Pep Guardiola já havia avisado em entrevista coletiva: o talento não se
defende, é imparável. Era uma frase para explicar que, no reencontro com
o Barcelona e suas crias, não havia qualquer vantagem para o criador.
Pois Lionel Messi
atestou sua tese com uma noite memorável e decisiva. O melhor jogador
do mundo na Era Guardiola deixou o Barcelona com um pé e meio na decisão
da Liga dos Campeões ao marcar duas vezes - a segunda em pintura com
sua assinatura de gênio. Nos acréscimos, ainda deu um presente para Neymar também participar da festa e ampliar uma considerável vantagem dos catalães sobre o Bayern: 3 a 0 no Camp Nou.
Certamente
não foi o reencontro que Pep esperava. Homenageado com faixas e gritos
da torcida, o treinador mais vencedor da história do Barça (14 títulos
em 19 possíveis) viu um Bayern irreconhecível, pouco ameaçador
(finalizou apenas cinco vezes), frágil defensivamente diante daquele que
pode ser considerado o melhor ataque do mundo. Iniciou o jogo com um
esquema com três defensores, logo mudou para a linha de quatro, mas
pouco adiantou quando o talento de Messi sobressaiu-se no meio de meros
mortais. Restou para Guardiola a vitória na posse de bola: 52% a 48%.
É justo dizer que o placar poderia ser ainda maior. Até ser vazado aos 32 minutos do segundo tempo, Manuel Neuer
era um dos nomes do jogo. O alemão foi dono de uma defesa espetacular,
com o pé direito, em finalização de Suárez - também salvou gol certo de
Daniel Alves, um dos destaques do Barça, que chutou a gol 15 vezes.
Lewandowski, de máscara, perdeu a melhor chance dos bávaros,
definitivamente afetados pelas ausências de Robben, Ribéry e Alaba -
Bernat, o substituto do austríaco, falhou no lance do primeiro gol.
O
Bayern precisará reviver seus dias de grande futebol para reverter o
quadro. Primeiro, saber que o Barcelona não jogará como Shakhtar e
Porto, atropelados com enorme facilidade (7 a 0 e 6 a 1,
respectivamente) em Munique. Em seguida, torcer para cada detalhe atuar
em seu favor. Um gol dos catalães o obrigará a pelo marcar cinco. O
primeiro finalista da Champions será conhecido na terça-feira, em novo
confronto com transmissão da TV Globo e do GloboEsporte.com às 15h45 (de
Brasília) - o site ainda terá um pré-jogo especial a partir das 15h. Na
quarta, Real Madrid e Juventus decidem a outra vaga no Santiago
Bernabéu - os italianos venceram em Turim por 2 a 1. A final está
marcada para o dia 6 de junho, em Berlim.
Os números e recordes acompanham a carreira de Messi. Ele é
agora o maior artilheiro da história da Liga dos Campeões, com 77 gols
(em 97 jogos), ultrapassando mais uma vez o português Cristiano Ronaldo
(76 gols em 114 jogos). Na atual edição, o argentino superou CR7 e o
brasileiro Luiz Adriano: lidera a tabela sozinho, com dez gols. O
recorde em uma só temporada é do atacante do Real Madrid, que marcou 17
gols na campanha da décima.
Globoesporte
==> Foto: Reuters
0 comments:
Postar um comentário