Editora Pimenta lança o livro "Redes Sensuais", de L.Midas

Para quem gostou (e ate mesmo para quem não gostou) da trilogia “50 Tons”, a Editora Pimenta Malagueta e o autor L.Midas apresentam a obra “Redes Sensuais”. Dizer “mais intenso que 50 Tons” é cair no lugar-comum das inúmeras imitações que tentam explorar o novo filão dos livros eróticos. Ao invés disso, a obra prima pela história densa, inteligente e realista. Não existem milionários, mas sim pessoas comuns em situações extraordinárias, engolfadas por uma teia invisível que tudo permeia. O autor explora a combinação sexo e internet trazendo o leitor para dentro da trama – impossível não se identificar com um dos personagens já que praticamente todos nós já travamos pelo menos amizade com alguém através de uma rede social.


Resenhas:
 “Adorei a leitura, não conseguia parar e quando tinha que realizar uma pausa ficava imaginando o que eu iria descobrir em seguida. O desenvolver desses relacionamentos casuais, as mentiras e os dramas dos personagens, me prenderam do começo ao fim”
“L.Midas com REDES SENSUAIS chegou ao mercado para ousar. Espero realmente que ele arrebente a boca do balão com essa obra, pois poucos autores têm a coragem de sair do trivial e chutar o balde como ele fez!”
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SOBRE O AUTOR:
Nascido e criado até os 18 anos em Belo Horizonte, morou nos Estados Unidos por cinco anos quando se mudou definitivamente para a Suécia. Trabalha com tecnologia e informática em empresas multinacionais, atuando principalmente na área de marketing e novos negócios. Devido à sua profissão está sempre viajando por diversos países, frequentemente como palestrante.


Breve entrevista com o autor – Parte 1


1- Como surgiu a ideia de fazer um livro sobre romances, casos e relações nas redes sociais?
É uma história quase inacreditável, mas o livro queria nascer. Há muito tinha as peças principais na cabeça, mas nunca formavam uma história coerente. Porém, após assistir uma palestra de Micael Dahlén -que inclusive assina o prefácio da obra- sobre o conceito que ele chama de “Nextopia”, o livro literalmente brotou na sua íntegra. Parece embromação, mas na mesma madrugada acordei com a história completa na minha mente. A partir desse momento, passei a acordar todas as noites, invariavelmente entre duas e três da manhã e permanecia acordado, procurando furos na trama. Isso aconteceu durante um período de quarentena entre um emprego e o outro, então ao fim de 10 dias com essa rotina, decidi que não havia outro jeito senão sentar na frente do computador. Fiz isso e após 10 horas por dia, 25 dias depois havia escrito perto de 500 páginas, sem formatação. Nascia a primeira versão do livro.

2- Qual a importância das redes sociais na vida dos indivíduos?
Comunicação, e por extensão a internet é algo simplesmente essencial nos dias de hoje. No meu trabalho coleciono estatísticas que provam que as pessoas preferem cortar despesas com praticamente tudo, até mesmo alimentação, do que se privar de comunicação, especificamente internet e telefone celular. De fato, hoje temos mais assinaturas pré e pós pagas de telefones celulares no mundo que escovas de dentes! E, para muitos, internet e comunicação hoje são sinônimas com as redes sociais. Há pouco estive em um hotel na Itália onde, a Wi-Fi nos quartos era paga, mas no lobby havia dois computadores de uso gratuito. Obviamente, a turma mais jovem fazia fila para utilizarem esses computadores. O que me surpreendeu foi que, ao contrário de 2-3 anos atrás, não vi ninguém utilizando programas de chat como MSN Messenger ou email tipo Hotmail ou Gmail. Todos se comunicavam somente utilizando o Facebook. Minto, vi uma vez alguém utilizando Hotmail. Era um sujeito bem mais velho, alguém tipo assim, na minha idade (risos).

