O
livro Mulheres que mordem (Imã Editorial), da jornalista e
escritora Beatriz Leal, é finalista na categoria Romance do 58º Prêmio Jabuti, a maior premiação de
literatura do país. Paulista radicada em Brasília, onde a obra foi escrita e
também serve de cenário para parte do enredo, Beatriz Leal foi selecionada entre
mais de 2.400 inscritos e concorre aos prêmios com outros 9 indicados.
Mulheres que mordem
conta as histórias de Laura, Elena, Rosa e Clara: mulheres que viveram a
ditadura da Argentina de diferentes formas, dos anos 1970 a 2006.
Filhas, mães, esposas, avós: de cada lado da História, todas são
guerreiras até os dentes e, em MQM, têm suas vidas contadas por
diferentes vozes. É ficção, mas poderia não ser.
Sobre o livro
Uma
mãe torturada, outra mãe, adotiva. Uma avó que encontra na aluna de piano a
esperança e o alívio. Quatro mulheres e quatro mordidas. Quatro histórias
entrelaçadas para falar da ditadura argentina. Mulheres
que mordem é um romance sobre — e para — mulheres intensas.
Um narrador oculto conta a história de Elena e Laura, em
diferentes tempos verbais: a história da primeira se passa no final de década
de 1970 e no começo da de 1980, em Buenos Aires, enquanto a vida da segunda se
desenrola em 2006, na capital brasileira. Contemporânea de Elena e também
residente em Buenos Aires, Rosa conta sua história por meio de cartas ao
namorado da filha desaparecida, enquanto a história de Clara se desenrolará na
voz de seu torturador em sessões de terapia, anos mais tarde.
Essas quatro mulheres, em quatro mordidas ilustram
narrativas que, contadas cada uma à sua maneira, se entrelaçam e ajudam a
ilustrar um pedaço da história da ditadura da Argentina, dos desaparecidos
durante o período, das cerca de 500 crianças sequestradas e adotadas por
famílias de militares e policiais da década de 1970 e, principalmente, da
agonia e espera das avós que, até hoje, buscam pistas para encontrar os
netos sequestrados.
A ficção proposta conta a história de uma neta adotada, de
uma mãe torturada, de uma mãe adotiva e de uma avó que encontra na
aluna de piano a esperança e o alívio do fim da busca.
Sobre a publicação
Livro
de estreia de Beatriz Leal, Mulheres que
mordem foi selecionado pelo projeto
Motor de edição social (crowdfunding), da Imã Editorial. A campanha de
financiamento coletivo ficou no ar por pouco mais de dois meses. Nesse tempo, 78
pessoas pré-compraram o livro, possibilitando a publicação da primeira edição. A
escritora já esteve me diversas feiras e eventos literários. Durante a III Bienal Brasil
do Livro e da Leitura, em Brasília, o livro estará à venda no estande da Bienal Independente.
Prêmio Jabuti
Realizado
pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o prêmio tem júri formado por especialistas
de cada categoria, indicados pelo Conselho Curador do Prêmio, composto por
Marisa Lajolo, Antonio Carlos de Morais Sartini, Frederico Barbosa, Luís Carlos
de Menezes e Pedro Almeida. A relação de finalistas foi validada pelo Conselho
Curador e pela Auditoria Ecovis Pemom.
A
cerimônia de entrega do Jabuti acontecerá em 24 de novembro, no Auditório
Ibirapuera, em São Paulo. Os primeiros colocados receberão o troféu Jabuti e R$
3,5 mil; também os vencedores dos segundos e terceiros lugares ganharão o
troféu.
Neste
dia, serão revelados os vencedores do Livro do Ano – Ficção e Livro do Ano –
não Ficção que serão comtemplados com o prêmio de R$ 35 mil, além da estatueta
dourada.
Página Oficial Mulheres que Mordem:
Página Bienal Independente Brasília:
==> Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação

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