A Mostra do Filme Livre aterrissa novamente em
Brasília. Com entrada franca e mais de 170 filmes de todos os gêneros e
formatos, a 15ª edição do evento fica em cartaz no Centro Cultural Banco do
Brasil (CCBB Brasília) entre os dias 13 de abril a 2 de maio. A mostra tem patrocínio do Centro Cultural
Banco do Brasil por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
Oferecendo há 15 anos um
panorama completo da produção audiovisual alternativa brasileira, a MFL já é
reconhecida como a maior mostra de filmes independentes do Brasil . Este ano,
além de exibir 175 filmes – sendo 83 % realizados sem verbas públicas – a MFL promove dois
debates e uma incrementada oficina de GIF.
Os filmes da mostra foram produzidos em todos os
cantos do país. Muitos deles terão a MFL como sua única exibidora. Portanto,
essa é uma excelente chance para se conhecer uma amostra bastante significativa
da atual produção independente do cinema nacional.
Este ano, 1.342 filmes foram inscritos e cerca de
90% deles realizados de forma independente. A Mostra ainda é realizada em mais
três capitais: Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte e também o circuito
de Cineclubes Livres, que em 2015 chegou a 60 cidades.
“De curtas infantis (alguns feitos por crianças) a longas de horror, sem esquecer os documentários e as videoartes e abstrações que passam em loop nas Cabines Livres, tem de quase tudo na MFL. E olha que apenas quinze por cento dos inscritos foram selecionados. São quase duzentos filmes que mostram a versatilidade, a potência e a poesia do cinema possível brasileiro”, afirma Guilherme Whitaker, um dos curadores da Mostra, ao lado de Gabriel Sanna, Chico Serra, Diego Franco, Ricardo Mansur, Christian Caselli e Pedro Dantas.
Os filmes da MFL são distribuídos em sessões diversas. Longas Livres (os longas mais significativos na opinião da curadoria), Panoramas Livres (os curtas e médias que mais instigaram a curadoria, de onde saem a maioria dos premiados de cada edição), Mundo Livre (com filmes feitos por brasileiros no exterior), Pílulas (com filmes de até três minutos), Outro Olhar (filmes que a curadoria identificou uma qualidade de invenção e esforço no sentido de experimentar a linguagem audiovisual).
A tradicional Mostrinha vem novamente com curtas voltados ao público infantil e a Cabine Livre será montada em um espaço especialmente para a exibição em loop de obras de videoarte. Na mostra Coisas Nossas, o público pode ver filmes feitos pelos curadores e pela produção da MFL. Já a sessão Caminhos apresenta filmes realizados em oficinas e escolas de cinema.
A Destaques
deste ano põe em foco a obra dos cineastas Cristiano Burlan, Pedro Dantas,
Louise Botkay e os Autores Livres
trazem curtas e longas de diretores já homenageados e/ou premiados nas MFLs
anteriores.
Novidades
- A MFL este ano conta com novas sessões. A começar pela Panaméricas Latinas, resultado da
expansão da mostra pela América Latina ao longo das últimas edições. Pela
primeira vez foram selecionados filmes livres de países vizinhos. Um deles, o
Chile, terá inclusive uma sessão específica, a Especial Chile em Cine. Outra sessão inédita em Brasília é a Biografemas, conjunto de filmes que
traçam um diálogo com obras de artistas em diferentes tempos e linguagens.
Territórios é
composta por filmes que partem de questões locais muito específicas, mas que
têm em comum a busca por um tempo inerente a cada espaço filmado. De novidade,
a MFL traz, ainda, a sessão Sonoras,
que lança um olhar bastante peculiar na multiplicidade e nas idiossincrasias da
música brasileira contemporânea.
Terror
no DF – Representante único do DF na MFL, o filme “A Capital dos Mortos II”
É a segunda parte da saga de terror trash do
cineasta Tiago Belotti. Após a sessão do dia 30/4, Belottii participa de um
debate aberto ao público com mediação de Christian Caselli, curador da mostra e
expert em cinema trash.
Loucura – No
dia 1 de maio, às 19h30, após a sessão do filme "A loucura entre nós",
documentário de Fernanda Fontes Vareille passado em corredores e grades de um
hospital psiquiátrico, o público está
convidado a participar de um debate sobre os limites da insanidade. Participam Marcelo
Veras, psicanalista, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e autor do
livro "A loucura entre nós", e Eva Falheiro, coordenadora do
Movimento Pró-saúde Mental do DF e Diretora da Inverso, sob mediação de
Giovanna Quaglia, psicanalista, membro da Delegação Geral GO/DF e da Escola
Brasileira de Psicanálise.
