No próximo domingo (29/09), o Ilê Axé Oyá Bagan abre as portas para o público e reúne convidados
especiais para uma roda de conversa e muita troca de saberes, que terá como
tema “Samba e Ancestralidade”. O encontro, que começa a partir das 10h, contará
com a presença do grupo 7 na Roda e da cantora baiana Clécia Queiroz, que virá
especialmente para prestigiar o evento. E, como não podia deixar de ser, uma
deliciosa feijoada, um dos pratos mais tradicionais dos ilês brasileiros, será
servida a partir das 13h para celebrar a cultura de terreiro. A entrada é
gratuita e a classificação livre.
“Nossos ritmos, nossas culturas estão difundidas no cotidiano do brasileiro. Até a culinária de terreiro é uma das mais apreciadas no Brasil e merece seu destaque e valorização. Muitas das nossas comidas, como o acarajé e a feijoada, já se popularizaram, mas é sempre bom lembrar de onde vieram e saudar as culturas tradicionais de matriz africana”, ressalta Miriam Araújo, presidente e Ekedi do Ilê Axé Oyá Bagan.
O evento faz parte do Circuito de Culturas Populares e Afro-brasileiras, projeto idealizado pelo Instituto Candango de Culturas Populares, fomentado pela Fundação Palmares e produzido pela Rosa dos Ventos Produções, que visa estimular a valorização de territórios culturais do DF.
“O nosso objetivo é fomentar a valorização desse espaço cultural tão rico e ampliar a ocupação dele pela comunidade. Queremos que as pessoas se vejam ali também, que sintam e saibam que a cultura popular é viva e presente, e que tudo o que se aprende ali é de uma preciosidade imensurável porque carrega a identidade do povo brasileiro”, afirma Stéffanie Oliveira, diretora do Instituto Candango de Culturas Populares.
Em 2018, O Ilê Axé Oyá Bagan alcançou um grande reconhecimento: foi contemplado, pelo GDF, com o Prêmio de Cultura e Cidadania, na categoria Cultura Afro-Brasileiras.
Atrações especiais
A cantora e compositora baiana Clécia Queiroz vem especialmente de Salvador e trará seu samba para participar da festa. Com três discos solos gravados, Clécia vem construindo uma carreira permeada por uma cuidadosa pesquisa dos ritmos afro-brasileiros. Artista de várias linguagens, é graduada em Dança pela UFBA, Mestre em Artes pela Howard University (EUA), Professora da Universidade Federal de Sergipe e atualmente cursa o Doutorado em Difusão do Conhecimento (DMMDC - UFBA), tendo como tema da tese o Samba de Roda. Suas habilidades artísticas não param por aí, Clécia também é atriz premiada com o Troféu Bahia Aplaude e como cantora, foi agraciada com o Prêmio Copene de Música.
Outro destaque do encontro é o 7 na Roda, grupo brasiliense consolidado e reconhecido na capital federal por seu trabalho autoral que homenageia o samba raiz. Com profundo respeito à Velha-Guarda, os sambistas iniciaram o grupo em 2007 e se destacam pela competência musical, sendo hoje reconhecidos como uma das rodas de samba mais tradicionais da cidade.
“O 7naRoda é um movimento de irmãos que recebeu a missão de dar continuidade à essa função histórica e cultural que o samba tem em nossas vidas, como uma forma de propagar a nossa raiz e ancestralidade”, ressalta Kadu Nascimento, músico do grupo.
Sobre a roda dos saberes
A roda dos saberes é um momento de troca, uma oportunidade para expor dúvidas, respostas e reflexões. O encontro tem como ponto de partida o terreiro, espaço permanente de aprendizado religioso, mas acima de tudo cultural, lugar onde foi possível manter viva tradições e conhecimentos trazidos de territórios além-mar. O culto aos orixás, por exemplo, é passado sempre de forma oral, do mais velho para o mais novo. Manifestações culturais como a capoeira e o samba, a feijoada, prato típico e até a cachaça, fazem parte da memória propagada na roda dos saberes. Mães e Pais de Santo, Ekedis, Ogans e filhos de santos são guardiões da cultura e conhecimento, responsáveis também por salvaguardar a língua Yorùbá que muito se perdeu com a colonização.
