A exibição de gala rendeu à Argentina a liderança. A equipe de Alejandro Sabella chegou a dez pontos e superou Chile, Uruguai e Venezuela, que estavam à frente na tabela antes do jogo. Os chilenos ocupam a segunda posição com nove pontos. Uruguai e Venezuela, que empataram neste sábado, têm oito.
Hermanos assustadores
Bastou a bola rolar para perceber que Lionel Messi estava afim de jogo. Com direito a caneta, dribles e arrancadas, o argentino logo apresentou seu vasto repertório de jogadas. Um pouco mais recuado do que o normal, o camisa 10 assumiu a armação da Argentina e passou a distribuir passes preciosos para Gonzalo Higuaín e Sérgio Agüero. Ele, no entanto, não estava sozinho. Em noite inspirada, Di Maria foi um excelente coadjuvante para o craque do Barcelona no setor de meio de campo.
Com tanto talento reunido em campo, o Equador se intimidou, a medida que a Argentina avançava, pressionava e balançava as redes. Com expressões assustadas, os equatorianos não conseguiam parar o ataque argentino e muito menos ameaçar o goleiro Romero.
Logo nos minutos iniciais, em dividida na área, Agüero foi atingido no peito por Quiñónez. Enlouquecido, o atacante do Manchester City pediu pênalti, e a torcida fez coro no Monumental. O árbitro, porém, mandou o lance seguir. O gol, porém, não demorou a sair. Aos 19, após receber de Messi, Di Maria achou Agüero livre na área. Em posição irregular, o atacante chutou cruzado para abrir o placar.
O gol incendiou o Monumental de Núñez e o time argentino. Messi tentou uma, duas, três arrancadas. Em todas levou a melhor sobre a defesa do Equador, mas falhou nas conclusões. Na quarta tentativa, o camisa 10 arrancou em meio a quatro equatorianos. Deixou todos para trás e achou Higuaín livre para ampliar em chute cruzado.
A torcida argentina ainda comemorava o segundo gol quando Messi protagonizou o ponto alto da noite. Após desarme de Mascherano na intermediária da Argentina, Messi recebeu a bola atrás da linha de meio de campo e arrancou. O craque levou a bola até a entrada da área, tabelou com Higuaín e chutou forte de primeira para assinar uma pintura no Monumental de Núñez: 3 a 0.
A facilidade era tamanha, que aos 30 minutos da etapa inicial, todo o estádio gritava “olé”. Sem muito o que fazer, o técnico Reinaldo Rueda trocou o meia Saritama pelo atacante Jaime Ayoví ainda no primeiro tempo.
Argentina pisa no freio. Messi, não
Com a vitória mais do que garantida, a Argentina pisou no freio. Sem forças para reagir, o Equador até passou a ter mais a bola, mas não conseguiu levar perigo ao gol de Romero. O único lance interessante foi uma cabeçada de Ayoví rente à trave.
A Argentina tirou o pé, mas Messi não. Antes do apito final, o camisa 10 ainda deliciou os torcedores presentes no Monumental com mais duas de suas arrancadas. Na primeira, grudou a bola no pé no meio de campo e levou até a área adversária, ignorando os equatorianos que tentaram impedi-lo. Na conclusão, chutou rente ao travessão. Um pecado!
No lance seguinte, nova pintura. Em mais uma arrancada, dessa vez pela direita, Messi enfileirou toda a defesa equatoriana e chutou. A bola explodiu na zaga, mas Sosa pegou o rebote e cruzou na medida para Di Maria acertar um petardo de primeira da entrada da área. No fim, o craque do Barcelona ainda tentou um golaço por cobertura, mas os deuses do futebol devem ter achado que era exagero para uma noite de futebol, e a bola passou a centímetros do gol.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: EFE
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