“O esporte é indutor do desenvolvimento econômico e social. Todos os eventos que receberemos, desde a abertura da Copa das Confederações, em 2013, trarão grandes benefícios para a nossa capital. Todo o nosso empenho tem como meta deixar um legado para nossa população, atraindo turistas para a nossa capital, mantendo a economia aquecida e gerando oportunidades”, afirma do governador Agnelo Queiroz.
De hoje a domingo, o belga Marc Vanderplas, o polonês Marian Dymalski e o japonês Hisato Igarashi, que integram a comitiva da FISU, conhecerão todos os pontos que foram mencionados no dossiê de candidatura apresentado à Federação – instalações esportivas da cidade, setor hoteleiro, aeroporto e restaurantes, além da Universidade de Brasília (UnB).
Nesta quinta-feira (03/11), o comitê participou de painéis com apresentações, perguntas e respostas sobre a capital federal, além de explicações sobre temas como acomodações, alimentação e organização de eventos esportivos.
O primeiro painel apresentou a capital federal ao Comitê. Os secretários de Esporte, Célio René; de Turismo, Luís Otávio Neves, e o presidente da Confederação Brasileira de Desporto Universitário, Luciano Cabral, participaram das apresentações. Temas como experiência esportiva e organização, instalações esportivas, finanças e aspectos gerais de Brasília, como clima, arquitetura e urbanismo da cidade, também foram abordados.
O comitê foi recebido pelo presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) e membro do Comitê Paraolímpico Internacional, Andrew Parsons. “A Universíade vai deixar um legado para Brasília e mudar a cidade e o país. O CPB oferecerá todo o suporte à Universíade para os esportes paraolímpicos. Agradecemos o apoio dado pela cidade para a inclusão de modalidades", disse. Brasília é a primeira cidade a oferecer modalidades paraolímpicas na competição – natação e atletismo são as novidades da candidatura.
No final da tarde, o ministro da Educação, Fernando Haddad, recebeu o Comitê. "A Universíade tem total apoio do Ministério da Educação", afirmou. O desporto universitário faz parte dos projetos do MEC. Segundo Haddad, a pasta disponibilizará R$ 2,5 bilhões para a reforma de praças esportivas de 59 universidades federais em todo país.
A FISU ainda fará sobrevoo de helicóptero, além de visitas ao Centro de Convenções, Parque da Cidade e Lago Paranoá. O Pontão do Lago é candidato à realização de provas de triatlo e maratona aquática. A Esplanada dos Ministérios é um ponto para vôlei de areia e futebol de areia. Piscinas da Secretaria de Esporte, Ginásio Nilson Nelson e Estádio Nacional de Brasília também estão na programação da visita. Da mesma forma, a comitiva avaliará a rede hoteleira, restaurantes e clubes.
Legado
Com a realização da Universíade, a capital federal fechará um calendário para o Estádio Nacional de Brasília, que, entre 2013 e 2017, estará inserido no circuito internacional de eventos esportivos: Copa das Confederações, Copa do Mundo, Copa América e jogos de futebol das Olimpíadas. E será responsável por deixar um legado de desenvolvimento econômico e social, por meio do turismo, da geração de emprego e renda e do fomento ao desporto universitário.
A Ecoarena é uma das mais adiantadas do país, com 40% de sua execução concluída e referência em projeto arquitetônico sustentável. Além disso, será modelo de arena multiuso adequada para receber eventos de grande porte, como shows nacionais e internacionais.
“Depois de todos os grandes eventos que sediará, Brasília se tornará qualificada para receber a Universíade, em 2017. Ela irá coroar nosso projeto de tornar nossa cidade parte do circuito dos megaeventos esportivos internacionais e possibilitará desenvolver economicamente nossa cidade. Brasília se sentirá muito honrada em receber um evento desse porte”, disse o secretário de Esporte, Célio René.
O Centro Olímpico da Universidade de Brasília (UnB) também será beneficiado com a Universíade. O projeto de revitalização já está pronto. “Essa revitalização não beneficiará só os alunos da UnB e sim toda a comunidade do Distrito Federal. Por sermos um espaço público, toda a população poderá usufruir das novas instalações, com o direito à gratuidade, e esse será o maior legado da Universíade”, diz o chefe do Centro Olímpico, André Reis.
Última etapa
A visita de quatro dias é a última etapa do processo de candidatura da capital federal para a Universíade de Verão, de 2017. O evento é considerado o terceiro maior do mundo, ficando atrás apenas da Copa do Mundo e das Olimpíadas.
A última edição, realizada em agosto deste ano, em Shenzhen, China, teve a participação de 11 mil atletas de 158 países. Cerca de 70% deles também participaram dos Jogos Olímpicos. A abertura dos Jogos atraiu um público de 75 mil pessoas (no Pan chegou a 48 mil). O evento foi transmitido ao vivo para 100 países e teve a cobertura de 18 mil jornalistas. Ao todo, mais de 150 mil pessoas passaram por Shenzhen durante a Universíade de Verão.
Em 30 de setembro, o comitê de candidatura, representado pelo secretário de Esporte do DF, Célio René, entregou em Bruxelas, sede da FISU, os documentos que apresentam e credenciam Brasília para receber megaeventos esportivos. A FISU anunciará a cidade escolhida para receber a Universíade de 2017 no próximo dia 29 de novembro.
A concorrente Taipei, em Taiwan, já foi inspecionada pela FISU entre 17 e 20 de outubro. A Turquia também estava na concorrência, mas desistiu na última hora por motivos não informados. A cidade-sede da Universíade é escolhida com seis anos de antecedência e a comissão que vota é formada por 28 membros de diferentes nacionalidades, sendo 23 membros do Comitê Executivo da FISU e cinco presidentes de cada associação esportiva continental.
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