Jogadas duras, emoção e muita, mas muita polêmica. Vasco e Flamengo
fizeram neste domingo, no Maracanã, um jogo com quase todos os quesitos
de um grande clássico. Quase todos. Faltou "apenas" o gol no primeiro
duelo de semifinal do Campeonato Carioca. Movimentada, a partida acabou
não saindo de um insistente 0 a 0, que talvez não tenha feito justiça
com o bom volume apresentado pelas duas equipes. As polêmicas ficaram
por conta da arbitragem, que acabou economizando na hora de punir lances
duros, dos dois lados. Dentro de campo, Paulo Victor acabou sendo o
grande protagonista - foram pelo menos três grandes defesas decisivas.
Os
dois times voltam a se enfrentar no próximo domingo, às 16h, de novo no
Maracanã. O empate deste domingo deixa o Flamengo com a vantagem no
segundo confronto. Isso acontece porque o Rubro-Negro terminou a fase
classificatória com melhor campanha e, portanto, tem o benefício de dois
empates.
O primeiro tempo do clássico foi de muitas nuances. Com um início
tenso, com muitas faltas, os dois times não fizeram lá uma grande etapa
inicial. O Vasco teve o maior volume de jogo, mas enfrentou muitas
dificuldades na criação. Prova disso é que a grande chance do Gigante da
Colina saiu em uma bola parada. Julio dos Santos aproveitou escanteio
na primeira trave e cabeceou para Paulo Vitor fazer grande defesa e
salvar o Fla. Do outro lado, o Rubro-Negro apostou nos contragolpes e,
mesmo não tendo maior posse de bola, teve as duas melhores chances,
ambas nos pés de Marcelo Cirino, que acabou desperdiçando.
A
etapa final mostrou um jogo mais equilibrado. O Fla igualou e até teve
uma leve superioridade no volume de jogo. Entretanto, foi o goleiro
Rubro-Negro que teve o maior trabalho. Rafael Silva aproveitou a sobra
na frente e fuzilou. Paulo Victor, heroi da tarde, salvou de novo.
Enquanto o Vasco diminuía o ímpeto, o Fla também teve a mesma
dificuldade do adversário na primeira etapa: a falta de criatividade no
meio. Dificuldades cerebrais que acabaram decretando o empate sem gols
no Maracanã.
ARBITRAGEM
A falta de gols contribuiu ainda mais para o protagonismo da arbitragem
na partida. João Batista de Arruda economizou no cartão vermelho. Apesar
de o jogo ter tido pelo menos três lances duros, ninguém acabou
expulso. Na mais grave delas, Jonas elevou demais o pé e atingiu
Gilberto no rosto, provocando um pequeno ferimento. Cirino de sola,
Wallace em lance sem bola e Dagoberto atropelando Bressan também
poderiam ter sido alvo de uma ação mais enérgica do juiz do jogo, que
pecou no aspecto disciplinar.
PAULO VICTOR
O goleiro do Flamengo foi o grande nome do jogo. Com pelo menos três grandes defesas, o arqueiro garantiu o empate e a vantagem rubro-negra para o segundo duelo. No primeiro tempo, salvou em cabeçada de Julio dos Santos. Na etapa final, foram duas. A primeira em chute forte de Rafael Silva, dentro da área. A última em chute à queima-roupa de Bernardo.
Globoesporte
==> Foto: André Durão
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