Com três importantes ausências, o time carioca teve em Laprovittola seu grande destaque. Sem poder contar com Marquinhos, lesionado, Marcelinho, suspenso, e Jerome Meyinsse, que viajou aos Estados Unidos por conta do falecimento de seu pai, o jovem armador argentino mostrou um bom cartão de visitas ao torcedor rubro-negro. Nico, como gosta de ser chamado, foi o cestinha do confronto, com 22 pontos, e ainda distribuiu cinco assistências.
"Apesar das ausências e do que aconteceu com o Jerome, dentro do grupo nós nos demos força o tempo inteiro. Dedico a vitória ao Jerome Estou muito contente pela vitória e pela estreia que fizemos. Era exatamente o queríamos, sair com a vitória e estou muito satisfeito com a nossa exibição. O time trabalhou bem para isso e conseguimos dar alegria a essa fantástica torcida. A temporada é longa e espero que eles (torcedores) mostrem sempre essa empolgação", disse Laprovittola.
Além do camisa 7, outros dois atletas tiveram participação fundamental na vitória flamenguista. O ala/pivô Olivinha conquistou um duplo-duplo, com 19 pontos e 12 rebotes, enquanto que o ala/armador Benite marcou 16 pontos, sendo sete deles no último quarto.
Pelo lado do Brasília, os principais atletas em quadra foram o ala/pivô Guilherme Giovannoni, autor de 21 pontos e 12 rebotes, o armador Nezinho, que registrou 20 pontos, sete assistências e cinco rebotes, e o pivô norte-americano Marcus Goree, responsável por 18 pontos.
"Independente da vitória ou da derrota, sabíamos que era uma estreia contra um time forte, fora de casa. Tudo podia acontecer. Queríamos ganhar, mas infelizmente não foi nosso dia", Arthur.
O jogo
Nem parecia que era a primeira partida de Laprovittola no NBB. Demonstrando muita tranquilidade em quadra, o argentino brilhou nos minutos iniciais da partida. Com direito a jogadas de efeito, o armador anotou sete pontos seguidos e o time da casa colocou 9 a 2 de frente. Além do camisa 7, o Flamengo tinha no pivô Shilton outro atleta de destaque nos minutos iniciais. Enquanto isso, a equipe visitante não mostrou uma boa pontaria e demorou a entrar no jogo.
Os cariocas, ainda no embalo de Laprovittola, chegaram a colocar 13 a 6 de vantagem. Mas os representantes da capital federal conseguiram diminuir o prejuízo ainda no primeiro quarto. Os comandados do técnico Sergio Hernandez melhoraram a defesa, as bolas passaram a cair e a parcial inicial se encerrou com os anfitriões ainda na frente, mas por apenas quatro pontos: 16 a 12.
Logo de cara, o Flamengo recolocou boa diferença a seu favor. Com dois contra-ataques rápidos, nas mãos de Gegê e Olivinha, o esquadrão dirigido pelo técnico José Neto colocou 20 a 12 de vantagem. Na sequência, os candangos conseguiram nova rápida reação, muito por conta de boas jogadas de Arthur, e diminuíram o prejuízo para 22 a 18. Porém o grande nome do primeiro tempo tornou a aparecer. Laprovittola voltou a achar espaços na defesa do Brasília e o clube da Gávea seguiu no comando do duelo. No final do segundo quarto, os representantes da capital federal até chegaram a novamente esboçar uma reação. Até então zerado na partida, Alex apareceu bem, mas do outro lado Benite respondeu à altura e os donos da casa foram para os vestiários com confortáveis dez pontos de vantagem: 38 a 28.
O começo do terceiro quarto contou com uma chuva de bolas de três pontos do Flamengo. Gegê, Laprovittola e Olivinha converteram tiros de longa distância e o que estava bom ficou ainda melhor para a equipe carioca, que abriu sua maior vantagem na partida: 19 pontos (49 a 30). Porém a equipe candanga não se abateu e conseguiu diminuir a diferença no placar. Goree apareceu bem, Isaac saiu muito bem do banco de reservas e pouco a pouco a agremiação do Centro-Oeste do país foi melhorando sua produção. Sendo assim, o confronto chegou a sua última e decisiva parcial com o placar em 57 a 47 a favor do time rubro-negro.
O Brasília consolidou sua reação no início do quarto período. Nezinho chamou a responsabilidade, marcou cinco pontos consecutivos e foi fundamental para que a equipe visitante diminuísse a desvantagem para apenas quatro pontos (60 a 56). Sem diminuir o ritmo, os candangos continuaram em ótimo momento na partida, tanto na defesa quanto no ataque, e, após dois tiros certeiros consecutivos de três pontos de Giovannoni, a diferença entre as duas equipes baixou para um tento (66 a 65), com pouco menos de cinco minutos para o fim do jogo.
O final do jogo foi eletrizante. O Brasília tentou a todo custo assumir a ponta do placar, mas o Flamengo mostrou muita maturidade e tranquilidade. Olivinha converteu um arremesso de longa distância, com 40 segundos para o término da partida, e os cariocas ficaram sete pontos na frente (76 a 69). Depois restou ao time local administrar a vantagem no placar nos instantes finais para confirmar a vitória. Nem mesmo uma chuva da bola de três pontos do Brasília foi capaz de impedir o esquadrão rubro-negro de fazer a festa ao lado de sua sempre barulhenta torcida no estouro do cronômetro.
==> Foto: Ricardo Ramos / LNB
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