3- Qual o objetivo da obra?
O objetivo é entreter. Não pretendi fazer um livro dando lições de moral: O herói é um anti-herói, ao mesmo tempo em que poucos serão os leitores com mais de 30 anos que não tenham, de uma forma ou de outra, passado por algum momento ou situação semelhante. Literalmente, todo mundo que converso me diz que inocente ou não, já teve um flerte na internet. A meu ver, muito do mérito da obra está em sempre deixar o leitor livre para tirar suas próprias conclusões, fazer o seu próprio julgamento. Talvez a única moral da história seja ilustrar que o velho ditado “nem tudo que reluz é ouro” nunca foi tão atual quanto nos dias virtuais de hoje.

4- Você, obviamente, tem um perfil técnico. Por que então escrever um romance?
Na verdade, desde a infância sempre fui um dos melhores em “redação” na minha classe. Isso se manteve até mesmo quando estudei nos Estados Unidos. Além do mais, apesar de trabalhar na área técnica, no dia-a-dia estou sempre criando situações, dramatizando. Quando vou fazer uma palestra, para que ela seja realmente interessante, há muito aprendi que tenho de contar uma história. Criar um personagem, explicar como e com qual frequência ele utilizará o novo serviço. Como isso afetará a sua vida e das pessoas ao seu redor. No final do ano passado, para a feira de Barcelona que aconteceu agora em Fevereiro, criei um cenário futurístico misturando tecnologias ainda em fase experimental e outras já existentes para o tratamento médico de pessoas idosas em seu próprio domicílio. Mostrávamos um dia na vida de um senhor. Foi como escrever uma pequeno romance. Esse cenário, inclusive, já é até o embrião de um novo livro que se passa em um futuro não muito distante...


5- Finalmente, a pergunta inevitável: É um livro autobiográfico?
Ernest Hemingway disse: “Todos os livros bons se parecem: São mais reais que se tivessem acontecido na realidade”. Se o leitor acreditar que se trata de um livro autobiográfico, terei sido bem-sucedido!


Breve entrevista com o autor – Parte 2

1 - É o seu primeiro livro?
“Redes Sensuais” é o meu romance de estreia. Acho importante ressaltar que o manuscrito completo foi registrado em setembro de 2011, portanto, devo adiantar que não se trata de uma mera cópia do maior best-seller erótico de todos os tempos...

2 - Do que trata Redes sensuais?
“Redes Sensuais” é um tórrido romance contando diversas histórias interligadas entre si através de um ponto comum, a internet. Em um aspecto, retrata o que se passa nas redes sociais durante as altas madrugadas. Porém, enquanto para uns a internet propicia conectarem-se com o mundo, para outros representa uma oportunidade de criarem novas identidades, novas personalidades. Muito da história surge do conflito entre aquilo que os personagens, baseando-se nas informações que recebem pela internet e redes sociais, acreditam ser a realidade. Mas, já dizia o ditado, “nem tudo que reluz é ouro”. Principalmente em se tratando da internet.

Outro ponto importante do livro, especialmente para nós Belo-Horizontinos, é que boa parte da trama acontece na nossa cidade. O leitor não somente se identifica com as situações, com os personagens, mas até mesmo com o cenário da história. Tudo feito com intuito de trazer o leitor para “dentro” do livro, literalmente caminhando lado a lado com os personagens, vendo aquilo que eles veem. E para a turma acima de 35 anos, um bônus especial é reviver os locais da moda dos anos 80-90, como por exemplo o Amoricana, Fim de Tarde e L'Apogee. Quando o leitor percebe, ele mesmo já perdeu a noção do que é real e do que é forjado...

3 - O sexo é um tema predominante?
Diria que o sexo é praticamente um personagem da trama, empurrando as pessoas a agirem de maneira inusitada, frequentemente contraditória ao que seria de se esperar. Uma hora é o pai de família exemplar, correto em todos os sentidos mas que não hesita em jogar todos os escrúpulos às favas para participar de um encontro fortuito. Outra hora temos o funcionário de uma empresa que adora seu emprego porque lhe propicia oportunidades de aventuras extraconjugais. Enquanto isso, um terceiro vislumbra a possibilidade de lucrar com um negócio baseado no binômio sexo-internet. Mas não diria que o sexo, em si, é “tema” do livro. À medida que o leitor se aprofunda na narrativa, descobre que existe uma grande trama interconectando todas as histórias. Tanto como o sexo, eu diria que a procura do “caminho mais fácil” é também uma mola propulsora. Não se trata de um conto de fadas. Sexo, dinheiro, descaso pelo próximo e violência urbana são forças atuando incessantemente sobre todos os personagens. Mas, veja bem, meu objetivo é entreter o leitor. Frequentemente, as reações dos personagens culminam em situações cômicas, insólitas. Os leitores, que vivem essa mesma realidade, se identificam. E dão muitas gargalhadas.

