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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Fundação Palmares celebra em Brasília a Semana da Consciência Negra

O Ministério da Cultura e a Fundação Cultural Palmares promovem, no dia 24 de novembro, uma grande festa em comemoração ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. O evento será realizado no Complexo Cultural da República, em Brasília, a partir das 16h e integra a programação da Semana da Consciência Negra em Brasilia, promovida pela SEPPIR/DF e pela Secretaria de Cultura do DF, com o apoio do MinC e Fundação Cultural Palmares.
 
            Uma série de atividades para toda a família será realizada para celebrar a influência e a contribuição da cultura negra para a formação da identidade do Brasil. No local o público poderá conferir apresentações culturais e religiosas, uma exposição fotográfica, estande com publicações da Fundação Palmares, artesanato, literatura, mostra de produto, praça da alimentação com gastronomia afro e shows com Congo Nya, Banda Funkenando, Elza Soares, Sandra de Sá e Sistema Criolina .
 
             20 de novembro – Celebrado desde a segunda metade dos anos 1970, o dia foi uma conquista dos movimentos sociais que lutavam pela valorização da cultura afro-brasileira no calendário oficial. A data é comemorada em aproximadamente 780 cidades brasileiras. Em 2011, deixou de ser considerado Dia Nacional da Consciência Negra e, por meio da Lei 12.519, foi instituído pela presidenta Dilma Rousseff , como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. O 20 de novembro apresenta um forte simbolismo para os afrodescendentes, por marcar a morte de Zumbi dos Palmares, líder do maior quilombo das Américas. Confira abaixo a programação:


PROGRAMAÇÃO BRASÍLIA
16h – Abertura
Exposição fotográfica Imó Dudú, do fotojornalista Luis Alves
Estande com exposição de publicações da Fundação Palmares
Exposições de produtos Quilombolas
Praça de Alimentação com gastronomia afro

17h - Cortejo com Menino de Ceilândia (banda de frevo e Bonecos gigantes), Asé Dudú, acompanhando das Comunidades de Terreiro
18h - Ato Religioso com as Comunidades de Terreiro
18h30 - Congo Nya
19h - Banda Funkeando
20h - Elza Soares
21h30 - Sandra de Sá
23h - Sistema Criolina

Acesso livre
Classificação indicativa: livre

Informacoes: 3424-0173


Sobre os artistas:

Há 25 anos o Grupo Cultural Àsé Dúdú, faz parte da vida cultural e social de nossa cidade. Fundado em 06 de Setembro de 1987 o Grupo nasceu do desejo de se ter em Brasília um "Bloco" que atendesse os anseios da comunidade afro-descendente da Capital Federal. Temos como objetivo difundir a cultura afro-brasileira e incentivar o intercâmbio e desenvolvimento das relações culturais entre os povos e transformarmos Taguatinga em um importante pólo de discussão a respeito da cultura negra não só ha nível do DF mais também a nível nacional. Nossa área de ação é a luta contra o racismo e contra qualquer forma de abuso que atente contra os direitos humanos, não apenas de afro descendentes, mas de todos aqueles que são vítimas de tais práticas. Após anos tido como um bloco meramente carnavalesco o Àsé Dúdú passou a ser conhecido no âmbito cultural de nossa cidade através de vários Projetos que realizamos durante todo o ano com a comunidade brasiliense.

A Orquestra Popular Menino de Ceilândia foi fundada no ano de 2007 a partir do projeto de formação musical Menino de Ceilândia, Turismo e Inclusão Social, apoiado pelo ministério do Turismo e Fundação Banco do Brasil com repertório formado por composições da música brasileira com foco na linguagem do  frevo de blocos, frevo canção e frevo de rua, formada por músicos profissionais de sopro com  a participação de jovens participantes do projeto de  formação musical da Associação Cultural Menino de Ceilândia os quais  se encontram aptos musicalmente  para participar da aula de prática de conjunto que além dos ensaios semanais acontecem durante as apresentações musicais como metodologia aplicada  ao processo de formação musical. A orquestra também se apresenta muitas vezes com a participação de bailarinos e bailarinas do Balé Popular Menino de Ceilândia, também formado a partir da execução de projetos de formação em danças popular. A sua formação teve sua gênese por meio do projeto “Menino de Ceilãndia, Turismo, Cultura e Inclusão Social realizado após o  credenciamento desta entidade  como Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura, chancela na qual contribuiu para a abertura de oportunidades e fortalecimento de ações prioritárias como a formação da orquestra a qual  potencializou, agregou valor e ampliou o carnaval de Rua Menino de Ceilândia, consolidou o ritmo frevo no carnaval do Distrito Federal,  não se prendendo apenas às marchinhas, além disso,  atua como base de formação para integração e formação de jovens músicos da cidade na prática de conjunto. O resultado deste trabalho atinge hoje cerca de quarenta jovens e adultos da comunidade, com aulas de segunda a sábado e ensaio geral todos os sábado à tarde no Auditório do Centro de Ensino Médio 03 em Ceilandia Sul – CEM 03  e na Sede  da Associação Cultural Menino de Ceilândia.

