Brincadeira de arqueólogo estimula aprendizado de idioma estrangeiro

Quanto maior exposição à língua inglesa durante a infância, mais a criança se acostuma aos sons, fonemas e interjeições, o que resulta em um maior potencial para o seu desenvolvimento linguístico no idioma. Para estimular o constante contato com o inglês das crianças de até cinco anos, a Escola Santi promove a sequência Alunos arqueólogos, em que elas escavam “ossos” de dinossauros com pás e lupas e aprendem os seus nomes em inglês.

Segundo a professora de inglês, Bianca Sgai Franco, há dois anos as turmas dessa faixa etária trabalham com o vocabulário envolvendo dinossauros, pois os estudantes se interessam rapidamente por assuntos relacionados à temática. “Podemos trabalhar vários e diferentes grupos de vocabulário, como partes do corpo de animais, cores, adjetivos descritivos, e assim por diante”, afirma.

Neste ano, a novidade foi que as crianças se transformaram em arqueólogos em busca de fósseis no tanque de areia da escola. “A ideia de colocá-los na posição de arqueólogos surgiu quando um aluno achou um leão de brinquedo enterrado no tanque de areia e, como já tínhamos essa sequência, pensamos que seria delicioso colocá-los para cavar e achar os ossos”, explica Franco que, em conjunto com a professora Lígia Duran e a estagiária Talita  de Araújo Magalhães, idealizou essa nova configuração. “O trabalho em equipe torna tudo mais fácil, divertido e dinâmico, para as crianças e para nós também.”

Na etapa inicial da sequência didática, os alunos são desafiados a se transformarem em arqueólogos para buscar os fósseis de animais, feitos com jornal retorcido, um pouco de cola branca, fita crepe e muita imaginação. Quando os encontram, passam a conjecturar de que animal seria. “Por ser a aula inaugural, as crianças ainda não possuem o grupo de vocabulário necessário para utilizá-lo, mas eles se esforçam para usar as palavras que já conhecem”, relata. “Levantam o tempo todo questões as mais variadas, porque têm sede de conhecimento, e querem saber como se diz em inglês”. 

A experiência desperta um grande interesse. “Com a inclusão da ideia de arqueólogos, os alunos mostram maior envolvimento e entusiasmo nas atividades”, conta. Ela acrescenta que os alunos fixam melhor os nomes em inglês quando suas curiosidades são instigadas. “Eles entendem o uso de determinada palavra numa situação e conseguem aplicá-la mesmo fora das aulas de Inglês. Isso mostra que aquele vocábulo foi completamente compreendido e se torna natural utilizá-lo para a comunicação”. 

Após a fase arqueológica, é feita uma conversa sobre os ossos dos dinossauros para relembrar as partes do corpo de animais. “A partir daí as crianças têm acesso a livros com textos informativos, literários, como o caso de Danny and the dinosaur, vídeos de animações baseados em literatura em língua inglesa, jogos com as partes do corpo desses animais, quebra-cabeças e brincadeiras, como Grab a tail”, diz a educadora. A atividade dura por volta de nove aulas.

Essa sequência faz parte do processo didático desenvolvido na Escola Santi que se inicia quando as crianças de até três anos começam a entrar em contato com o inglês. Consiste em pensar da mesma forma como aprendemos nossa língua materna, o português: “Não nascemos falando, mas ficamos expostos à língua constantemente e então começamos a utilizá-la espontaneamente”, conclui Bianca Sgai Franco.

==> Foto: Divulgação

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