Lobos não entram em labirintos

Grupo de teatro brasiliense cria peça para demonstrar que a era da comunicação e da tecnologia traz insegurança e instabilidade para o ser humano

A tragicomédia “Lobos não Entram em Labirintos”, que estreou no último dia 14, no Centro Cultural Renato Russo (508 sul), segue com programação até o dia 29 de maio. A peça desenvolve uma história de um Rei decadente contada por um Bufão. As cenas se assemelham a jogos de espelho. A trama extrapola o roteiro devido à rebelião dos atores, que revela a morte e a ressurreição dos personagens. A peça termina entre o delírio de um Rei-Bufão por um labirinto/inconsciente.

Há três dimensões na tragicomédia: a dos personagens é a loucura e a confusão; o cotidiano dos atores em um grupo de teatro e o encontro das duas dimensões anteriores que revela o universo mental de crise civilizatória. Segundo o diretor da peça, Del Vigna, a idéia do roteiro surgiu a partir da constatação de que a era da comunicação e da tecnologia alterou o comportamento humano.

“As artes foram questionadas em suas bases, os modelos regionais ganharam dimensão global. Em vez de trazer conforto e segurança, a globalização está causando incertezas futuras. O desenvolvimento fez com que o mundo evoluísse, mas o ser humano não está preparado para o aumento de demanda de apelos que são recebidos de todas as partes. A nossa peça quer questionar e colocar o espectador para pensar sobre esse tempo”.

Texto e direção de Del Vigna. Elenco: Ana Carol, Fernando Pessoa, Fernando Souza e Mary Abrão. Espaço Cultural Renado Russo (508 Sul), estreará no dia 14 de maio, às 20h. Entrada: R$ 5,00 e 10,00

Contato: Del Vigna (61-9553-8738)


==> Foto: Divulgação (Del Vigna)

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