No primeiro passo rumo a Londres, Brasil arrasa o Paraguai por 83 pontos

No caminho para Londres, a seleção feminina deu o primeiro passo em ritmo de treino. Na estreia da Copa América em Neiva, na Colômbia, as meninas tinham pela frente um daqueles adversários que entram em quadra para perder de pouco – e nem isso conseguem. Diante de um Paraguai sem tradição e formado por jogadoras baixas e de pouca técnica, o Brasil não deu sopa para o azar. Atropelou. A vitória por 117 a 34, com jeitão de coletivo, só teve um ponto negativo: a lesão da pivô Clarissa, que saiu com o tornozelo direito torcido.

De resto, foi um passeio. Com 18 pontos de Érika, 15 de Adrianinha e 13 de Palmira, Chuca e Micaela, a equipe treinada por Enio Vecchi confirmou o favoritismo da estreia. O próximo compromisso é no domingo, novamente às 18h45m, contra o Canadá. A equipe está no grupo B, que ainda tem México e Jamaica. No A estão Argentina, Cuba, Porto Rico, Chile e Colômbia. Os dois primeiros de cada chave avançam às semifinais, e o campeão do torneio garante a única vaga nos Jogos de Londres.

- Eu já conheço a maioria das meninas desde sub-21. Não importa o que aconteceu na viagem, eu tinha que estar mesmo concentrada. Foi um jogo fácil, e o importante agora é seguir vencendo. Todo mundo sabe que o nosso objetivo é a vaga para as Olimpíadas – afirmou Érika, em entrevista ao SporTV. A pivô, que joga na WNBA, ainda pegou nove rebotes, mesmo após treinar apenas uma vez com a seleção por causa da viagem em cima da hora.

Vecchi mandou à quadra um quinteto com Adrianinha, Chuca, Micaela, Damiris e Clarissa. Ainda sem ritmo por ter se apresentado mais tarde, Érika começou no banco. Logo no início ficou clara a diferença de qualidade entre as duas equipes. Com as paraguaias desordenadas na correria, o Brasil nem precisou brilhar para abrir 18 a 5, forçando o primeiro pedido de tempo.

A um minuto do fim do quarto inicial, o susto. Ao perseguir uma adversária na defesa, Clarissa, sozinha, torceu o pé direito. Caiu na quadra chorando e foi carregada até o banco, sem tocar o pé no chão. A lesão adiantou a entrada de Érika, e o Brasil fechou o quarto em 28 a 5.

Érika ia bem nos rebotes, mas as mãos estavam descalibradas no ataque, fruto da falta de ritmo. Mesmo assim, a equipe verde-amarela conduzia o jogo sem sustos. O Paraguai ainda conseguiu uma bandeja de Vasquez no último segundo antes do intervalo, mas a diferença já era irrecuperável àquela altura: com Adrianinha, Gilmara e Silvia comandando o ataque, Brasil 55 a 14.

O terceiro período serviu para ampliar ainda mais o abismo entre os dois lados da quadra. Chuca entrou de vez no jogo, e a diferença no placar foi beirar a casa dos 70. Na virada para os dez minutos finais, a seleção brasileira vencia por 90 a 21.

Para chegar aos 80 de vantagem, era questão de tempo. E houve tempo suficiente até para passar disso. A partida com jeito de treino serviu para rodar o time e espantar qualquer risco de síndrome da estreia. O primeiro passo no caminho que leva a Londres está dado.

==> Fonte: Globoesporte

==> Foto: Divulgação / Fiba

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