O Ministério da
Cultura e a Fundação Cultural Palmares promovem, no dia 24
de novembro, uma grande festa em comemoração ao Dia Nacional de Zumbi e da
Consciência Negra. O evento será realizado no Complexo Cultural
da República, em Brasília, a partir das 16h e integra a programação da
Semana da Consciência Negra em Brasilia, promovida pela SEPPIR/DF e pela
Secretaria de Cultura do DF, com o apoio do MinC e Fundação Cultural Palmares.
Uma série
de atividades para toda a família será realizada para celebrar a
influência e a contribuição da cultura negra para a formação da identidade
do Brasil. No local o público poderá conferir apresentações culturais e
religiosas, uma exposição fotográfica, estande com publicações da Fundação
Palmares, artesanato, literatura, mostra de produto, praça da alimentação com
gastronomia afro e shows com Congo Nya, Banda Funkenando, Elza Soares, Sandra
de Sá e Sistema Criolina .
20 de novembro – Celebrado
desde a segunda metade dos anos 1970, o dia foi uma conquista dos
movimentos sociais que lutavam pela valorização da cultura afro-brasileira
no calendário oficial. A data é comemorada em aproximadamente 780
cidades brasileiras. Em 2011, deixou de ser considerado Dia Nacional da
Consciência Negra e, por meio da Lei 12.519, foi instituído pela
presidenta Dilma Rousseff , como Dia Nacional de Zumbi e
da Consciência Negra. O 20 de novembro apresenta um forte simbolismo para
os afrodescendentes, por marcar a morte de Zumbi dos Palmares, líder do
maior quilombo das Américas. Confira abaixo a programação:
PROGRAMAÇÃO BRASÍLIA
16h – Abertura
Exposição fotográfica
Imó Dudú, do fotojornalista Luis Alves
Estande com exposição de publicações da Fundação Palmares
Exposições de produtos Quilombolas
Praça de Alimentação com gastronomia afro
17h - Cortejo com Menino de Ceilândia (banda de frevo e Bonecos gigantes), Asé Dudú, acompanhando das Comunidades de Terreiro
18h - Ato Religioso com as Comunidades de Terreiro
18h30 - Congo Nya
Estande com exposição de publicações da Fundação Palmares
Exposições de produtos Quilombolas
Praça de Alimentação com gastronomia afro
17h - Cortejo com Menino de Ceilândia (banda de frevo e Bonecos gigantes), Asé Dudú, acompanhando das Comunidades de Terreiro
18h - Ato Religioso com as Comunidades de Terreiro
18h30 - Congo Nya
19h - Banda
Funkeando
20h - Elza Soares
21h30 - Sandra de Sá
23h - Sistema Criolina
20h - Elza Soares
21h30 - Sandra de Sá
23h - Sistema Criolina
Acesso livre
Classificação indicativa: livre
Informacoes: 3424-0173
Sobre os artistas:
Há 25 anos o Grupo Cultural Àsé Dúdú,
faz parte da vida cultural e social de nossa cidade. Fundado em 06
de Setembro de 1987 o Grupo nasceu do desejo de se ter em Brasília
um "Bloco" que atendesse os anseios da comunidade afro-descendente
da Capital Federal. Temos como objetivo difundir a cultura
afro-brasileira e incentivar o intercâmbio e desenvolvimento das
relações culturais entre os povos e transformarmos Taguatinga em um
importante pólo de discussão a respeito da cultura negra não só ha nível
do DF mais também a nível nacional. Nossa área de ação é a luta contra o
racismo e contra qualquer forma de abuso que atente contra os direitos
humanos, não apenas de afro descendentes, mas de todos aqueles que
são vítimas de tais práticas. Após anos tido como um bloco meramente
carnavalesco o Àsé Dúdú passou a ser conhecido no âmbito cultural de
nossa cidade através de vários Projetos que realizamos durante todo o
ano com a comunidade brasiliense.
