Pilotos
de Motovelocidade e entusiastas que acompanham o esporte, em
Brasília, estão se mobilizando para levantar informações a
respeito da administração do Autódromo Internacional de Brasília
e, também, para discutir a criação de uma entidade representativa
própria. Em Brasília, há a Federação de Motociclismo do Distrito
Federal – FMDF, mas os pilotos sentem a necessidade de uma entidade
que, realmente, os represente e atenda. No dia 27/10/12, pilotos se
reuniram no Autódromo, para discutir esses e outros assuntos.
A
modalidade esportiva e o seu número de praticantes vem crescendo no
Brasil e no Distrito Federal. Com isso, o grau de mobilização,
articulação e demandas dos pilotos também vem crescendo. Os novos
praticantes se juntam aos veteranos e somam forças para questionar e
enfrentar velhos problemas.
O
Autódromo Internacional de Brasília, inaugurado em 1974 com uma
corrida de Fórmula 1, está abandonado pelas seguidas administrações
do Governo do Distrito Federal – GDF e, na atual administração,
do governador Agnelo Queiroz (PT), a situação não está diferente.
Da inauguração, no governo Militar, para cá, não recebeu
investimentos e manutenções adequadas. Seu asfalto é o mesmo da
inauguração e com o passar das décadas acumulou rachaduras em toda
sua extensão, inclusive em curvas. Queda é uma possibilidade
inerente à motovelocidade, mas as rachaduras são inadmissíveis,
pois tem provocado quedas. A estrutura de segurança do Autódromo,
como áreas de escape, estão, há muito tempo, defasadas, oferecendo
um risco adicional aos pilotos.
Um dos
primeiros encaminhamentos dos pilotos foi protocolar no GDF, um
Ofício, com base na Lei de Acesso à Informação - Lei n°
12527/2011 -, para questionar, entre outras coisas:
- Os valores das receitas dos eventos realizados no Autódromo, nos
últimos 5 anos, com a respectiva discriminação dos eventos e
respectivos valores;
- O valor das despesas com o Autódromo, nos últimos 5 anos, com a
respectiva discriminação das obras realizadas e gastos com pessoal;
- Os nomes dos responsáveis pelo Autódromo, nos últimos 5 anos;
- O nome do responsável pelo Autódromo, na Secretaria de Esportes
do DF,
- Os valores das taxas de uso e patrimonial do Autódromo, nos
últimos 5 anos e, em qual norma elas estão fixadas e
-
Se há algum projeto de reforma do Autódromo Internacional de
Brasília
em andamento e, se houver, informar o que será reformado e qual o
prazo para sua conclusão.
É sabido
que o Autódromo gera receitas para o GDF, pois tem uma agenda de
atividades concorrida, o ano todo. As receitas não retornam em
investimentos, melhorias e reformas.
O
Autódromo está subaproveitado, com uma localização privilegiada,
poderia atrair eventos internacionais de esportes a motor, gerando
uma opção a mais de lazer à população e movimentando a econômia
local dos setores de turismo, hoteleiro e transporte, por exemplo.
No
Capital - Campeonato Brasiliense de Motovelocidade 2012, que teve sua
Etapa de encerramento no 28/10, em média, 100 pilotas e pilotos
participaram, sendo, pelo menos, 50 novatos. Contou, inclusive, com
pilotas e pilotos de outros estados, como São Paulo, Espírito
Santo, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás.
Na edição
do ano de 2012, o Campeonato teve sua organização assumida pela
empresa brasiliense Capital Racing e foi considerado o melhor dos
últimos 15 anos. A média de público atingiu o número de 3000
pessoas por etapa, muito acima da média de público dos jogos de
futebol, na Capital Federal.
Comissão
dos Pilotos de Motovelocidade de Brasília
==> Foto: Dalton Jendiroba / EsporteCultura
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