Neymar foi o dono da noite na volta do Cruzeiro a Belo Horizonte. O
craque comandou a vitória do Santos por 4 a 0 sobre a Raposa, no estádio
Independência, marcando três gols e dando o passe para o outro, pela
34ª rodada do Brasileirão. A torcida mineira fez sua parte, comparecendo
em bom número, após quatro jogos em Varginha, devido à punição pelos
incidentes no clássico contra o Atlético-MG, em agosto, mas viu seu time
ser completamente envolvido. A reação natural ao que viu em campo foram
aplausos como reconhecimento à ótima atuação do craque rival e vaias
para o próprio time.
O resultado inverte a posição dos times na classificação. O Santos sobe
do 11º para o nono lugar, agora com 46 pontos e, segundo os
matemáticos, livre de qualquer ameaça de rebaixamento. Com 43, a dez do
Sport, primeiro colocado da zona da degola, o Cruzeiro faz o caminho
contrário e cai da nona para a 11ª posição, ainda sob ameaça remota de
descenso.
Os dois times voltam a campo no próximo fim de semana. Sábado, o Santos
vai ao Serra Dourada, em Goiânia, onde enfrenta o Atlético-GO, às
19h30m (de Brasília). O Cruzeiro joga domingo, no mesmo horário. Mais
uma vez no Independência, recebe o ameaçado Bahia.
Neymar, sempre ele
Mesmo com cara de amistoso, já que os dois times não têm grandes preocupações ou ambições ainda no Brasileiro, Cruzeiro e Santos começaram o jogo animados, correndo muito e buscando as jogadas, respeitando os torcedores no estádio Independência.
Mesmo com cara de amistoso, já que os dois times não têm grandes preocupações ou ambições ainda no Brasileiro, Cruzeiro e Santos começaram o jogo animados, correndo muito e buscando as jogadas, respeitando os torcedores no estádio Independência.
A iniciativa do jogo foi da equipe mineira. Com a dupla argentina
Montillo e Martinuccio, a boa presença ofensiva de Anselmo Ramon e o
apoio dos laterais Ceará e Everton, o Cruzeiro começou em cima,
valendo-se das reduzidas dimensões do gramado do Independência e
pressionando o Santos em seu campo de defesa. O problema da Raposa na
partida foi o que demonstrou em todo o Brasileirão: o baixíssimo número
de finalizações.
Acontece que o Santos tem Neymar
e, na primeira chance que teve, o craque abriu o placar. O gol do
Peixe, porém, teve origem em um erro da arbitragem. A bola saiu de
campo, após bater nitidamente em Arouca, mas o lateral foi dado ao
Santos. Na sequência, o mesmo volante alvinegro cruzou para Neymar bater
rasteiro. A bola passou por baixo das pernas de Rafael Donato, e Fábio
nada pôde fazer.
A vantagem do Santos não mudou o perfil tático do Cruzeiro, que
continuou buscando o gol. O time praiano, no entanto, passou a ter a
arma do contra-ataque com mais frequência e, por duas vezes, não marcou
por pouco, com Neymar e Arouca.
Após os 30 minutos, o Cruzeiro se perdeu em campo, e o Santos passou a
dominar amplamente as ações. Tanto que, aos 35, Neymar fez mais um. Após
falha bisonha de Mateus, que deixou a bola passar por baixo do seu pé
numa cobrança de lateral defensiva, André aproveitou dentro da área e
rolou para o meio. O craque santista recebeu sozinho, ajeitou e de novo
acertou a conclusão entre as pernas de um marcador, desta vez de Leandro
Guerreiro. De novo, Fábio nada pôde fazer: 2 a 0.
Com isso, os cruzeirenses presentes no Independência, que até então
apoiavam o time, passaram a vaiar vários jogadores, a diretoria e,
principalmente, o técnico Celso Roth. O placar não foi alterado até o
intervalo, e o apito final do árbitro parece ter sido um alívio para os
jogadores do Cruzeiro.
Cruzeiro batido
Atrás no placar e vindo de um fim de primeiro tempo terrível, Celso
Roth não tinha outra opção a não ser mexer no time. O treinador colocou
Fabinho no lugar de Sandro Silva, que pouco conseguiu fazer na marcação
de Neymar. A mudança, porém, não surtiu o feito esperado, já que o
Cruzeiro não acertava três passes em sequência e continuava inoperante
no bloqueio ao craque santista.
Para piorar a situação do Cruzeiro, o melhor jogador brasileiro da
atualidade estava em noite inspirada. Mais uma vez, Neymar passou como
quis pelos zagueiros cruzeirenses e tocou para Felipe Anderson, aos sete
minutos, ampliar a diferença para 3 a 0.
Celso Roth ganhou de vez a ira da torcida quando tirou Martinuccio e
colocou Wellington Paulista em campo. Uma série de vaias e pedidos para a
saída do treinador surgiram das cadeiras do Independência.
O Santos diminuiu drasticamente o ritmo de jogo, já satisfeito com a
enorme vantagem construída. A equipe mineira passou a atacar mais e até
construiu boas chances, principalmente com Anselmo Ramon, que chegou a
fazer um gol, não validado pela arbitragem que não viu o corte de
Galhardo depois que a bola cruzou a linha.
O Peixe ainda deu o toque o final ao show. Miralles fez excelente
jogada pela direita e serviu Neymar, livre de marcação dentro da área. O
craque fez o terceiro dele no jogo, 41º na temporada, 122º pelo Santos e
152º na carreira. Números que impressionam tanto quanto o talento do
craque.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Pedro Vilela / Futura Press

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