A Orquestra Popular Menino de Ceilândia
foi fundada no ano de 2007 a partir do projeto de formação musical
Menino de Ceilândia, Turismo e Inclusão Social, apoiado pelo ministério
do Turismo e Fundação Banco do Brasil com repertório formado por
composições da música brasileira com foco na linguagem do frevo de
blocos, frevo canção e frevo de rua, formada por músicos profissionais
de sopro com a participação de jovens participantes do projeto
de formação musical da Associação Cultural Menino de Ceilândia os
quais se encontram aptos musicalmente para participar da aula
de prática de conjunto que além dos ensaios semanais acontecem durante
as apresentações musicais como metodologia aplicada ao processo de
formação musical. A orquestra também se apresenta muitas vezes com a
participação de bailarinos e bailarinas do Balé Popular Menino de
Ceilândia, também formado a partir da execução de projetos de formação
em danças popular. A sua formação teve sua gênese por meio do
projeto “Menino de Ceilãndia, Turismo, Cultura e Inclusão Social
realizado após o credenciamento desta entidade como Ponto de Cultura
pelo Ministério da Cultura, chancela na qual contribuiu para a abertura
de oportunidades e fortalecimento de ações prioritárias como a formação
da orquestra a qual potencializou, agregou valor e ampliou o carnaval
de Rua Menino de Ceilândia, consolidou o ritmo frevo no carnaval
do Distrito Federal, não se prendendo apenas às marchinhas, além
disso, atua como base de formação para integração e formação de jovens
músicos da cidade na prática de conjunto. O resultado deste trabalho
atinge hoje cerca de quarenta jovens e adultos da comunidade, com aulas
de segunda a sábado e ensaio geral todos os sábado à tarde no
Auditório do Centro de Ensino Médio 03 em Ceilandia Sul – CEM 03 e na
Sede da Associação Cultural Menino de Ceilândia.
A banda Congo Nya
- Unificação Geral tem a honra de apresentar ao público a música
Nyabinghi, ritmo tradicional africano, que constitui as raízes do reggae
e da cultura Rastafari. A banda Unificação Geral – surgiu a partir da
presença dos componentes do grupo Congo Nya original, da Guiana Inglesa,
que vieram ao Brasil participar de um programa de intercâmbio cultural.
Dessa forma, foi formado, em São Sebastião-DF, um novo grupo com jovens
da cidade chamado, Congo Nya - Unificação Geral. O grupo trabalha pela
valorização das raízes culturais africanas, e, em suas apresentações, as
pessoas podem presenciar um momento de celebração musical, com
tambores, instrumentos de percussão, ritmos e canções da
tradição Rastafari. Os integrantes do grupo Unificação Geral – Congo
Nya também desenvolvem um trabalho comunitário em São Sebastião-DF.
Eles criaram a ONG Instituto Cultural Congo Nya, com o objetivo de
realizar projetos e atividades nas áreas de educação, artes, esportes e
cultura. O grupo acredita no desenvolvimento do ser humano através da
educação, da música e da arte.
Funkeando é
um projeto que mescla a música eletrônica aos clássicos do funky, soul,
samba, hip-hop, música brasileira e black music. Em formato Live P.A,
DJ A intercala as batidas eletrônicas com a melodia dos músicos: Jadão
Bass (Baixo), Samuel Motta (Guitarra e Teclado), Raido Ratho (Sax),
Jonas Santos (trompete) e Adil Silva (Trombone) e faz do show uma
grande balada, sem intervalo ou pausa para descanso. Com apenas dois
meses de existência o projeto Funkeando já chegou agitando a capital
federal. A qualidade de seus músicos levou o projeto a dividir o
palco com grandes nomes da música e da noite brasileira, como Criolo,
Gerson King Combo, Marechal, Ellen Oléria, Marcelo Jenesi, Dj Kl Jay, Dj
Patife entre outros. A proposta é “funkear” os hits tocados no cenário
internacional e nacional como, Bogotá (Criolo), Mais que Nada (Jorge
Ben), Beautiful (Snoop Dog), Água de Beber (Vinicius de Moraes), Back to
Black (Amy Winehouse), além de apresentar músicas instrumentais
dançantes de autoria própria. Funky music na essência, para ver, ouvir,
sentir e dançar.
Sistema Criolina
- O grupo brasiliense Sistema Criolina faz a música instrumental se
fundir a elementos da música eletrônica, acrescentados de ritmos
brasileiros, latinos e africanos. No repertório, composições autorais com arranjos modernos,
desenvolvidos a partir de samplers de batidas, harmonias, melodias e
efeitos disparados ao vivo, com acompanhamento e improviso de percussão,
guitarra, trombone, saxofone e percussões. A musicalidade do grupo
apresenta a riqueza cultural do Brasil, numa linguagem
contemporânea. Tudo criado a partir de uma pesquisa aprofundada da
música brasileira desde suas raízes populares até as influências
urbanas. Misturas tão originais quanto as que formaram Brasília,
principal inspiração do grupo. Antes mesmo do seu primeiro disco, que
será lançado no começo de 2013, o grupo emplacou a música inédita
“Belém-Brasília” na coletânea Brazilian Bass Culture and Beyond, do selo
BM&A, que atua na difusão da música brasileira no exterior. O
trabalho recebe investimento do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito
federal (FAC). Tendo o DJ como regente, o grupo conta com um time de
instrumentistas. O Sistema Criolina é integrado pelos músicos Rafael
Oops (dj e produtor musical), Rodrigo Barata (baterista e
percussionista), Dillo Araújo (guitarrista e produtor musical), Xande
Bursztyn (trombonista e produtor musical / Móveis Coloniais de Acajú) e
Esdras Nogueira (saxofonista / Móveis Coloniais de Acajú).