SERVIÇO:
Samba e Ancestralidade
Data: 29/09 (domingo)
Horário: a partir das 10h
Local: Ilê Axé Oyá Bagan - Córrego Tamanduá – Trecho 7 – Chácara 3 - Paranoá
Feijoada: R$ 15,00
Entrada: gratuita
==> Foto: Luísa Dale
“Nossos ritmos, nossas culturas estão difundidas no cotidiano do brasileiro. Até a culinária de terreiro é uma das mais apreciadas no Brasil e merece seu destaque e valorização. Muitas das nossas comidas, como o acarajé e a feijoada, já se popularizaram, mas é sempre bom lembrar de onde vieram e saudar as culturas tradicionais de matriz africana”, ressalta Miriam Araújo, presidente e Ekedi do Ilê Axé Oyá Bagan.
O evento faz parte do Circuito de Culturas Populares e Afro-brasileiras, projeto idealizado pelo Instituto Candango de Culturas Populares, fomentado pela Fundação Palmares e produzido pela Rosa dos Ventos Produções, que visa estimular a valorização de territórios culturais do DF.
“O nosso objetivo é fomentar a valorização desse espaço cultural tão rico e ampliar a ocupação dele pela comunidade. Queremos que as pessoas se vejam ali também, que sintam e saibam que a cultura popular é viva e presente, e que tudo o que se aprende ali é de uma preciosidade imensurável porque carrega a identidade do povo brasileiro”, afirma Stéffanie Oliveira, diretora do Instituto Candango de Culturas Populares.
Em 2018, O Ilê Axé Oyá Bagan alcançou um grande reconhecimento: foi contemplado, pelo GDF, com o Prêmio de Cultura e Cidadania, na categoria Cultura Afro-Brasileiras.
Atrações especiais
A cantora e compositora baiana Clécia Queiroz vem especialmente de Salvador e trará seu samba para participar da festa. Com três discos solos gravados, Clécia vem construindo uma carreira permeada por uma cuidadosa pesquisa dos ritmos afro-brasileiros. Artista de várias linguagens, é graduada em Dança pela UFBA, Mestre em Artes pela Howard University (EUA), Professora da Universidade Federal de Sergipe e atualmente cursa o Doutorado em Difusão do Conhecimento (DMMDC - UFBA), tendo como tema da tese o Samba de Roda. Suas habilidades artísticas não param por aí, Clécia também é atriz premiada com o Troféu Bahia Aplaude e como cantora, foi agraciada com o Prêmio Copene de Música.
Outro destaque do encontro é o 7 na Roda, grupo brasiliense consolidado e reconhecido na capital federal por seu trabalho autoral que homenageia o samba raiz. Com profundo respeito à Velha-Guarda, os sambistas iniciaram o grupo em 2007 e se destacam pela competência musical, sendo hoje reconhecidos como uma das rodas de samba mais tradicionais da cidade.
“O 7naRoda é um movimento de irmãos que recebeu a missão de dar continuidade à essa função histórica e cultural que o samba tem em nossas vidas, como uma forma de propagar a nossa raiz e ancestralidade”, ressalta Kadu Nascimento, músico do grupo.
Sobre a roda dos saberes
A roda dos saberes é um momento de troca, uma oportunidade para expor dúvidas, respostas e reflexões. O encontro tem como ponto de partida o terreiro, espaço permanente de aprendizado religioso, mas acima de tudo cultural, lugar onde foi possível manter viva tradições e conhecimentos trazidos de territórios além-mar. O culto aos orixás, por exemplo, é passado sempre de forma oral, do mais velho para o mais novo. Manifestações culturais como a capoeira e o samba, a feijoada, prato típico e até a cachaça, fazem parte da memória propagada na roda dos saberes. Mães e Pais de Santo, Ekedis, Ogans e filhos de santos são guardiões da cultura e conhecimento, responsáveis também por salvaguardar a língua Yorùbá que muito se perdeu com a colonização.
SERVIÇO:
Samba e Ancestralidade
Data: 29/09 (domingo)
Horário: a partir das 10h
Local: Ilê Axé Oyá Bagan - Córrego Tamanduá – Trecho 7 – Chácara 3 - Paranoá
Feijoada: R$ 15,00
Entrada: gratuita
==> Foto: Luísa Dale
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