATIN AMERICAN FILM FESTIVAL, MILÃO (2008), PRÊMIO DO PÚBLICO E MENÇÃO HONROSA DA ANISTIA INTERNACIONAL.

CONTATOS:

Anna Karina de Carvalho

Diretora - Director

BIFF – BRASILIA INTERNATIONAL FILM FESTIVAL

Brasilia – 13-22 July 2012

www.biffestival.com

+ 55 61 33271588

==> Foto: Divulgação