Sandra de Sá
- Considerada a rainha da Música Preta Brasileira, Sandra de Sá tem sua
Africanidade literalmente na veia. Neta de um Caboverdeano, assimilou o
gingado e o ritmo dos seus ancestrais que com certeza muito a
inspiraram; e como ela mesma costuma dizer, na sua família “quem não é
músico, é musical”. Seu pai era baterista e com a família formava bandas
para tocar no carnaval. Ainda criança, eles a levavam aos clubes;
enquanto eles tocavam, ela brincava com os primos e amigos. Mais tarde, o
destino eram os bailes. Aprendeu sozinha a tocar violão e a partir daí
ninguém mais a segurou. Começou a compor suas músicas e colocar pra
fora, toda a sua criatividade, traduzida em conscientização social. No
último período da faculdade de psicologia conquistou o sucesso pra valer
como cantora e compositora em 1980 quando participou do festival MPB 80
da Rede Globo. Sua música “Demônio Colorido” ficou entre as
dez finalistas. Sandra acumulou vários prêmios ao longo desses 32 anos
de sucesso, traçando também sua carreira internacional. E assim foi
traduzida por Nelson Motta: “…Sandra de Sá afina como uma das mais
expressivas cantoras brasileiras do nosso tempo.” O CD
“AfricaNatividade” (Cheiro de Brasil), concorreu em 2010 ao Grammy
Latino de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro. Esse disco com
músicas inéditas foi o primeiro produzido pela própria Sandra. Nos
arranjos, ela reforça seus laços culturais e musicais entre o Brasil e a
África. Em 2001 já havia participado da edição Rio e em 2006 soltou a
voz no Rock in Rio Lisboa. Em 2011, na volta do Rock in Rio ao Brasil,
cantou ao lado de Bebel Gilberto, homenageando Cazuza; velhos
amigos. Sandra está como diretora da UBC (União Brasileira de
Compositores) no resgate do respeito ao autor. Junto com outros artistas
e produtores musicais lutou pela aprovação da “PEC da música” que
objetiva a isenção tributária de fonogramas brasileiros. São muitas as
idas à Brasília em prol da cultura brasileira. O mais recente projeto da
artista é o “Baculeju”, que teve início do cervejal que rolava de vez
em quando com a sua banda, e despretensiosamente eram experimentados
vários ritmos e vertentes. A ideia deu tão certo, que Sandra resolveu
dividir com os amigos e com seu público esse momento mágico, levando
para os palcos uma brincadeira gostosa; esse caldeirão musical. Nasce
assim o “Baculeju da de Sá”, essa roda de groove.O lançamento foi na
Fundição Progresso no Rio e desde então já aconteceram 3 edições com as
participações marcantes de Seu Jorge, Preta Gil, Serjão Lorosa,
Buchecha, Alcione, Mc Marcinho, Tony Garrido, Emilio Santiago, Macau,
Nelson Sargento entre outros.
Elza Soares
- No show “Deixa a nega gingar” a cantora Elza Soares, que além de nos
encantar com sua voz rouca, sempre inova sua carreira e mostra que a
mulata desde o álbum “Do Cóccix até o Pescoço” flerta com as
novas tendências musicais. Além de seus grandes sucessos Elza Soares
insere um eletrônico diferente e utiliza novas possibilidades junto ao
quinteto composto por um violão de sete cordas, bandolim, baixo, teclado
acordeon e bateria e dentro da proposta de inovção foi inserido o Dj,
que utiliza em seu set pads, teclados, tablets e outros apetrechos
eletrônicos e estilos variados como house, techno, drum’n bass, dubstep,
o breakbeat, sem esquecer-se da pegada brasileira do samba e o jazz. O
show foi idealizado pela cantora na Europa com sucesso de público o que
justifica o fato de ter sido considerada a maior cantora do Milênio pela
BBC de Londres. Elza vem acompanhada pelo músico JP Silva no violão de
sete cordas e bandolim, Rodrigo Ferreira no baixo, Paulinho Criança na
bateria, Nelson Freitas nos teclados e acordeon e o DJ Ricardo
Muralha. Em seu repertório músicas como: “Chove chuva”, “Nega do cabelo
duro”, “Mas que nada”, “Malandro”, “Meu guri”, “Opinião”, “Se acaso você
Chegasse”, “A Carne” e muitos outros sucessos que fazem o
público delirar. Considerada por todo o meio artístico, formadores de
opinão, jornalistas e profissionais do meio, como a verdadeira Diva da
Música Universal. Com seu ritmo na voz de estilo simcopado e um talento
natural dado por Deus Elza Soares é o que há de mais valioso entre as
cantoras dos anos 60 em atividade e que merece ser cada vez mais
valorizada, respeitada e homenageada por todo o Brasil.
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