A jogada do segundo gol do
Corinthians contra o Danubio, nesta quarta-feira, na arena, começou na bandeirinha
de escanteio, a do campo de defesa alvinegro. Ali, Emerson Sheik, um atacante,
recuperou a bola de um rival uruguaio. Ele prendeu, protegeu, ergueu a cabeça e
mandou para o meio de campo, onde estava Guerrero, no círculo central.
O
camisa 9, de costas para o
campo de ataque, tocou de primeira para Jadson, que passava em
velocidade à sua esquerda. O
meia, responsável por abrir o placar da partida da quarta rodada da fase
de grupos da Libertadores, em cobrança perfeita de falta minutos
antes, esperou Elias, que corria na diagonal, e rolou para o volante.
Elias
se livrou de um marcador com
um toque suave, ajeitou e, da ponta direita da grande área, cruzou na
medida para Guerrero, que já se colocava em
ótima posição próxima à marca do pênalti. O peruano cabeceou no canto
esquerdo do goleiro e
ampliou o marcador. Eram 33 minutos do primeiro tempo, o Corinthians
faria
outro, e outro, para, ao fim, manter aproveitamento total na competição –
12 pontos,
na liderança do Grupo 2, antes conhecido como o “da morte” por ter
também o São Paulo e o San Lorenzo, adversário da quinta rodada, dia 16,
em casa.
O jogo
O Danubio chegou a São Paulo sem
ter conquistado um ponto sequer nos três jogos anteriores do torneio continental. Não demorou para
ficar claro que não seria na arena, em Itaquera, que os uruguaios deixariam o
zero na tabela de classificação.
Foram 26 minutos até que a
superioridade alvinegra se transformasse em gol – foi quando Jadson cobrou falta
no ângulo de Torgnascioli, que nem se mexeu. Guerrero ampliou pouco depois, no
lance que mereceu três parágrafos na descrição que abre este texto. Era o primeiro dos três que o
peruano guardaria nesta quarta-feira.
O segundo
demorou segundos, assim que o juiz apitou o início do segundo tempo.
Emerson partiu pela esquerda, cruzou e Guerrero bateu num voleio,
dividido com o marcador. Dividido também foi o terceiro dele – o quarto
do Corinthians –, desta vez em cobrança de falta da direita que o
centroavante aproveitou dentro da pequena área uruguaia.
Os
gols cessaram. Emerson distribuiu alguns dribles, um chapéu e ainda
cavou a expulsão de um adversário. Aplausos na saída do Sheik, quando
ele deixou o campo após os 40 minutos para a entrada de Vagner Love. O
jogo acabou, mais de 38 mil pessoas voltaram para casa felizes,
provavelmente com a jogada do segundo gol alvinegro na memória, daqueles
para se gabar aos amigos que não estavam lá para ver – e descrever por
aí.
Globoesporte
==> Foto: Marcos Ribolli
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