Campeonato voltado ao equilíbrio

Nessas quatro provas que tivemos vimos um equilíbrio por parte de equipes e pilotos, onde foram quatro vencedores diferentes e quatro trocas na liderança do mundial de pilotos. Fato que não ocorria desde 1983 quando Nelson Piquet (Brabham), John Watson (McLaren), Alain Prost (Renault) e Patrick Tambay (Ferrari) venceram as quatro primeiras corridas.

Para quem pensava que a Red Bull pudesse repetir o mesmo feito das temporadas anteriores com Sebastian Vettel sobrando, se enganou. A McLaren veio forte para esta temporada, aliás, desde a metade da temporada passada a escuderia vem mostrando que pode bater de frente com a escuderia austríaca e prova disso foi a vitória de Button na Austrália, quando a “flecha de prata” sobrou nos três dias.

A Red Bull por sinal já vem mostrando sinais de melhora na temporada quando Vettel voltou a subir no alto do pódio vencendo no Bahrein de ponta a ponta. De quebra, a escuderia lidera no mundial de construtores e pilotos. É um time que não pode ser descartado de forma alguma e continua sendo favorita.

Duas escuderias aparecem como coadjuvantes e se continuar evoluindo dará trabalho a RBR e McLaren. A Lotus fez a sua melhor prova no Bahrein quando Kimi Haikkonen e Romain Grosjean subiram ao pódio.

Quase o finlandês ameaçou a vitória de Vettel, mas o feito fez com que um tabu que durava 33 anos fosse quebrado: no GP da Espanha de 1979, Carlos Reutemann e Mario Andretti subiram ao pódio em segundo e terceiro lugares respectivamente. Foi a última vez que a equipe teve seus dois pilotos entre os três primeiros e é uma escuderia que sem dúvidas dará trabalho para as grandes.

A Mercedes sob comando de Ross Brown há três temporadas precisa deixar de ser “leão de treino” e ter o mesmo ritmo nas corridas. Nico Rosberg venceu o GP da China de ponta a ponta, mas na prova seguinte não teve o mesmo rendimento, já Michael Schumacher evolui a cada prova (longe daquele heptacampeão), porém, em quatro provas, seu carro o deixou na mão por duas vezes e tudo que foi feito no treino de classificação foi por água abaixo.

E a Ferrari? O carro foi construído na temporada passada, mas nasceu mal e consequência seus pilotos não conseguem um bom rendimento. Tudo bem que Alonso tira a cada corrida “leite de pedra”, prova disso foi a surpreendente vitória na Malásia.

Já Felipe Massa mostra que carro e piloto não falam a mesma língua. Se em temporadas anteriores o problema era a falta de aquecimento dos pneus neste talvez o problema seja ele mesmo, pois segue pressionado na escuderia italiana já que o mexicano Sergio Pérez possa o substituir em 2013.

É uma temporada que promete e muito em termos de emoção, os testes em Muggelo podem apontar melhorias em algumas escuderias e confirmações de favoritismo para RBR e McLaren, que por sinal continuam sendo as favoritas ao título.

*Antonio Lemos é um dos idealizadores do Esportes Arena

==> Foto: Reuters

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