A derrota contra o The Strongest, da Bolívia, por 2 a 1, irritou o técnico Muricy Ramalho: o cansaço da Libertadores não seria desculpa e estavam todos escalados para este sábado. Azar do Mirassol, que pagou o pato pelo excesso de erros alvinegros em La Paz. O Peixe começou empolgado e não demorou a marcar o primeiro. Borges ampliou, de pênalti, no início da segunda etapa e Edu Dracena fechou o placar que deu ao time a quinta colocação.
O Santos se reapresenta na segunda-feira mas só volta a campo na Quarta-Feira de Cinzas, contra o Comercial, às 19h30 (de Brasília), na Arena Barueri – o gramado da Vila Belmiro segue em reforma. No Gilbertão, em Lins, o Mirassol enfrenta o Linense no mesmo dia e horário.
Peixe começa ligado e Juan brilha
Foi só Neymar dar as caras na porta do vestiário para que dezenas de crianças cercassem o craque na subida ao gramado. Os holofotes estavam voltados ao camisa 11, mas quem chamou a responsabilidade no primeiro tempo foram Paulo Henrique Ganso e o estreante Juan. Com chutes de longa distância, enfiadas de bola e boa movimentação, a dupla chegou com perigo nos primeiros minutos e não demorou para abrir o placar. Após bola cruzada pela direita e cabeçada de Arouca, o lateral-esquerdo pegou a sobra da zaga: de longe, soltou o pé e marcou um golaço, o primeiro pelo Peixe.
A desvantagem logo aos 12 minutos de jogo obrigou o Mirassol a mudar de estratégia. Antes na defensiva, o time comandado pelo meia Xuxa (que usava a camisa 105 em homenagem ao número de jogos pelo clube) ensaiou lançar-se mais ao ataque, sem sucesso. A avenida se abriu ainda mais para o Peixe desfilar sua habilidade. Henrique e Ibson comandavam a marcação e facilitavam a vida do setor ofensivo. Ganso, Neymar, Fucile e Juan tinham muita liberdade para criar e movimentarem-se no campo de ataque. Mas só até os 30 minutos. Cansados do jogo tenso na Bolívia, os santistas colocaram o pé no freio e só esperavam uma chance para ampliar.
O zagueiro Dezinho, inclusive, irritou-se com a falta de espaço dado pelo Peixe no meio de campo e partiu como elemento surpresa do Mirassol. Lançou-se ao ataque no fim da primeira etapa e chutou em cima de Durval, em um dos raros avanços do time da casa – que se animou nos últimos minutos, mas não mostrou qualidade para empatar quando Santos se acomodou. Aliás: a derrota pouco elástica poderia até ser comemorada no intervalo.
Mirassol assusta, mas Santos acorda e mata o jogo
Se o Mirassol tinha esperanças em partir com tudo para cima e conseguir o empate rapidamente, o plano ruiu no primeiro minuto de jogo. Ganso cruzou na área, a bola tocou na mão de Acleisson, em lance polêmico, e o juiz marcou pênalti. Borges, que parecia fora de sintonia e apagado no primeiro tempo, cobrou com segurança e desencantou na temporada. A vantagem de dois gols era tudo que o Santos queria para “cozinhar” a vitória. Só não avisaram ao Mirassol que era cedo demais.
Minutos depois de o Peixe marcar, Ibson falhou na entrada da grande área, Xuxa roubou a bola e Preto chutou forte para diminuir. O goleiro Aranha, que ainda não havia trabalhado na partida, estava desligado no lance e só assistiu a bola entrar. O gol animou o Mirassol e foi muito sentido pelo Peixe, que seguia perigosamente administrando a vantagem simples. Muricy logo constatou o abatimento e lançou Elano para movimentar o meio de campo alvinegro.
Mas quem tem Neymar sabe que pode surpreender a qualquer minuto. O atacante arrancou no contra-ataque em velocidade, tabelou com Juan e tentou Elano na área. O lateral-esquerdo ficou com a sobra, levantou na área e a zaga afastou o perigo. Era o que o Santos precisava para animar. Um minuto depois, Elano cobrou falta na área e o capitão Edu Dracena antecipou-se à marcação em jogada ensaiada: testou firme no alto, sem chances para o goleiro Fernando Leal. Borges e Dimba, no fim, também perderam chances claras de gol.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Agência Estado
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