Nos dias 19 e 20 de novembro, a Caixa Cultural Brasília recebe a Ocupação
Baobá, que celebra o Dia da Consciência Negra com moda e música. Valorizando e
fortalecendo as tradições do povo negro no Brasil, a programação tem
início com a feira diáspora 009, cujos
estandes de mulheres negras mostram ao público acessórios, decoração, livros e artesanato, entre outros
produtos. No dia 20, é a vez de ver desfile da marca
brasiliense diáspora 009, com peças
inéditas e exclusivas.
No dia 19, às 19h30, acontece a Oficina
de Percussão – Toques Tradicionais na Nação Xambá. Ministrada por
percucionistas da comunidade Xambá (que também são integrantes do grupo
Bongar), a oficina ensina os toques dos tambores da Xambá e a
história de uma das vertentes do candomblé, a Nação Xambá. Ali, o participante
terá a chance de aprender a ligação percussiva desse povo com a cultura Yorubá,
por meio dos toques dos Orixás, aprendidos desde a infância no terreiro.
O encerramento da Ocupação Baobá (20/11) é com o show Ogum Iê! do grupo Bongar (PE). A apresentação – com participação
especial de Lenna Bahule (Moçambique) – une a ancestralidade, tradição e
contemporaneidade para homenagear o orixá Ogum. Na mitologia iorubana, Ogum é o
Deus guerreiro, que domina o ferro, a tecnologia de criar ferramentas e é
responsável por abrir os caminhos.
No palco, os tambores se unem aos
dedilhados do violão, do cavaquinho, dos elementos sonoros de ferro e de latas
de alumínio. O disco Ogum Iê! teve a
direção musical e arranjos de Letierres Leite, além da participação da
Orquestra Rumpilezz. O show ressalta a maestria do grupo em transformar e
resignificar elementos tradicionais, sem perder sua referências culturais,
garantindo a manutenção da cultura da Nação Xambá.
“Baobá é uma árvore sagrada para as tradições africanas.
Trazidos para o Brasil pelo povo negro escravizado, os Baobás simbolizam a
resistência e o caminhar dessas pessoas, que marcam a identidade do país. Por
isso, a ocupação leva esse nome. A ideia é valorizar as comunidades negras no
Brasil nessa data tão importante que é o Dia da Consciência Negra”, explica
Tâmara Jacinto, idealizadora da ocupação.
Diáspora 009 (DF)
A .d.i.a.s.p.o.r.a.009 é por essência
a expressão das diversas Áfricas pelo mundo. Para começar a longa caminhada que
inspira a criação de quem somos, espelhamos-nos em quem temos sido. Assim, a marca
da designer e artista plástica Lia Maria reúne referências de África, Caribe e
América Latina.
Grupo Bongar (PE)
Formado por Guitinho da Xambá (vocal), Beto
Black (vocal e ganzá), Nino do Bongar (vocal e abê), Memé Bongar (vocal, congas
e ilú) e Thúlio (vocal e caixa), o grupo pernambucano reúne os festejos tradicionais
do terreiro Xambá, local sagrado do culto aos Orixás e Eguns, no Portão do
Gelo, em Olinda. Com forte representatividade, o Bongar leva mundo afora a
cultura do coco da Jurema, com uma batida única de seu terreiro, identificada
pelo rufar da alfaia de tronco de macaibeira e ritmos do candomblé.
Lenna Bahule (Moçambique)
Nascida e criada em Moçambique, Lenna
mora em São Paulo há cinco anos. A artista fundamenta sua pesquisa na música
vocal e nos diferentes caminhos para o uso da voz e do corpo como instrumento
musical e de expressão artística. Seu trabalho provoca uma viagem sonora,
rítmica e poética, com músicas tradicionais vivenciadas em África, principalmente
em seu país de origem. Seu álbum mais recente, “Nomade”, foi lançado em 2016 e
é fruto das sensações vivenciadas no cotidiano de Moçambique e do Brasil.
Incentivo à cultura:
A
CAIXA investiu mais de R$ 385 milhões em cultura nos últimos cinco anos. Em
2018, nas unidades da CAIXA Cultural em Brasília, Curitiba, Fortaleza, Recife,
Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, está prevista a realização de 244
projetos de Artes Visuais, Cinema, Dança, Música, Teatro e Vivências.
A CAIXA Cultural Brasília, inaugurada em 1980, foi o primeiro espaço cultural instituído pela CAIXA. Localizada na região central de Brasília, perto da estação Galeria do metrô e da rodoviária do Plano Piloto, possui cinco galerias, teatro, sala multimídia e Jardim das Esculturas. Em 2018, estão previstos a realização de 60 projetos e o retorno do Programa Educativo CAIXA Gente Arteira.
SERVIÇO:
Ocupação Baobá –
Semana da Consciência Negra
Dias 19 e 20 de novembro,
Locais: CAIXA Cultural Brasília e Átrio dos Vitrais do Edifício
Matriz da Caixa (SBS Quadra 4 Lotes 3/4 – Edifício Matriz da CAIXA e Anexo I do
Edifício Matriz da CAIXA – (CAIXA Cultural Brasília))
- Feira
Diáspora 009 (DF):
Dia 19 de novembro, das 12h às 18h, no Átrio dos Vitrais do Edifício Matriz da
Caixa;
Dia 20 de novembro, das 18h às 23h, no
foyer da Caixa Cultural Brasília;
Entrada franca. Classificação
indicativa livre.
- Oficina
de Percussão – Toques Tradicionais da Nação Xambá:
Dia 19 de novembro, das 19h30 às 21h30, no Teatro da Caixa Cultural Brasília.
Entrada franca. Classificação
indicativa livre.
- Apresentação
do Tambor de Crioula de Seu Teodoro (DF):
Dia 20 de
novembro, das 18h às 18h45, na calçada do Edifício Matriz da Caixa
Entrada
franca. Classificação indicativa livre.
- Desfile
Diáspora 009 (DF):
Dia 20 de novembro, das 19h30 às 20h,
no foyer da Caixa Cultural Brasília
Entrada franca. Classificação
indicativa livre.
- Show “Ogum Iê” com Grupo Bongar
(PE) e Lenna Bahule (Moçambique):
Dia 20 de novembro, às 20h, no teatro
da CAIXA Cultural Brasília
Ingressos: R$30 (inteira) e R$15 (meia). Não
recomendado para menores de 12 anos.
Capacidade: 406 lugares (8 para cadeirantes)
Acesso para pessoas com deficiência e
assentos especiais
Patrocínio: CAIXA e Governo Federal
==> Foto: Joelson Souza
0 comments:
Postar um comentário