Num total de nove apresentações, o repentista Chico de Assis, acompanhado em cada
apresentação por um repentista convidado, Donzílio
Luiz, João Santana e Valdenor de Almeida, vai levar a arte
do Repente em espetáculos de uma hora de duração. Nas apresentações, as duplas
irão versar sobre temas indicados pela plateia e outros, como saúde, meio
ambiente e o mercado de trabalho, além de declamar poemas matutos abrangendo o
jeito de ser do sertanejo e a vida do brasileiro.
Dentre
as modalidades apresentadas estão: sextilhas; galope à beira-mar; coqueiro da
Bahia; voa sabiá; Brasil de mãe preta; martelo alagoano; o que é que me falta
fazer mais; curió; segura o remo... e outras. Para Chico, “levar a arte do
Repente às feiras tem papel fundamental para a democratização cultural, visto
serem uns dos poucos locais de difusão cultural e formação de público
acessíveis às famílias que não têm condições financeiras e perfil social para
acompanhar os circuitos culturais da cidade com ingressos a valores altos”.
O “Repente na Feira”, que tem fomento do FAC - Fundo de
Apoio à Cultura, da Secretaria de Cultura do DF, tem por objetivo manter vivo o
Repente como expressão poética e musical, componente do universo cultural do
DF, e de contemplar o público mais carente da Cantoria de Repente Nordestina
com apresentações gratuitas. Todas as apresentações serão registradas em vídeo
para a produção de um projeto documental.
Desvendando
o Repente
Improvisando,
tendo maior ou menor postura combativa, a arte da Cantoria de Repente é a continuidade e o aprimoramento das cantigas
d’amor, da ruralidade das cantigas d’amigo e das sátiras das cantigas de
escárnio e maldizer. Uma tradição poética nordestina que absorve todas essas
características e acrescenta uma série de temas ao contexto, como política,
religião, desigualdade social, família, esportes e tantos outros assuntos
passam a ser tratados, com esmero e profundidade pelos repentistas, tanto em
linguagem popular brejeira quanto rebuscada.
As modalidades mais conhecidas são coqueiro da
Bahia, voa sabiá, Brasil de mãe preta, martelo alagoano, curió e segura o remo.
Diferentes gêneros para as composições improvisadas de Cantoria de Repente, que
se resumem em métricas a serem seguidas para a construção de poesias e que são
propostas às duplas que se desafiam.
Os gêneros determinam em quais versos da estrofe as
rimas devem coincidir. Destes, o mais comum e, possivelmente, o preferido dos
repentistas é a Sextilha, composta de estrofes de seis linhas, ou versos. Caso
em que as rimas se dão nas linhas pares. O esquema de rimas começa a ficar mais
desafiador a partir da Septilha, ou Setilha, uma adaptação da sextilha, porém,
com sete versos. Aqui, as linhas pares rimam até a quarta, daí, a quinta deve
rimar com a sexta e a sétima com a segunda e a quarta.
Outro, muito apreciado por repentistas, difundido
desde o início da poesia popular, é a Décima, talvez por ser o gênero escolhido
para os motes. Para este, cantadores
devem compor estrofes de 10 linhas, fechando cada um com os versos da sentença
dada – o mote – seguindo sua rima e métrica. O esquema de rimas deve ser
construído da seguinte forma: o primeiro rima com o quarto e o quinto; o
segundo, com o terceiro; o sexto, com o sétimo e o décimo; e o oitavo, com o
nono. O Mote é uma sentença de um ou
dois versos que dá o conteúdo sobre o qual o repentista deve versar.
SERVIÇO:
Apresentações em
Ceilândia:
Dia 02/12, sábado, às 8h
AM, na Feira do Guarapari
Dia 03/12, domingo, às 10h
AM, na Feira Permanente do Setor O
Dia 10/12, domingo, às 9h
AM, na Feira Permanente da Guariroba
Dia 16/12, sábado, às 8h
AM, na Feira do Guarapari
Dia 23/12, sábado, às 8h
AM, na Feira do Guarapari
Dia 31/12, domingo, às 9h
AM, na Feira Permanente da Guariroba
Apresentações em
Samambaia:
Dia 17/12, domingo, às 9h
AM, na Feira Permanente da Quadra 210
Dia 24/12, domingo, às 8h
AM, na Feira Modelo da Quadra 510
Dia 07/01/18, domingo, às
9h AM, na Feira Permanente da Quadra 202
Entrada França
Classificação indicativa:
Livre para todas as idades
Duração: 60 minutos
Realização: Chico de Assis
Esse projeto é realizado
com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF
==> Foto: Divulgação
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