A véspera da estreia em uma competição importante como a Liga Mundial
tem quase tudo para ser tensa. Quase, porque, no que depender da seleção
brasileira masculina de vôlei, isso não acontece bem assim. Comissão
técnica e jogadores trabalharam com concentração, porém com leveza na
tarde desta quinta-feira (28.05), no ginásio do Mineirinho, em Belo
Horizonte (MG). O primeiro jogo do ano será nesta sexta (29.05), às 14h,
no mesmo local, contra a Sérvia. A partida será transmitida pela TV
Globo, SporTV e Band.
Nem mesmo a suspensão imposta pelo painel disciplinar da Federação
Internacional de Voleibol (FIVB) ao técnico Bernardinho tirou o bom
clima da seleção brasileira. O treinador garante que o fato de não poder
comandar a seleção não será decisivo para a equipe brasileira, já que
Rubinho, seu assistente direto, terá plena autonomia e capacidade para
dirigir a seleção.
"Nós temos um grupo de trabalho e eu tenho pessoas ao meu lado que são
extensão do que eu penso. Trabalhamos juntos. Então, a minha ausência
não significa muita coisa. São profissionais qualificados, como é o caso
do Rubinho, que estará no comando, e o Juba, que estará com ele. Ambos
têm plenas condições de dar prosseguimento a esse trabalho", afirmou
Bernardinho.
Rubinho procura demonstrar tranquilidade com a nova situação. "A
responsabilidade é enorme, claro, não só pelo campeonato em si, mas pelo
longo histórico do Bernardo no comando da seleção. É algo diferente
para mim, para os jogadores, mas eu sempre tive muito apoio do Bernardo e
temos que encarar tudo isso tranquilamente", garantiu Rubinho.
Outra novidade para a estreia do Brasil na Liga Mundial estará em
quadra: o levantador Raphael como capitão do time. O jogador demonstrou
grande satisfação e honra em receber esse voto de confiança da comissão
técnica.
"Isso é uma emoção enorme para mim. Quando um jovem começa a jogar,
sonha em chegar à seleção brasileira, e isso já é muito difícil pela
quantidade de jogadores de alto nível. E ser o capitão de uma seleção
tão vitoriosa como essa é incrível. É uma responsabilidade enorme, mas
um orgulho sem tamanho. É uma emoção difícil de expressar. Sem dúvida, é
um sonho sendo realizado", afirmou Raphael.
O levantador e capitão da seleção brasileira ainda fez questão de
destacar o papel importante dos demais companheiros em quadra. "Dentro
de um grupo, existem vários capitães que não tem a tarjeta, mas que são
naturalmente. Esses continuam sendo os líderes, como antes. E eu vou
tentar dar minha contribuição. Será mesmo apenas algo muito especial, um
orgulho", disse Raphael.
E as novidades no Brasil seguem adiante. O líbero Serginho está de volta
e, aos 39 anos, demonstra ansiedade nesta sua reestreia com a camisa
verde e amarela.
"Estou voltando bem. O Bernardinho conversou comigo hoje e pediu para eu
ter calma amanhã, fazer o que eu sei e sem afobação. Sei que tenho uma
responsabilidade muito grande, mas no grupo temos outros atletas com o
mesmo nível de responsabilidade. Vamos jogar para fazer uma boa estreia.
Com certeza, ainda não teremos o ritmo desejado, mas é normal. Sem
contar que a Sérvia é uma equipe jogueira, de muita habilidade e tem
bons jogadores. Vamos começar já com um jogo difícil", concluiu
Serginho.
==> Foto: Alexandre Arruda / CBV
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