Bem longe do berço do samba, o
Grupo Sampri vem do Mato Grosso do Sul para se apresentar no projeto Samba de
Bamba, no dia 20 de setembro, quarta-feira, às 20 horas, na Caixa Cultural
Brasília. Na ocasião o grupo, formado pelas irmãs Magally, Luciana e Renata
acompanhadas por dois percussionistas, vão um mostrar ao público brasiliense um
repertório voltado para o samba de partido alto e repleto de clássicos. Nelson
Cavaquinho, Cartola, Candeia, Noel Rosa, Zé Keti e Dorival Caymmi serão
relembrados ao lado, também, de compositores contemporâneos como Paulinho da
Viola, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho, Dudu Nobre, João Nogueira, entre
outros.
O grupo Sampri se formou de
maneira inusitada, no fundo do quintal da casa do avô paterno no ano de 2002.
Na roda de samba, as três irmãs – nascidas em Campo Grande - começaram a
batucar e cantar... pronto! Gostaram da ideia de tocar juntas e decidiram
montar um grupo. Magally, toca cavaquinho. Luciana aprendeu a tocar pandeiro e
desde então batucava e cantava com a irmã mais velha. Renata, a caçula do
grupo, tomou para si a função de violonista do grupo. As três irmãs mostram
muita habilidade, harmonia e simpatia, além de terem consciência de que o samba
há de ser interpretado com respeito, dedicação e humildade, para reverenciar,
com a devida cadência, os grandes mestres.
E essa resistência sempre foi dura
de enfrentar. Por várias vezes, quando as irmãs do Grupo Sampri falavam que
iriam fazer “uma roda de samba”, logo surgiam pedidos de músicas que, na
verdade eram tidas como “pagode” e em nada lembravam as composições dos bambas
que integravam o repertório que possuíam. Mas, como diz o dito popular, “água
mole em pedra dura...”, hoje elas ocupam um espaço que conquistaram, após anos
de trabalho com a equação afinação, interpretação e sensibilidade.
“A ideia do show em Brasília é
fazer releituras dos grandes sambas”, afirma Renata. O repertório é amplo e
contempla as diversas fases do samba ao longo das décadas. A paixão pelo gênero
levou as irmãs a pesquisar e estudar para melhor conhecer a história do samba.
“Conhecer do cenário histórico da época nos faz entender com propriedade o que
o compositor queria dizer”, considera Luciana. “E no final é uma satisfação
para nós ver e ouvir os jovens cantarem Noel, Chico... essa é a nossa maior
alegria”, finaliza Magally.
E assim é o Sampri. Por onde a
cantoras vão, sobram talento, harmonia e descontração. O repertório sempre se
renova e o talento é aprimorado pela afinidade familiar ou, simplesmente,
familiaridade.
SERVIÇO:
Projeto Samba de Bamba com Grupo Sampri
Quando: dia 20 de
setembro, quarta-feira, às 20 horas
Onde: Teatro da CAIXA
(SBS Quadra 4 Lotes 3 e 4 - Edifício anexo à matriz da Caixa)
Duração: 90 minutos
Ingressos: R$20 e R$10 (meia entrada) –
Meia entrada válida para estudantes, professores, funcionários e clientes
CAIXA, pessoas acima de 60 anos, doadores de brinquedos e
assinantes do Correio Braziliense.
==> Foto: Divulgação
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