Palpites do campeão! Lourival Roldan conta o que espera do Dakar 2018

Quer saber tudo sobre rali? Então pergunte ao navegador Lourival Roldan, primeiro brasileiro a vencer o Dakar (conquista obtida neste ano, em parceria com o piloto Leandro Torres, na categoria UTVs). 

No mundo dos ralis desde 1986, Roldan é autoridade máxima no assunto. 

Estreou no Dakar em 2003, navegando para o piloto Klever Kolberg. De lá pra cá, a experiência no quesito Dakar só aumentou. Foram dez participações (estava inclusive na largada da prova de 2008, última na África, que foi cancelada devido às ameaças de atentados terroristas). 

A largada da edição de 2018 será no dia 6 de janeiro e, excepcionalmente, não terá Lourival Roldan dentro das trilhas. É que o projeto do parceiro Leandro Torres é voltar apenas em 2020. Mas mesmo assim, Lori, como é chamado pelos amigos, atuará como consultor de alguns pilotos ao longo da prova.

Foi por isso que a gente aproveitou pra perguntar a ele: como será o Rally Dakar 2018?
Antes de mais nada, não custa lembrar que o percurso terá quase 9 mil km, saindo do Peru, passando pela Bolívia e terminando na Argentina. 

“Entre os carros, tem muita gente boa. Vai ser uma briga apertada pela vitória. Mas eu apostaria em três nomes. Sébastien Loeb, Stéphane Peterhansel ou Nasser Al-Attiyah”, afirma Lourival. É um bom palpite, convenhamos. Loeb jamais venceu o rali, mas está na pilha pra conseguir o resultado, já que chegou perto em 2017. Peterhansel e Al-Attiyah, por sua vez, dispensam apresentações. Ambos são campeões da prova. 

Nas motos, os votos de Lori vão para Sam Sunderland e Paulo Gonçalves. 

“Já entre os caminhões, acho que a luta pela vitória vai ficar ali pelos lados do russo Eduard Nikolaev ou do tcheco Ales Loprais. Vai ser briga boa entre as equipes Kamaz e Tatra”, afirma.

Nos quadriciclos, Lourival aponta o brasileiro Marcelo Medeiros como um possível favorito. Os dois estão trabalhando juntos neste ano. Lori tem dado total suporte na preparação de Marcelo e vai acompanhá-lo ao longo de todo o rali. Entre os gringos, pede atenção a Ignacio Casale, primeiro chileno campeão do rali (em 2014).

“Falando dos UTVs, acredito muito na dupla brasileira Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin. O Varela é muito rápido, já correu um Dakar sozinho e completou. Mas além deles, acho que tem outra dupla muito boa, que corre de Polaris, formada pelo Patrice Garrouste e pelo navegador Steven Griener, que também é o engenheiro chefe da equipe Xtreme Plus”, comenta Lori.

Um ponto a se observar, segundo ele, é que a organização vem resgatando o nível de dificuldade que havia nas primeiras edições.

Escondem informações, pararam de dar referências para que o navegador e o piloto saibam com mais precisão onde estão, encontram lugares onde os rastros sumiram (ideais pra criar uma confusão danada) e escolhem pontos onde as possibilidades de trajeto são inúmeras.

O resultado? Deixam todo mundo perdido mesmo.

“Os nove primeiros pilotos das motos se perderam, os quatro primeiros caminhões se perderam, todos os carros da Mini se perderam em um determinado trecho. A dificuldade foi geral. Nós batemos numa pedra, quebrou a bandeja e ficamos quase 3 horas entre esperar a peça chegar e trocá-la. Depois de 80 km, encontramos nosso concorrente que disse que também estava perdido, e também por 3 horas”, lembra Lourival.

Pra quem vai acompanhar tudo no conforto de casa, ou do ar condicionado do escritório, tem um jeito de não ficar perdido: o programa especial do Rally Dakar 2018 preparado pela Red Bull TV. Haverá exibições diárias no formato on demand, permitindo que o fã se atualize sobre as disputas, as pancadas e as curiosidades do Dakar de qualquer lugar do mundo e a qualquer hora.

Como assistir à Red Bull Tv?
Além do site (redbull.tv), é possível ver a Red Bull TV pelo aplicativo disponível para os sistemas Android, iOS e Windows Phone; ou por meio dos canais específicos na Apple TV e Samsung TV. O app também está disponível na Amazon Fire TV, Kindle Fire, Nexus Player, Roku Players e no Xbox 360.

==> Foto: Divulgação

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