Brasil vira contra a Dinamarca e leva título

Érika é aquele tipo de jogadora que se costuma chamar de “moderna”. Escalada na defesa, a loira consegue se destacar – em um time que tem Marta – e chegar à frente para decidir. E foram justamente os gols dela que deram o segundo título do Torneio Cidade de São Paulo para a seleção brasileira, neste domingo, na vitória de virada de 2 a 1 sobre a Dinamarca.

Os torcedores que encararam o clima maluco da capital paulista – com chuva e sol se revezando no céu sobre o Pacaembu – para acompanhar a partida, viram uma atuação de gala de Érika. Depois de um primeiro tempo morno, a jogadora avançou, “largou” a defesa e fez dois golaços. Por isso, foi eleita pela equipe da Band como a melhor do jogo e da competição.

A craque Marta teve atuação discreta, e Cristiane pouco apareceu. Mas Érika deu conta do recado e as brasileiras comemoram o título.

Do lado dinamarquês, porém, houve muita chiadeira. Principalmente por causa de um pênalti não marcado aos 45 do segundo tempo, em toque de mão de Estér. Mas, para a sorte do Brasil, a árbitra nada viu, e o Brasil riu por último. De quebra, ainda dá uma resposta após as provocações dinamarquesas durante a semana.

O jogo

Se só a vitória interessava, o Brasil partiu para cima da Dinamarca logo depois do apito inicial. Com velocidade, a Seleção levava perigo e quase todas as jogadas de ataque. Aos 15, Fan ficou de frente com a goleira dinamarquesa, que teve reflexo para defender um chute à queima-roupa. Aos 26, Érika protagonizou o lance mais bonito do primeiro tempo, ao chutar de longe, por cobertura. Mas a bola bateu no travessão.

As dinamarquesas tentavam sair para o ataque, mas sem se arriscar muito. Jogando por um empate, a cautela era visível na forma de jogar das europeias. Ainda assim, nas poucas chances que tiveram, quase não levaram perigo à meta de Andreia Suntaque.

Se na frente a Dinamarca não assustava muito, na defesa elas dificultavam as coisas para o Brasil. Com isso, Marta apostava nas jogadas individuais – às vezes até um tanto “fominha”. De qualquer forma, sem resultado. Cristiane não fez uma boa etapa inicial e quase não apareceu. E o placar não foi mexido nos primeiros 45 minutos.

Érika comanda virada

No segundo tempo, Nadia Nadim entrou na equipe dinamarquesa, mas quem brilhou foi Érika. Antes, porém, o Brasil teve que sofrer.

Mais organizadas, as dinamarquesas passaram a chegar com mais perigo. Na base do toque de bola e com extrema frieza, as europeias abriram o placar aos oito minutos, com Harder. O que já era difícil ficou ainda mais complicado.

Mas a arma brasileira veio de trás – mais especificamente da defesa. Érika começou a aparecer como uma volante avançada, encostando no ataque brasileiro. Com isso, mas chances começaram a aparecer com mais frequência.

De tanto insistir, o gol acabou saindo – e com a ajuda adversária. Aos 20 minutios, a goleira Viskaer afastou mal a bola após escanteio e, na sobra, Érika completou para as redes. Metade da missão estava cumprida, mas o empate ainda dava o título para a Dinamarca.

Érika, porém, insistiu em aparecer na frente – e deu certo. Aos 30 minutos, a jogadora acertou um belo chute de fora da área, sem chances para Viskaer. Alívio: enfim, o Brasil conseguia o resultado que daria o título.

Depois, porém, as brasileiras decidiram colocar mais emoção na partida. Em pouco mais de 15 minutos, a Seleção perdeu gols feitos e ainda viu a Dinamarca assustar. Aos 45, um lance polêmico irritou as europeias, após a árbitra não marcar pênalti em toque de braço de Éster. Mas a equipe do técnico Jorge Barcelos ainda tinha um último susto para passar: nos acréscimos, uma bola explodiu na trave de Andreia. Mas ficou no “quase”, e o título voltou ao Brasil, depois do vice em 2010. Agora a missão será ganhar a inédita medalha de ouro em Londres no próximo ano.

==> Fonte: Band

==> Foto: William Volcov / News Free / AE

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