Um time estava desesperado pela proximidade da zona de rebaixamento no
Campeonato Brasileiro. O outro necessitava da vitória para se manter na
perseguição ao G-4. Depois de 90 minutos, muita correria, pouca
inspiração e erro de arbitragem, o empate por 1 a 1, neste domingo, no
estádio Couto Pereira, foi prejudicial a Coritiba e São Paulo.
Isso porque a equipe paranaense, que marcou seu gol devido a um pênalti
inexistente marcado por Péricles Bassols (Rafinha se jogou após
carrinho de Rhodolfo "no vácuo"), manteve a perigosa vantagem de apenas
dois pontos para o Z-4 - tem 29 contra 27 do Sport. Já o Tricolor foi a
43 pontos e viu o Vasco, último integrante do G-4, aumentar a distância
para quatro. Everton Ribeiro fez o gol do Coxa e o iluminado Osvaldo
empatou, já no fim do jogo.
Os dois times voltarão a campo em dias diferentes na próxima rodada. O
Coritiba joga na quinta-feira, contra a Ponte Preta, às 21h, no estádio
Couto Pereira. Já o São Paulo, no sábado, fará o clássico paulista da
rodada, contra o Palmeiras, no estádio do Morumbi.
Coxa vai logo ao ataque
Do time considerado ideal, o técnico do Coritiba, Marquinhos Santos, não contou com quatro importantes peças: Ayrton, Everton Costa, Emerson e Deivid, todos machucados. Após fazer muito suspense durante a semana, o treinador montou a equipe no esquema 4-5-1, com apenas um atacante (Roberto) e três meias (Rafinha, Everton Ribeiro e Lincoln). No São Paulo, apesar do desgaste proporcionado pela viagem até o Equador, onde o time atuou na quarta, pela Sul-Americana, Ney Franco manteve a base das últimas partidas, mas com Paulo Assunção na vaga do suspenso Denilson.
Do time considerado ideal, o técnico do Coritiba, Marquinhos Santos, não contou com quatro importantes peças: Ayrton, Everton Costa, Emerson e Deivid, todos machucados. Após fazer muito suspense durante a semana, o treinador montou a equipe no esquema 4-5-1, com apenas um atacante (Roberto) e três meias (Rafinha, Everton Ribeiro e Lincoln). No São Paulo, apesar do desgaste proporcionado pela viagem até o Equador, onde o time atuou na quarta, pela Sul-Americana, Ney Franco manteve a base das últimas partidas, mas com Paulo Assunção na vaga do suspenso Denilson.
O time paranaense armou uma blitz nos primeiros 15 minutos. Com
marcação sob pressão, toques rápidos, movimentação e apoio pelas
laterais, o time assustou aos sete, com Roberto, em lance defendido por
Ceni. O São Paulo, com um homem a menos no meio-campo, tinha dificuldade
para tocar a bola. Cortez não se apresentava no ataque e Paulo Miranda,
novamente improvisado como lateral, também tinha dificuldade para
apoiar pela direita. Com isso, o time viveu de ligação direta ao ataque,
o que facilitou as coisas para a marcação paranaense.
Com pouco espaço para armar, a saída tricolor era apostar na velocidade
de seus atacantes. Foi dessa maneira que Lucas quase abriu o marcador
aos 15. O camisa 7 arrancou pelo meio, passou por dois marcadores e
bateu cruzado, da entrada da área. A bola raspou a trave direita. Seis
minutos, ele repetiu a dose, após grande passe de Jadson. Na
finalização, Vanderlei, com a mão direita, evitou o gol. Os dois ataques
perigosos do São Paulo diminuíram sensivelmente o ímpeto do Coritiba. A
partir dos 30, o jogo caiu de rendimento e nenhuma chance de gol foi
criada.
Pênalti inexistente e gol de Osvaldo
Os dois times voltaram sem alterações para a etapa complementar.
Irritado com a produção da equipe, Ney Franco esperou apenas oito
minutos para fazer duas alterações. Ele saiu do inoperante 4-3-3 e foi
para o 3-5-2, com as entradas de Douglas e Casemiro nas vagas de
Ademilson e Paulo Assunção. Do lado paranaense, Marquinhos Santos
respondeu com a entrada do atacante Ruidiaz na vaga do meia Lincoln. Com
isso, o Coxa passou a ter dois homens de frente.
Aos 12, o time da casa assustou. Após bola cruzada na área, Paulo
Miranda dominou no peito e não percebeu a aproximação de Rafinha, que
dominou e, de pé direito, acertou a trave direita de Ceni. Dois minutos
depois, ocorreu o lance que mudou a partida. Após erro de Maicon no
ataque, o Coritiba armou o contra-ataque pela esquerda. Rafinha invadiu a
área e, ao notar o carrinho de Rhodolfo "no vácuo", se jogou sobre as
pernas do são-paulino e caiu. Embora estivesse bem colocado, o árbitro
Péricles Bassols marcou o pênalti - de forma equivocada, na análise do
comentarista de arbitragem da TV Globo, Leonardo Gaciba. Na cobrança,
Everton Ribeiro deslocou Rogério Ceni e fez 1 a 0.
A mudança no placar deixou o jogo mais aberto. O São Paulo saiu atrás
do empate, mas impressionava pela falta de organização. Maicon e Jadson
não ajudavam na armação, os alas não apareciam para o jogo e o time
dependia exclusivamente dos lampejos de Lucas e Osvaldo que, aos 21, fez
boa jogada individual e, de pé esquerdo, exigiu boa defesa de
Vanderlei.
O Coritiba recuou sua marcação para tentar surpreender nos
contra-ataques. Para dar novo gás ao setor, Marquinhos Santos retirou
Roberto e colocou Anderson Aquino. Aos 23, Rhodolfo, de cabeça, quase
fez gol contra, após cobrança de falta pela direita. A bola acertou o
travessão de Ceni, que só olhou.
Aos 32, as coisas ficaram ainda mais complicadas quando Rhodolfo, que
já tinha cartão amarelo, foi corretamente expulso por falta violenta em
Rafinha. Mas, como o futebol não é lógico, quando o Coritiba tinha tudo
para deslanchar e garantir a vitória, Osvaldo, após jogada de Lucas,
garantiu o empate ao São Paulo. O time da casa ainda pressionou, criou
duas chances, mas, em ambas, Rogério Ceni trabalhou bem e segurou o
resultado.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Geraldo Bubniak / Agência Estado
0 comments:
Postar um comentário