A observação do mundo, com suas paisagens e
personagens, compõe a essência do trabalho de dois artistas que a partir do
sábado, dia 20 de junho, ocupam as duas salas da Alfinete Galeria. Na primeira,
o fotógrafo Diego Bresani apresenta os trabalhos que integram sua mais recente
série, TUER-MATAR, criada sob o impacto de sua longa estada em Paris. Na Sala
B, Renato Rios expõe duas séries de pinturas e uma de desenhos reunidas sob um título
tirado da literatura do espanhol Garcia Lorca, DOCES LARANJAIS. As duas mostras
abrem as portas às 17h do dia 20 de junho e podem ser vistas até o dia 28 de
julho, sempre de quarta a sábado, das
15h às 19h30. Entrada franca.
AS EXPOSIÇÕES
TUER-MATAR
Local: Alfinete Galeria – Sala A
Artista: Diego Bresani
TUER- a palavra que eu não
consigo lembrar
MATAR- a palavra que eu
não consigo esquecer
Sentindo
a necessidade de tomar distanciamento de seu próprio trabalho e terra natal, o
fotógrafo Diego Bresani fechou seu estúdio em Brasília e viajou para Paris.
Durante a experiência coletou imagens que se relacionavam com suas sensações,
estranhamentos e indagações como artista e estrangeiro. O resultado é uma série
de fotos que tiveram como ponto de partida a busca pela "des-hipnose"
de um lugar consolidado.
DIEGO
BRESANI - Fotógrafo e diretor de Teatro, graduado em Artes Cênicas pela Universidade
de Brasília em 2006. Estudou retrato em Grande Formato no ICP – International
Center of Photography em Nova York. Recentemente sua série “Ao Lado” foi
vencedora do V Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia. Sua pesquisa atual
constitui uma experimentação das fronteiras entre a fotografia documental e a
encenação.
DOCES LARANJAIS
Local: Alfinete Galeria – Sala B
Artistas: Renato Rios
A mostra apresenta duas séries de pinturas
e outra de desenhos, nas quais o artista apresenta uma espécie de documentação
da observação do mundo. Renato é um retratista e um paisagista. O espectador é
convidado a olhar o horizonte, a paisagem, os pontos de fuga. Nas pintura que
expõe na Alfinete, a dimensão é a miniatura.
Uma das séries compõe-se de 90 pequenas
pinturas de paisagem (de 4,5 por 7 cm) que, colocadas em linha, produzem o
horizonte plano de “Goiás”. A elas, somam-se outras 20, provocadas pelo haikai
do artista, onde os tons de cinza, a sinuosidade da linha do horizonte e a
figuração da paisagem vão cedendo lugar à abstração e à cor.
O outro conjunto é formado por telas
quadradas de 30 por 30 cm. Trabalhadas na paleta entre os azuis cinzas e
castanhos, elas oferecem sua planura monocromática e com uma cobertura tênue
que nos deixa ver a trama do tecido da tela. No centro, a abertura (o furo?),
como em um monóculo (ou telescópio) – à maneira das lições de perspectiva – nos
revela horizontes, que poderão ser um mergulho pelo espaço e tempo da pintura.
A terceira série é dos desenhos “Origem”, composta
de exercícios de pensar o espaço circular de representação. Ao contrário das
dimensões das pinturas, nos desenhos de Renato poucos traços ocupam grandes
espaços.
RENATO RIOS - Artista
Plástico e Bacharel em Artes Plásticas pela Universidade de Brasília. Desde 2008
dedica-se às linguagens do desenho e da pintura enquanto territórios de
pensamento e pesquisas plásticas. Dentre as principais exposições de que
participou destacam-se Aos Ventos que Virão... (1960 - 2010), no Espaço
Cultural Contemporâneo - Ecco, curadoria de Fernando Cocchialare; Pintura e
Pictorialidade em Brasília 2000 - 2014, Espaço Cultural Marcantonio Vilaça,
curadoria de Matias Monteiro (2014); e Ondeandaaonda, Museu Nacional Honestino
Guimarães, curadoria de Wagner Barja (2015).
SERVIÇO
Alfinete
Galeria: CLN 116 bloco B loja 61.
Abertura:
sábado 20 de junho às 17h.
Visitação:
até o dia 18 de julho, de quarta a
sábado, das 15h às 19h30.
Entrada
franca
==> Foto: Renato Rios
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