4 - O seu livro pode ser incluido na categoria literatura adulta?
Não só pode como deve. Se possível, somente comercializado mediante apresentação da carteira de identidade para maiores de 18 anos. Discuto temas adultos de forma direta, sem censuras. Não se trata de um livro educativo.

5 - Você acredita que o assunto sexo e sensualidade vem ganhando mais destaque e espaço na literatura de uma maneira geral? 6 - E por que isso vem acontecendo, na sua opinião?
Indiscutivelmente, o estrondoso sucesso de “50 Tons” catapultou o assunto sexo na literatura para a primeira página de todos os jornais do mundo. Contra isso não existe o que discutir, somente alguém que tenha morado em uma caverna nos últimos dois meses não ouviu falar sobre a tal trilogia. Tanta discussão, naturalmente, impulsiona o apetite das editoras que já estão lançando novos títulos na categoria erótica. Ou então relançando material que mantinham guardado na gaveta por considerarem “impróprio” ou “indigno”. O “50 Tons” pelo menos serviu para detonar esse preconceito. Provavelmente, o gênero nos próximos meses sofrerá uma “inflação” de livros – a maioria cópias descaradas - mas quem sabe até mesmo autores consagrados não se aventurarão a escrever algo mais tórrido? Acredito que os leitores só têm a ganhar com isso.

Agora um outro aspecto da questão é entender o porque desse sucesso. Uma breve busca na internet e você encontrará dezenas de explicações. Pessoalmente, acredito na teoria do e-book: O “50 Tons” foi primeiramente lançado em e-book, um formato que não tem capa. Isso possibilitou as mulheres, hoje em dia as pessoas que mais leem livros no mundo, a se familiarizarem com o livro de forma discreta, anônima. Um parêntesis é que não acredito que a autora saiu “do nada”. Entendo que ela anteriormente trabalhou como executiva do setor de televisão, o que me leva a crer que ela não somente tinha contatos na mídia como também dinheiro para bancar uma campanha de marketing. Então você tem uma boa campanha de marketing via internet e um livro barato pronto para o download instantâneo no maior mercado do mundo de livros, o da língua inglesa, justamente no momento em que a venda de tablets, e-readers e smartfones explodiu no mundo. Bingo: O livro certo, na hora perfeita. Agora o pulo do gato veio mesmo quando a coisa toda escapou dos blogs, dos downloads anônimos para o público em geral. No meu ponto de vista, o “50 Tons” é um “meme” da internet que fez a transição para a cultura popular. Resta saber se isso é extensível a todos os livros “tórridos” ou se ficará restrito ao “50 Tons”....


7 - Como tem sido a repercussão do seu livro?
Livros, tal e qual filmes e músicas, geralmente tem repercussão diretamente proporcional ao esforço de marketing. No meu caso, como não tenho um grande aparato por trás, fico na dependência do marketing gratuito através dos blogs e do boca a boca. É um processo lento. Mesmo assim, a repercussão tem sido fantástica. A fan-page do livro no Facebook, lançada no final de Setembro, já ultrapassou a marca dos 1000 fãs. Frequentemente me surpreendo encontrando comentários positivos na internet nos mais diversos e até inusitados fóruns. Ontem mesmo encontrei o comentário de uma leitora em uma página de culinária, que postou ama cópia da receita “Viagem à Ásia” que apresento no livro....

2 comments:

Carolina Machado disse...

Este livro é mesmo muito bom! Recomendo.....o difícil é conseguir comprar só vende pela internet aqui em Brasília.

Carolina Machado disse...

Este livro é mesmo muito bom! Recomendo.....o difícil é conseguir comprar só vende pela internet aqui em Brasília.

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