O Grêmio precisava vencer para recuperar a vice-liderança no Brasileiro.
O Flamengo voltou a escalar o time reserva, pensando na final da Copa
do Brasil, e queria ao menos o empate. O elenco limitado não conseguiu
conter a experiente equipe gaúcha, que nem chegou a fazer uma boa
partida, mas teve em Maxi Rodríguez, autor dos dois gols, o seu ponto
alto. O time faturou os três pontos com a vitória por 2 a 1, na noite
deste domingo, na Arena do Grêmio. O resultado deixou a equipe com 60
pontos ganhos e os rubro-negros em alerta. Estacionado com 45 pontos, vê
os rivais mais próximos da zona da degola se aproximarem.
Os gols saíram no segundo tempo, que teve emoção no fim para os 17.097 pagantes e
23.372 presentes à Arena, que proporcionaram a renda de R$ 638.812,00.
Maxi, que acabara de entrar na equipe, abriu o placar para os gremistas
em jogada individual. Aos 40, João Paulo, em bola desviada, empatou para
o Fla. Mas o camisa 14 do Grêmio, em noite brilhante, fez outra bela
jogada, ao dar lindo drible em Rafinha, bateu colocado e selou a
vitória, aos 41.
Na próxima rodada, o Grêmio irá domingo a Campinas enfrentar a Ponte
Preta. Depois, receberá o Goiás em 1º de dezembro, e termina a campanha
no Canindé, dia 8, contra a Portuguesa. O Flamengo, que quarta-feira
começa a decidir a Copa do Brasil contra o Atlético-PR, na Vila
Capanema, enfrentará no Maracanã o Corinthians, no domingo. Depois,
pegará fora o Vitória (1º de dezembro) e encerra a competição contra o
Cruzeiro, em casa.
Jogo fechado
Foi uma partida feia a do primeiro tempo. A escalação do Flamengo já
deixava clara a intenção de Jayme de Almeida. O técnico escalou três
zagueiros e seis no meio-campo - dois volantes, Val e Diego Silva, e
dois laterais, Digão e João Paulo, mais contidos. Com apenas Nixon no
ataque, buscava sair de Porto Alegre com o empate. Vitória, só num
contra-ataque bem-feito. O Grêmio, praticamente completo, só queria
saber de partir para o gol. Difícil era encontrar espaços.
Kléber fazia valer o apelido de Gladiador e tentava, como nunca, abrir a
defesa rubro-negra, fosse na técnica, fosse na força física. Ou fosse
cavando pênaltis, ao cair várias vezes na área. Era necessário abrir o
jogo, ou com Pará, pela direita, ou Alex Telles, pela esquerda. O meio,
com Zé Roberto na criação, não conseguia servir na medida certa. O trio
de zaga rubro-negro, junto pela primeira vez numa partida, dava poucas
brechas. Wellinton, que não fazia partida pelo Fla desde 31/12/2012 (1 a
1 com o Atlético-MG), não comprometia. Frauches, como líbero, era o
melhor. Samir, de volta após séria contusão, tinha sempre a velocidade a
seu favor...
O Tricolor gaúcho conseguiu chegar perto do gol pela primeira vez numa
pancada rasteira de Ramiro, fora da área, aos 29 minutos. De resto,
tinha pouco espaço. Souza e Riveros, bem marcados, encostavam pouco na
frente. O jeito era apelar para a bola parada. E depois de um escanteio,
a bola sobrou para Barcos dar um totozinho de costas. O goleiro Paulo
Victor já estava vencido quando João Paulo salvou em cima da linha. Foi a
melhor chance na primeira etapa. O Fla até teve dois lances perigosos,
ambos com Nixon. No primeiro, ao passar por Dida, caiu na área para
cavar o pênalti. Depois, desperdiçou cabeçada em bom cruzamento de Digão
- o único. E ficou só nisso.
Maxi Rodríguez decide
O nível técnico melhorou um pouco na segunda etapa, e graças a uma das
duas medidas iniciais de Renato Gaúcho. Na primeira, o técnico gremista
pediu para Zé Roberto encostar em Alex Telles e tentar a jogada de linha
de fundo. Depois, com 15 minutos perdeu a paciência e pôs Maxi
Rodríguez no lugar de Riveros, para dar mais velocidade à equipe. E foi
aí que deu certo. Após erro de Nixon no meio de campo, a bola foi parar
em Maxi Rodríguez, que arrancou e, em jogada individual, cortou para o
meio e colocou à direita, sem defesa: 1 a 0, aos 14 minutos.
O time se animou com o gol e quase ampliou com Pará. O Flamengo se viu
obrigado a sair da retranca e sair para buscar o empate, mas esbarrava
na limitação do time. Jayme tentou melhorar o desempenho ao pôr Luiz
Antônio no lugar de Val. Deu um pouco certo. Depois, ainda lançou
Rafinha e Adryan, e tirou Gabriel e Bruninho. Renato também mexeu,
sacando Kleber por Elano. Quando parecia que nada mais ia acontecer,
João Paulo deu sorte aos 40 e encobriu Dida em bola desviada. Mas o Fla
nem teve tempo para comemorar o empate. Maxi Rodríguez, novamente ele,
em mais uma bela jogada, cortou Rafinha e mandou sem defesa, aos 41. A
vitória era justa para quem mais buscou o gol.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Wesley Santos / Pressdigital

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