A banda Congo Nya - Unificação Geral tem a honra de apresentar ao público a música Nyabinghi, ritmo tradicional africano, que constitui as raízes do reggae e da cultura Rastafari. A banda Unificação Geral –  surgiu a partir da presença dos componentes do grupo Congo Nya original, da Guiana Inglesa, que vieram ao Brasil participar de um programa de intercâmbio cultural. Dessa forma, foi formado, em São Sebastião-DF, um novo grupo com jovens da cidade chamado, Congo Nya - Unificação Geral. O grupo trabalha pela valorização das raízes culturais africanas, e, em suas apresentações, as pessoas podem presenciar um momento de celebração musical, com tambores, instrumentos de percussão, ritmos e canções da tradição Rastafari. Os integrantes  do grupo Unificação Geral – Congo Nya também desenvolvem um trabalho comunitário em São Sebastião-DF. Eles criaram a ONG Instituto Cultural Congo Nya, com o objetivo de realizar projetos e atividades nas áreas de educação, artes, esportes e cultura. O grupo acredita no desenvolvimento do ser humano através da educação, da música e da arte.

Funkeando é um projeto que mescla a música eletrônica aos clássicos do funky, soul, samba, hip-hop, música brasileira e black music. Em formato Live P.A, DJ A intercala as batidas eletrônicas com a melodia dos músicos: Jadão Bass (Baixo), Samuel Motta (Guitarra e Teclado), Raido Ratho (Sax), Jonas Santos (trompete) e Adil Silva (Trombone) e faz do show uma grande balada, sem intervalo ou pausa para descanso. Com apenas dois meses de existência o projeto Funkeando já chegou agitando a capital federal. A qualidade de seus músicos levou o projeto a dividir o palco com grandes nomes da música e da noite brasileira, como Criolo, Gerson King Combo, Marechal, Ellen Oléria, Marcelo Jenesi, Dj Kl Jay, Dj Patife entre outros. A proposta é “funkear” os hits tocados no cenário internacional e nacional como, Bogotá (Criolo), Mais que Nada (Jorge Ben), Beautiful (Snoop Dog), Água de Beber (Vinicius de Moraes), Back to Black (Amy Winehouse), além de apresentar músicas instrumentais dançantes de autoria própria. Funky music na essência, para ver, ouvir, sentir e dançar.

Sistema Criolina - O grupo brasiliense Sistema Criolina faz a música instrumental se fundir a elementos da música eletrônica, acrescentados de ritmos brasileiros, latinos e africanos. No repertório, composições autorais com arranjos modernos, desenvolvidos a partir de samplers de batidas, harmonias, melodias e efeitos disparados ao vivo, com acompanhamento e improviso de percussão, guitarra, trombone, saxofone e percussões. A musicalidade do grupo apresenta a riqueza cultural do Brasil, numa linguagem contemporânea. Tudo criado a partir de uma pesquisa aprofundada da música brasileira desde suas raízes populares até as influências urbanas. Misturas tão originais quanto as que formaram Brasília, principal inspiração do grupo. Antes mesmo do seu primeiro disco, que será lançado no começo de 2013, o grupo emplacou a música inédita “Belém-Brasília” na coletânea Brazilian Bass Culture and Beyond, do selo BM&A, que atua na difusão da música brasileira no exterior. O trabalho recebe investimento do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito federal (FAC). Tendo o DJ como regente, o grupo conta com um time de instrumentistas. O Sistema Criolina é integrado pelos músicos Rafael Oops (dj e produtor musical), Rodrigo Barata (baterista e percussionista), Dillo Araújo (guitarrista e produtor musical), Xande Bursztyn (trombonista e produtor musical / Móveis Coloniais de Acajú) e Esdras Nogueira (saxofonista / Móveis Coloniais de Acajú).