Sonoras - A
música brasileira, com toda a sua multiplicidade, também abarca a antropofagia
oswaldiana e deglute ritmos estrangeiros. Mesmo rit- mos considerados
“colonizados” acabam se transformando por aqui, ganhando uma identidade própria
e ainda tendo o status de “porta- -voz das periferias”. É o caso hip-hop, rap,
funk etc., cujas biografias de músicos bacanérrimos você encontra nas sessões
SONORAS da MFL.
Oficina
de GIF à Milanesa – Este ano, a MFL promove em Brasília uma oficina
de GIF - Graphics Interchange Format, algo como "formato para intercâmbio
de gráficos", manifestação visual de arte sequencial que tomou a internet
de assalto pelo imediatismo de sua difusão e pela facilidade de sua feitura.
Quem monitora a oficina é Leo Pyrata, cineasta e artista visual que atua nos
cinemas mineiro e pernambucano, tendo dirigido, montado e roteirizado diversos
filmes desde 2010. As inscrições serão
gratuitas pelo site da MFL em meados de abril.
Depois de ser apresentada nos CCBBs, a MFL
percorrerá o circuito de Cineclubes Livres, que em 2015 teve 2.700 espectadores
em mais de 60 cidades. A MFL é a maior e a mais abrangente mostra de cinema
brasileiro, por conta da extensa variedade de produções que exibe e do tempo
que fica em cartaz, 6 meses.
A MFL é produzida pela WSET (que também realiza no
Brasil as mostras completas dos cineastas David Cronenberg e Michael Haneke,
entre outros eventos audiovisuais) com patrocínio do Banco do Brasil através da
Lei de Incentivo (Minc).
Números
da MFL 2016.
Pela primeira vez em 15 anos, São Paulo teve mais
filmes inscritos do que o Rio de Janeiro (55 contra 49). A relação de filmes
inscritos e selecionados por estado é a seguinte: SP - 371/49; RJ - 333/55; MG
- 98/26; RS - 77/11; CE - 61/12; BA - 51/4; PE - 50/10; PR - 43/8; PB - 32/5;GO
- 32/2; ES - 29/5; DF - 22/1; AL - 20/1; RN - 19/1; SC - 19/5; AM - 16/0;PA -
15/0; MA - 9/1; MT - 7/0; RO - 5/0; PI - 3/0; AC - 3/0; RR - 2/0; SE -
2/0; MS - 2/0. Filmes da Argentina, Chile e Espanha completam a programação
deste ano.
Proporcionalmente, o estado com melhor índice foi Minas Gerais, com 26% dos filmes inscritos selecionados. A obra mais antiga é de 1980, sendo que 1.132 dos filmes inscritos foram feitos em 2014 e 2015. Apenas 223 filmes, 17% do total de inscritos, foram feitos com apoio estatal; 422 foram feitos em escolas de cinema, e 973 filmes são inéditos no Rio de Janeiro.
Este ano, apenas 36 filmes selecionados tiveram
apoio estatal direto, e 33 foram feitos em escolas de cinema. O custo de
produção dos filmes selecionados somados foi de R$ 3.372.330,00, média de R$
17.000,00 por filme. “Muitos não preenchem este item na inscrição, então com
certeza tais dados são menores do que a realidade”, ressalta Whitaker.
Premiação
MFL
A curadoria da Mostra do Filme Livre assiste e
discute todos os filmes inscritos, a fim de fazer a seleção e a programação do
evento. Ela define também quais as obras que se destacaram para serem premiadas
com o troféu Filme Livre!. Os realizadores contemplados são convidados a irem
na mostra carioca para receberem o troféu e conversarem com o público após a
exibição de seus filmes. Os premiados deste ano (2 longas, 2 médias e 6 curtas)
foram divulgados na noite de abertura da MFL no Rio, em 9 de março. Confira os
premiados no PDF em anexo ou no site da mostra na lista de seleção, os
premiados estão marcados.
SERVIÇO
Cinema CCBB
13 de
abril a 2 de maio de 2016
Confirma a programação no: http://mostradofilmelivre.com/16/agenda.php
Ingressos: entrada franca - mediante retirada de senha
com uma hora de antecedência
Horários da Bilheteria: 13h às 21h, de quarta a segunda-feira
Acesso para pessoas com deficiência: Sim
Horários e classificação
indicativa disponíveis no site www.bb.com.br/cultura
e no facebook.com/ccbb.brasilia
==> Foto: Divulgação


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