"A AUTÓPSIA DE UM BEIJA FLOR" DA CIA Plágio de Teatro de volta em curta temporada

A Autópsia de Um Beija-Flor. De maneira poética, filosófica, com humor ácido e suspense, o espetáculo levanta uma reflexão sobre o momento atual no mundo, onde os interesses pessoais estão acima dos públicos e onde a intolerância, o respeito ao próximo, a liberdade de expressão e a invasão de privacidade se banalizaram.

A Autopsia de um beija-flor marca a nova parceria de Santiago Serrano com a Cia Plágio de Teatro, que já rendeu o premiado espetáculo Noctiluzes. Sob a direção de Sérgio Sartório, que divide a cena com André Deca, estará uma encenação que trata de tema relevante a todos os países da América Latina, que viveram e sofreram uma ditadura. Apesar de não abordar a ditadura como tema central, a peça mostra os resultados, que ainda colhemos, desses regimes. De maneira poética e filosófica o espetáculo levanta uma reflexão sobre o momento atual no mundo, onde os interesses pessoais estão acima dos públicos e onde a intolerância, o respeito ao próximo, a liberdade de expressão e a invasão de privacidade se banalizaram.

O espetáculo reúne uma equipe premiada, a começar pelos dois atores, Sérgio Sartório (que detém quatro prêmios de melhor ator em cinema e teatro) e André Deca (prêmios de melhor ator em festivais de cinema como Gramado e Brasília), além do cenógrafo e figurinista Roustang Carrilho (Prêmio SESC em 2012) e o sonoplasta Tomás Seferin (prêmios no festival Riocenacontemporânea e SESC). Todos eles estarão juntos a serviço da consagrada dramaturgia de Santiago Serrano, que já teve vários textos encenados no Brasil, com grande repercussão, como Dinossauros, Fronteiras, Eldorado, A Revolta e Noctiluzes.

O Espetáculo
A encenação de A Autópsia de um beija-flor integra um projeto que vem sendo desenvolvido pela Cia. Plágio de Teatro de promover o intercâmbio de companhias brasileiras com a dramaturgia contemporânea latino-americana. E nada melhor do que montar o texto de um autor que conhece de perto o talento dos atores da companhia. O argentino Santiago Serrano escreveu Noctiluzes especialmente para a Cia Plágio de Teatro.

No novo texto, o dramaturgo optou por não dar nome às personagens. A trama narra a estória de um novato e um experiente, companheiros num trabalho que consiste em obter informações sobre a intimidade alheia, por encomenda. São voyeurs em nome de um contratante. Mas eles também são observados, por um mundo cheio de curiosos. 

Texto enxuto e profundo, A Autópsia de um beija-flor se inspira na história de governos ditatoriais, vivida pelos países latino-americanos, para chegar a este tempo em que os interesses pessoais valem mais do que os públicos. Fundamentada em situações de perseguição, espionagem de estado sobre personalidades, intelectuais e, neste caso, de um funcionário público e de uma prostituta, sua amante, a peça coloca em cena situações visíveis de polaridades. O espião é também espionado.


SERVIÇO

A Autópsia de um Beija Flor
De 31 de março a 09 de abril
Espaço CENA (CLN 205 Bloco C loja 25)
Ingressos a venda no local, duas horas antes das apresentações.
R$40,00 a inteira e R$20,00.
Doe 1kg de alimento e pague meia entrada.
Sexta e sábado às 20h e domingo às 19h.
Informações e reservas pelo tel: 3349 3937.
Classificação:14 anos.

==> Foto: Divulgação

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