Palmeiras leva 'olé', é ultrapassado pelo Guarani e cai para quinto

O Palmeiras ostentava desde o ano passado uma marca expressiva de 22 partidas sem perder. Contra o Corinthians, no último dia 25, o time foi vencido e, desde então, não conseguiu mais se acertar. Neste domingo, contra o Guarani, no Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, pela penúltima rodada da fase de classificação do Campeonato Paulista, mais uma derrota: 3 a 1. Nas últimas cinco partidas, foram duas vitórias e três tropeços.

Com o resultado, o Palmeiras, com 35 pontos foi ultrapassado pelo próprio Bugre na classificação e caiu para a quinta colocação. O time de Campinas, com 36, aparece em quarto, atrás de São Paulo, Corinthians e Santos. No fim do jogo, a torcida do time da casa gritou ainda “olé” para os palmeirenses. Foram 9.399 pagantes e renda de R$ 268.198,00.

O Palmeiras encerra a participação na primeira fase do Campeonato Paulista diante do Comercial, no Pacaembu. Já o Guarani viaja para encarar o Botafogo-SP, em Ribeirão Preto. A rodada será toda o próximo domingo, às 16h.

Os dois times também disputam a Copa do Brasil. O Palmeiras venceu o Horizonte-CE, por 3 a 1, e eliminou a partida de volta da segunda dase. Agora, espera quem passar de Ceará e Paraná, que ainda não jogaram. Já o Guarani perdeu para o Botafogo, por 2 a 1, e decide a vaga dia 18 de abril, no Engenhão.

Jogo disputado, e Bugre na frente

A exemplo do que vem acontecendo nas últimas partidas do Palmeiras, o técnico Luiz Felipe Scolari escalou um time diferente do que treinou durante a semana. Desta vez, a surpresa foi ausência do atacante Maikon Leite. O treinador optou por um meio de campo mais povoado, com Marcos Assunção, Márcio Araújo, João Vitor, Wesley e Daniel Carvalho. Barcos, isolado, contava com as tentativas de aproximação de Carvalho.

O Guarani entrou em campo sem surpresas na escalação, mas com uma mudança de postura. O time de Campinas adiantou sua marcação e pressionou as saídas de bola, obrigando o Verdão a abusar dos chutóes. Bem posicionado, Domingos levou vantagem sobre Barcos. Dessa forma, o Guarani assustou logo no início, aos três minutos, em chute cruzado de Fabinho.

Em dificuldade na partida, Felipão teve de lançar mão de uma alteração logo aos 11 minutos. Wesley saiu com dores no joelho direito por causa de uma torção. Ele será examinado nesta segunda-feira, mas, a princípio, está descartado problema de ligamento. Maikon Leite foi para o jogo. Mas não deu nem tempo de o rápido atacante mostrar serviço. Aos 15, o Guarani, melhor no jogo e dono do meio de campo, abriu o placar. Fumagalli cobrou falta da intermediária. Bruno Mendes escorou para defesa de Deola, que deu rebote. Na sobra, o zagueiro Neto abriu o placar.

A resposta do Verdão foi rápida. Aos 17, o árbitro marcou pênalti duvidoso em Daniel Carvalho. Barcos foi para a cobrança e igualou o placar. O atacante não marcava havia quatro partidas, maior série sem gols do argentino desde que chegou ao clube.

O Guarani, porém, não se acanhou após tomar o gol e usou, novamente, a maior arma do Palmeiras nos últimos tempos: cobrança de falta. Se o time da capital tem Marcos Assunção, o Bugre tem Fumagalli. O camisa 10 mandou para a área e Danilo Sacramento acertou o travessão. No rebote, Fabinho invadiu a área e levou um pontapé de Gerley. Um pênalti grotesco. Na cobrança, Fumagalli marcou e deixou o Bugre novamente na frente.

O jogo era muito movimentado. O Palmeiras se lançou para o ataque, e o Guarani não deixou por menos: os dois times se abriram. Mesmo com a vitória parcial, o Bugre seguiu em busca de mais gols, com o Verdão respondendo à altura.

Maikon Leite e Barcos, ambos na pequena área, perderam chances de igualar a partida. A resposta do Guarani seguia por cima, com os cruzamentos de Fumagalli. Até o fim do primeiro tempo, o jogo esteve lá e cá. Com os dois times em busca dos gols.

Verdão perde Cicinho; Bugre amplia

A etapa complementar começou no mesmo ritmo do primeiro tempo, com os dois times em busca do gol. As formas escolhidas, porém, foram diferentes. O Guarani priorizou os contra-ataques. Para isso, deu mais campo para o Palmeiras jogar. Quando foi ao ataque, assustou, já que a defesa do time de São Paulo bateu cabeça, mesmo com o meio de campo reforçado com a entrada do volante Chico no lugar do lateral-esquerdo Gerley.

A opção do Bugre deu certo aos 11 minutos. Após saída rápida de jogo pela esquerda, Danilo Sacramento tocou para Fabinho que cruzou com perfeição. Bruno Mendes subiu bem e mandou para o fundo das redes. Festa nas arquibancadas do Brinco de Ouro.

As coisas se complicaram ainda mais para o Palmeiras aos 17 minutos, quando Cicinho, após um carrinho imprudente, levou o cartão vermelho. Até a expulsão, o lateral era o jogador mais indisciplinado da partida, com seis infrações.

Com um a mais, o Guarani, ao invés de se espalhar pelo campo por conta da vantagem numérica, se retraiu e começou a dar mais espaços para o time da capital. O Palmeiras chegou mais ao ataque, principalmente nas cobranças de falta de Marcos Assunção. Mas Juliano, goleiro do Bugre, conseguiu se segurar.

Com a vitória consolidada, o Guarani passou a controlar a posse de bola, trocando passes sem deixar o Palmeiras jogar. E assim, os bugrinos não resistiram e soltaram os gritos de "olé" ao fim da partida.

==> Fonte: Globoesporte

==> Foto: Rodrigo Villalba / Memory Press

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