Sandra de Sá - Considerada a rainha da Música Preta Brasileira, Sandra de Sá tem sua Africanidade literalmente na veia. Neta de um Caboverdeano, assimilou o gingado e o ritmo dos seus ancestrais que com certeza muito a inspiraram; e como ela mesma costuma dizer, na sua família “quem não é músico, é musical”. Seu pai era baterista e com a família formava bandas para tocar no carnaval. Ainda criança, eles a levavam aos clubes; enquanto eles tocavam, ela brincava com os primos e amigos. Mais tarde, o destino eram os bailes. Aprendeu sozinha a tocar violão e a partir daí ninguém mais a segurou. Começou a compor suas músicas e colocar pra fora, toda a sua criatividade, traduzida em conscientização social. No último período da faculdade de psicologia conquistou o sucesso pra valer como cantora e compositora em 1980 quando participou do festival MPB 80 da Rede Globo. Sua música “Demônio Colorido” ficou entre as dez finalistas. Sandra acumulou vários prêmios ao longo desses 32 anos de sucesso, traçando também sua carreira internacional. E assim foi traduzida por Nelson Motta: “…Sandra de Sá afina como uma das mais expressivas cantoras brasileiras do nosso tempo.” O CD “AfricaNatividade” (Cheiro de Brasil), concorreu em 2010 ao Grammy Latino de Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro. Esse disco com músicas inéditas foi o primeiro produzido pela própria Sandra. Nos arranjos, ela reforça seus laços culturais e musicais entre o Brasil e a África. Em 2001 já havia participado da edição Rio e em 2006 soltou a voz no Rock in Rio Lisboa. Em 2011, na volta do Rock in Rio ao Brasil, cantou ao lado de Bebel Gilberto, homenageando Cazuza; velhos amigos. Sandra está como diretora da UBC (União Brasileira de Compositores) no resgate do respeito ao autor. Junto com outros artistas e produtores musicais lutou pela aprovação da “PEC da música” que objetiva a isenção tributária de fonogramas brasileiros. São muitas as idas à Brasília em prol da cultura brasileira. O mais recente projeto da artista é o “Baculeju”, que teve início do cervejal que rolava de vez em quando com a sua banda, e despretensiosamente eram experimentados vários ritmos e vertentes. A ideia deu tão certo, que Sandra resolveu dividir com os amigos e com seu público esse momento mágico, levando para os palcos uma brincadeira gostosa; esse caldeirão musical. Nasce assim o “Baculeju da de Sá”, essa roda de groove.O lançamento foi na Fundição Progresso no Rio e desde então já aconteceram 3 edições com as participações marcantes de Seu Jorge, Preta Gil, Serjão Lorosa, Buchecha, Alcione, Mc Marcinho, Tony Garrido, Emilio Santiago, Macau, Nelson Sargento entre outros.

Elza Soares - No show “Deixa a nega gingar” a cantora Elza Soares, que além de nos encantar com sua voz rouca, sempre inova sua carreira e mostra que a mulata desde o álbum “Do Cóccix até o Pescoço” flerta com as novas tendências musicais. Além de seus grandes sucessos Elza Soares insere um eletrônico diferente e utiliza novas possibilidades junto ao quinteto composto por um violão de sete cordas, bandolim, baixo, teclado acordeon e bateria e dentro da proposta de inovção foi inserido o Dj, que utiliza em seu set pads, teclados, tablets e outros apetrechos eletrônicos e estilos variados como house, techno, drum’n bass, dubstep, o breakbeat, sem esquecer-se da pegada brasileira do samba e o jazz. O show foi idealizado pela cantora na Europa com sucesso de público o que justifica o fato de ter sido considerada a maior cantora do Milênio pela BBC de Londres. Elza vem acompanhada pelo músico JP Silva no violão de sete cordas e bandolim, Rodrigo Ferreira no baixo, Paulinho Criança na bateria, Nelson Freitas nos teclados e acordeon e o DJ Ricardo Muralha. Em seu repertório músicas como: “Chove chuva”, “Nega do cabelo duro”, “Mas que nada”, “Malandro”, “Meu guri”, “Opinião”, “Se acaso você Chegasse”, “A Carne” e muitos outros sucessos que fazem o público delirar. Considerada por todo o meio artístico, formadores de opinão, jornalistas e profissionais do meio, como a verdadeira Diva da Música Universal. Com seu ritmo na voz de estilo simcopado e um talento natural dado por Deus Elza Soares é o que há de mais valioso entre as cantoras dos anos 60 em atividade e que merece ser cada vez mais valorizada, respeitada e homenageada por todo o Brasil.

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