Feito um trator, Brasília passa por cima de Franca e abre 1 a 0 na final

Um trator movido a 18 mil fanáticos. Foi assim, com o pé no acelerador e destruindo tudo no caminho, que Brasília abriu a final do NBB na noite de quinta-feira. Empurrado por uma torcida elétrica que lotou o ginásio Nilson Nelson, o time da casa retribuiu na mesma moeda. Aniquilou Franca no primeiro tempo, administrou a diferença de 20 pontos no segundo e só estacionou quando a vitória por 92 a 72 estava garantida. Com a vantagem de 1 a 0 na série, o atual campeão viaja agora para o interior de São Paulo, palco das duas partidas seguintes no fim de semana.

O jogo 2 está marcado para as 21h30m de sábado, e o 3 para o mesmo horário no domingo. Se Franca vencer pelo menos um deles, a série retorna a Brasília na terça-feira para a quarta partida.

Com uma defesa sufocante e um ataque bem distribuído, Brasília viu seis jogadores marcando pelo menos 12 pontos. Guilherme e Nezinho foram os cestinhas com 16, sendo que o primeiro adicionou sete rebotes, e o segundo, sete assistências. Alex, autor de 14 pontos, também pegou sete rebotes e deu quatro passes. Arthur fez 15 pontos, seguido pelos 13 de Lucas Tischer e os 12 de Márcio Cipriano, mais um que pegou sete rebotes. Apesar da derrota, Dedé, do Franca, foi o cestinha da partida, com 22 pontos.

- O ginásio estava cheio, e isso nos ajudou. Nossa defesa funcionou, foi uma bela vitória. A defesa é o que leva o time ao título. Franca também tem uma ótima defesa, que não funcionou neste primeiro jogo. Agora temos trabalhar a cabeça. Sabemos que temos essa grande responsabilidade dos dois jogos lá - afirmou Alex, depois de parar dezenas de vezes num trecho de cinco metros para tirar fotos com os fãs na saída da quadra.

Show na arquiibancada

Durante a tarde, ainda se especulava se a torcida conseguiria lotar o Nilson Nelson. Quando a bola subiu, a dúvida já tinha ido para o espaço. No início do primeiro quarto, ainda entrava gente pelos portões do ginásio, e a impressão era de que não caberia nem mais um mosquito. O barulho completava o cenário: os torcedores vibravam a cada erro dos visitantes e ainda mais a cada cesta do time da casa – com duas enterradas sonoras de Lucas Tischer, os decibéis foram nas alturas.

Erros, aliás, não foram exclusividade francana no início do jogo. As duas equipes pareciam tensas tanto nos passes como nos arremessos, e as defesas falaram mais alto. Os paulistas terminaram o primeiro quarto com 2/8 da linha de três. E se Brasília também não brilhava de longe (1/3), ao menos compensava nas bolas perto da cesta, com ótimo aproveitamento. Amparados nos sete pontos de Tischer e nos seis de Arthur, os donos da festa viraram na frente a primeira parcial: 22 a 17.

Na volta para o segundo período, um ataque pesado aos tímpanos. Com a sequência de 6 a 0 para o time da casa, a torcida incendiou de vez o ginásio. A receita ao redor da quadra era simples: bastões infláveis, palmas e, principalmente, garganta. Com essa trilha sonora, a vantagem pulou para 17, graças a um chute de três de Nezinho, um dos grandes nomes do segundo quarto. Na base da defesa, o atual campeão sobrava. E isso porque Alex só foi fazer seus primeiro ponto a quatro minutos do intervalo. Pouco depois disso, Guilherme, outro destaque do período, escapou no contra-ataque e enterrou. Vinte pontos de vantagem, torcida elétrica. Na saída para o vestiário, estava feito o estrago nas pretensões francanas: Brasília 53 a 33.

Na volta para o segundo tempo, os visitantes ainda abriram 5 a 0, mas não conseguiram frear o rival por muito tempo. Nem a torcida, que continuava gritando e cantando sem parar. No ritmo de Alex, que tinha sido discreto nos pontos até o intervalo, a diferença continuou na casa dos 20 e ficou em 22 na virada para o último quarto: 72 a 50.

E quem esperava um certo relaxamento se deu mal. Brasília manteve o ritmo forte no período final e, diante de um Franca aniquilado, ainda fez a vantagem subir para 28 pontos. A cinco minutos do fim, a festa já era total no Nilson Nelson, e a torcida vibrava por qualquer coisa. Afinal, a vitória garante que a série vai retornar à capital federal. A não ser que o trator continue embalado em Franca e feche em 3 a 0. A conferir.


==> Fonte: Globo.com

==> Fotos: Divulgação/Cadu Gomes

0 comments:

Postar um comentário