Não precisa nem ir a fundo na memória. Há um ano, o Arsenal era eliminado nas oitavas de final da Liga dos Campeões sentindo na pele a dor do quase.
Depois de sofrer pesados 4 a 0 do Milan, na Itália, reagiu com um 3 a 0
na Inglaterra. O personagem na atual temporada foi outro, o atual
vice-campeão e favorito Bayern de Munique, mas o drama se manteve. A
vitória por 2 a 0 em plena Allianz Arena, nesta quarta-feira, acabou
insuficiente por conta do critério de desempate de gols fora de casa, já
que os alemães aplicaram 3 a 1 no Emirates Stadium, há três semanas.
Os Gunners estiveram perto de realizar a "missão impossível" graças aos
gols de Giroud, aos três minutos de jogos, e Koscielny, já aos 39 do
segundo tempo, em lances isolados. Muito superior em campo, o time
comandado por Jupp Heynckes - e que receberá Pep Guardiola em junho -
finalizou 21 vezes, contra apenas cinco da equipe de Arsène Wenger. Por
sorte, a má pontaria não fez falta na primeira derrota desde outubro do
ano passado (para o Bayer Leverkusen, por 2 a 1, no Campeonato Alemão).
Enquanto aguarda o sorteio, a ser realizado na próxima sexta-feira, a
partir das 7h50m (de Brasília), com transmissão ao vivo do
GLOBOESPORTE.COM, o Bayern desfruta de sua ótima posição no Campeonato
Alemão. A equipe não apenas está em primeiro, como lidera com uma folga
de 20 pontos para o segundo colocado, Borussia Dortmund (66 a 46). Se
vencerem mais três jogos, os bávaros se tornarão matematicamente
campeões.
Eliminado pela terceira vez consecutiva nesta mesma fase, o Arsenal
volta as atenções exclusivamente ao Campeonato Inglês até o fim da
temporada. Com 47 pontos em 28 jogos, os Gunners precisarão de uma
reação para participar da 15ª Champions consecutiva. O atual quarto
colocado e dono provisório da última vaga é o Chelsea, com 52.
Esta será ainda a primeira vez que nenhum clube inglês participa das
quartas de final desde a temporada 1995/1996. O país, que tem quatro
representantes a cada torneio por ter o melhor coeficiente em ranking da
Uefa, viu Chelsea e Manchester City caírem ainda na fase de grupos,
além de o Manchester United perder para o Real Madrid nas oitavas.
Apenas um susto?
O Bayern não contava com Ribéry e Schweinsteiger, mas a lista de
desfalques do Arsenal era ainda maior: Szczesny, Sagna, Wilshere e
Podolski sequer viajaram com os ingleses para buscarem o "milagre de
Munique". Ainda assim, com um pingo de organização e sorte, os Gunners
desceram para o intervalo com a vantagem mínima e ainda alimentando o
sonho da classificação.
A vitória parcial veio graças ao gol do francês Giroud, completando
chute cruzado de Walcott logo aos três minutos, para a surpresa de todos
que apontavam uma noite tranquila aos donos da casa. Apesar do placar
adverso, o Bayern ainda poderia se dar ao luxo de sofrer outro gol e
ainda seguir com a vaga garantida, o que lhe deu calma no restante da
etapa inicial.
O nervosismo para encontrar um gol definitivamente não foi um problema,
mas faltava aquele "algo a mais" para que os bávaros abrissem o
marcador. Toni Kroos tentou responder imediatamente aos cinco minutos,
mas Fabianski defendeu com tranquilidade. Aos dez, talvez a melhor
chance, quando o brasileiro Luiz Gustavo pegou sobra de fora da área,
por cima.
Com extrema dificuldade para trocar passes no campo de ataque, o
Arsenal acabou sem outra grande oportunidade - a melhor delas aconteceu
aos 30, quando Walcott cruzou rasteiro da direita. Desta vez, Giroud não
alcançou. Era muito pouco para as ambições de Arsène Wenger, que
planejava cumprir com o que dissera na véspera, reforçando a crença no
milagre.
Arsenal amplia e chega muito perto
O Bayern voltou do vestiário disposto a definir a parada, mas
simplesmente não parecia ser o dia nas finalizações. Com um minuto,
Robben arrancou e chutou rasteiro. Passou perto. No lance seguinte,
Kroos, um pouco mais descalibrado, acabou emendando para fora.
Na base do contragolpe, os mandantes seguiram pressionando. Aos 18,
Luiz Gustavo concluiu ao lado da meta de Fabianski, enquanto Kroos,
novamente um minuto depois, também desperdiçou. O goleiro do Arsenal só
viria trabalhar aos 22, quando Robben, com o bico da chuteira após passe
de calcanhar de Müller, conclui para a boa defesa do rival.
O Arsenal precisou mudar para voltar a ameaçar a meta dos alemães. Com
Gervinho e Chamberlain em campo, os ingleses criaram excelente chance
aos 33, quando o marfinense tabelou com Arteta, girou sobre a marcação
e, já na pequena área, concluiu para fora. Todos do time inglês
lamentaram, mas o segundo gol sairia pouco depois: aos 39, após cobrança
de escanteio de Cazorla, Koscielny se antecipou a Javi Martínez e
mandou para o fundo das redes.
O jogo ficou mais dramático nos minutos finais, mas não houve tempo
para que o milagre fosse consumado. Novamente, o Arsenal ficou no quase.
E ao mesmo tempo ligou o sinal de alerta na Baviera.
Neuer; Lahm, Van Buyten, Dante e Alaba; Javi Martinez e Luiz Gustavo; Müller, Kroos (Tymoshchuk) e Robben; Mandzukic (Mario Gómez). | Fabianski, Jenkinson, Mertesacker, Koscielny e Gibbs; Arteta e Ramsey (Gervinho); Walcott (Chamberlain), Rosicky e Cazorla; Giroud. |
Técnico: Jupp Heynckes. | Técnico: Arsène Wenger. |
Gols: Giroud, aos três minutos do primeiro tempo; Koscielny, aos 39 minutos do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Gibbs, Rosicky, Giroud, Mertesacker, Koscielny, Cazorla (Arsenal); Lahm, Javi Martínez, Mario Gómez (Bayern). | |
Estádio: Allianz Arena (Munique). Data: 13/03/2013. Árbitro: Pavel Kralovec (República Tcheca). |
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: AFP
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