A Embaixada da Espanha no Brasil e o Instituto
Cervantes, em parceria com a Secretaria de Cultura do Distrito Federal,
apresentam na quarta-feira (15) Concerto da Orquestra Sinfônica do Teatro
Nacional Cláudio Santoro sob regência da maestrina espanhola Isabel Costes. O
evento celebra a Festa Nacional da Espanha.
Compõem
o programa, Espanha, de E.Chabrier,
Danças Fantásticas, de J. Turina, e Capricho Espanhol, de N.
Rimsky Korsakov. E com a participação
especial da pianista espanhola María de los Ángeles
Iglesias, a peça “Noite nos jardins da Espanha”. O concerto será realizado no Teatro da Poupex com
entrada franca, limitado à lotação da sala.
SOBRE AS CONVIDADAS
ISABEL COSTES é uma
das maestrinas Espanholas mais reconhecidas atualmente do panorama musical. É
diretora musical e artística da Orquestra Sinfônica do Atlântico. Estudou com o
maestro Manuel Galduf no Conservatorio
Superior de Música de Valencia. Realizou cursos de aperfeiçoamento em l’Accademia Chigiana de Siena (Itália)
com os diretores Franco Ferrara e Carlo Mª Giulini. Posteriormente, realizou
uma pós-graduação em Barcelona com o Maestro Antoni Ros-Marbà e a Orquestra del Gran Teatre del Liceu de Barcelona.
Dirige de forma habitual diversas orquestras e conjuntos na Espanha, Itália, Alemanha, Holanda e França: Orquesta de Valencia, Orquesta del Gran Teatre del Liceu de Barcelona, Orquesta Sinfônica del Vallès (Barcelona), O.S. Enric Granados de Lleida, Orquesta de Russe (Bulgária), Orquesta de Tuttlingen, Banda Municipal de Barcelona, Banda Municipal de Granada, Orquestra Sinfónica “Isla de La Palma”, Grup Instrumental Nou Milleni de Valencia, Orquestra Sinfónica del Atlántico, entre outros.
Além disso, atua também em Festivais e Concursos Internacionais. Entre os mais destacados: "Coups à Vent" (Le Hâvre-Francia-1991); "Catalunya Canta 92", Concierto Sinfónico Coral (7.000 cantores) no Palau Sant Jordi de Barcelona, Festivais de Música, Dança e Teatro "Isla de La Palma"; Wereld Muziek Concours Kerkrade (Olanda) Baden-Württemberg Musikfest; Festivais "Enric Granados" de Lleida; “Euroring 95 TV & Radio Festival”.
Tem sido diretora artística do Festival de Música, Dança e Teatro “Isla de La Palma”, Festival de Zarzuela de La Palma e de diversos espetáculos multidisciplinares. Produtora musical para diversos selos discográficos. Diretora artística de Artífex Proart e do programa radiofônico “Pinceladas de Música” da Radio SER.
Seu repertório abarca desde os grandes oratórios de Bach até a música mais representativa de nosso tempo, passando pela sinfonia clássica romântica e o repertório operístico dos séculos XVIII a XX.
Entre seus próximos projetos figura uma tournée internacional em 2015 com “O Amor Bruxo 1915: Uma visão do século XXI” e a encenação de uma versão semi-encenada de “Candide” de Bernstein, ambos à frente da Orquesta del Atlántico.
Mais em: www.isabelcostes.com
MARÍA ÁNGELES IGLESIAS é professora de
piano licenciada da Universidade de Brasília, mas reside atualmente em Madri. Iniciou
sua formação acadêmica em sua cidade natal, Sevilha. Posteriormente se
trasladou a Madri, onde se graduou, e continuou seus estudos na “Hochschule fuer Musik und Darstellende Kunst”
de Viena, conseguindo a qualificação máxima: “Auszeichnung” (cum laude). Estudou com professores de fama
internacional, entre os quais Ángeles Rentería na Espanha, Nelly Akopian no
Reino Unido e Hans Graf na Áustria.
Dentre alguns prêmios por ela obtidos, destacam-se os seguintes: primeiro prêmio em grau superior de piano, primeiro prêmio em Música de Câmara e também prêmio “Maria del Carmen” para a melhor interpretação feminina na sua graduação em Madri; primeiro prêmio no concurso “Manuel de Falla” em Cádiz, Espanha; segundo prêmio no concurso “Bösendorfer” em Viena e quarto prêmio no concurso “Alessandro Casagrande” em Terni, Itália. Também obteve menção honrosa pela melhor interpretação de música espanhola no concurso de Juventudes Musicais em Bilbao, Espanha.
Como solista atuou na Europa (Espanha, Reino Unido, Áustria, Suíça, Itália e Bélgica) e na América (Brasil e Canadá); com orquestra no Brasil, Espanha e Áustria e em música de câmara no Brasil, Uruguai, Paraguai, França, Bélgica, Portugal e Espanha. Apresentou-se em salas tão importantes como a “Musikverein” em Viena, ou “Glenn Gould Studio” em Toronto – onde gravou ao vivo seu primeiro CD-, no “Palais de la Monnaie” de Bruxelas, e, no Brasil, no Teatro Nacional da Paraíba, no Teatro Nacional de Brasília, no Teatro Álvaro de Carvalho de Florianópolis e no Teatro Municipal de São Paulo.
Tocou com várias orquestras como solista, com diretores como Elena Herrera, Luis Izquierdo e Túlio Collacioppo.
Em sua última passagem pelo Brasil exerceu intensa atividade, com numerosos concertos como solista, como artista convidada na orquestra de Brasília e em diferentes formações de câmara, duos, trios, quartetos e quintetos. Atualmente continua sua atividade profissional na Espanha e acaba de gravar um CD com as sonatas nºs 1 e 3 de Frederic Chopin.
SOBRE O REPERTÓRIO
DO CONCERTO
ESPANHA, Rapsódia
para orquestra. Emmanuel Chabrier (1841-1894)
Em 1882, Emmanuel Chabrier e sua esposa passam quatro meses na Espanha. O
compositor fica deslumbrado pelo incrível leque de ritmos e melodias, como
testemunha em seus escritos. Quando regressa a França, emocionado ainda,
escreve sua primeira obra dedicada unicamente à orquestra: Espanha, Rapsódia
para orquestra.
Chabrier utiliza na sua composição dois temas de dança, um, vivo e brilhante, o da “jota” aragonesa, o outro sensual e lânguido inspirado na malaguenha do sul da Península Ibérica. Nesta brilhante página musical se destacam a vitalidade, a variedade rítmica e o contraste entre suas sonoridades.
Manuel de Falla escreveu sobre a obra: “Nenhum espanhol soube refletir com tanto engenhosidade a diversidade da “jota”, tal como a cantam os camponeses aragoneses”.
NOITES NOS JARDINS DE ESPANHA, Impressões
sinfônicas para piano e orquestra. Manuel de Falla (1876-1946)
Obra escrita durante o período parisiense do compositor, entre 1911 e julho de 1915, mas acabada durante sua estância em Barcelona. No começo eram três “noturnos” para piano, porém As noites nos jardins de Espanha não tem em absoluto a forma de um concerto, a despeito da sua divisão tripartite. Foi seu amigo Ricardo Viñes quem lhe sugeriu que transformasse os noturnos em uma obra para piano e orquestra. A partitura, que leva o selo das influências francesas adquiridas por Falla, se inscreve na posteridade imediata de “Perfumes na noite” da Ibéria de Debussy e do “Noturno” da Rapsódia Espanhola de Ravel. Como indica o título Noites nos jardins de Espanha são três impressões sinfônicas: No Generalife, Dança Longínqua e Nos jardins da Serra de Córdoba. Inspira-se na guitarra o que explica a abundância de arpejos e trinos, dotando à orquestra de um halo sonoro indeciso, salvo no último movimento, em que as cores são mais claras.
A parte do piano é elaborada, brilhante e eloqüente, mas raramente dominante. A partitura orquestral é exuberante. Trata-se da obra mais impressionista do compositor gaditano.
Foi estreada no Teatro Real de Madri no dia 9 de abril de 1916, com José Cubiles ao piano (apesar da obra estar dedicada ao grão pianista Ricardo Viñes) e a direção de Enrique Fernández Arbos.
DANÇAS
FANTÁSTICAS, poema sinfônico. Joaquín Turina (1882-1949)
A obra foi composta para piano em 1920, mas foi orquestrada por Turina somente em 1926, sendo composta por três danças. A primeira Exaltação é uma vigorosa e animada jota, a popular dança de origem aragonês, utilizada pela maioria de compositores espanhóis e seduziu autores como Liszt, Chabrier ou Glinka. A segunda dança, Sonhos faz função de movimento lento e está construída sobre o ritmo binário do zortzico basco; a instrumentação é extremadamente refinada, influída pela estética debussyana. A terceira dança Orgia de novo constitui um movimento rápido.
As danças fantásticas, obra da qual destacaremos sua força, sua firmeza de traço e seu rigor rítmico, vai além do folclore comercial. Escrevia Joaquin Turina: “Vamos ficar longe tanto quanto possível das castanholas tradicionais e não procuremos material nos fogos artificiais que são preparados todas as primaveras na Andaluzia para os ingleses”.
CAPRICHO ESPANHOL, suíte para orquestra. Nikolay
Rimsky-Korsakov (1844-1908)
Estreada em 1887 em São Petersburgo sob a direção do próprio autor, o Capricho Espanhol foi, em 1889, uma das obras russas mais interpretadas em Paris, julgada como “uma verdadeira Espanha russa de uma sonoridade absolutamente delirante...”
Rimsky-Korsakov viajava muito por seu cargo como oficial da marinha russa, por isso a inspiração da obra reside, em parte, à música que descobriu durante suas viagens e, em parte, a uma coleção de melodias tiradas de uma coleção de José Inzenga. ”Os temas espanhóis, sobretudo de caráter dançante, me proporcionaram ricos materiais para conseguir efeitos orquestrais variados”, escreveu nas suas Crônicas de minha vida musical.
Nesta composição, Rimsky sente e nos mostra o quão próximo está o temperamento hispânico do russo em alguns aspetos, com o que tem em comum alguns laços orientais.
A obra, com uma parte muito destacada do violino solista, consta de cinco movimentos: Alborada, Variazioni, Alborada, Scena e canto gitano y Fandango Asturiano.
SERVIÇO
Festa Nacional da Espanha – Concerto da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro sob a regência da maestrina Isabel Costes
Dia: 15 de outubro de 2014 – quarta-feira
Hora: 20 horas
Local: Teatro da Poupex - Edifício Sede da Fundação Habitacional do Exército
Avenida Duque de Caxias, s/nº, Setor Militar Urbano (SMU)
Entrada franca e limitada à lotação da sala
Mais informações: (61) 3242.0603
==> Foto: Divulgação
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