Kleber quase ajudou o ex-clube. Vaiado pela torcida desde o momento em que o nome dele apareceu no telão, o atacante recebeu cartão amarelo por reclamação, aos 12 minutos, e levou o vermelho, aos 15, depois de um choque com Henrique em que teria deixado o cotovelo propositalmente.
O Palmeiras se animou, teve a partida nas mãos ao sufocar o adversário durante quase todo o tempo, mas não conseguiu aliviar o mau momento. O incentivo vindo das arquibancadas se transformou em nervosismo e vaias. São agora quatro partidas sem vencer, desempenho que o mantém no grupo dos quatro piores, com apenas 17 pontos. O perigo de cair novamente para a Série B é cada vez mais real.
Já o Grêmio deixa São Paulo com um ponto valioso por atuar com um homem a menos por mais de 70 minutos. Se não consegue se aproximar ainda mais da liderança, o Tricolor pelo menos permanece em terceiro lugar, com 41 pontos, mantendo Fluminense e Atlético-MG na mira para sonhar com o título nacional.
Na próxima rodada, o Palmeiras volta a jogar em casa. O Verdão recebe o Sport, quinta-feira, às 21h, no Pacaembu. Já o Grêmio recebe o Atlético-GO, quarta-feira, às 20h30min, no estádio Olímpico, em Porto Alegre.
Palmeiras domina, mas não marca; Kléber é expulso
A necessidade de uma vitória para aliviar a pressão fez o Palmeiras colocar o Grêmio contra a parede no primeiro tempo. No embalo da torcida, que compareceu em número apenas razoável ao Pacaembu, o Verdão mostrou vontade, lutou em todos os lances, mas não foi capaz de furar a boa marcação armada pelo Grêmio e construir uma vantagem mínima.
Felipão optou por um esquema com três volantes e minou as forças ofensivas. Luan, de volta após 14 partidas, o estreante Tiago Real e o ídolo Barcos se destacaram, mas, sem companhia na frente, não puderam resolver. Os paulistas esbarraram na muralha construída por Vanderlei Luxemmburgo em frente à área e só levaram perigo em chutes de longe de Artur e João Vitor.
O domínio alviverde aumentou ainda mais aos 15 minutos. Muito vaiado pela torcida palmeirense, o atacante Kleber foi expulso depois de uma dividida com Henrique na intermediária. A arbitragem entendeu que o Gladiador acertou uma cotovelada no adversário – ele já havia sido punido com cartão amarelo por reclamação três minutos antes.
Nem mesmo com um a mais, o Palmeiras não conseguiu criar oportunidades claras para marcar. Maikon Leite entrou na vaga de João Vitor e pouco fez. O Grêmio só chegou ao ataque aos 44. Zé Roberto recebeu passe em profundidade na área, driblou o goleiro Bruno e chutou. A bola tocou no braço de Thiago Heleno, mas a arbitragem mandou o lance seguir, revoltando aos tricolores.
Mais pressão do Verdão e...0 a 0
Scolari tentou dar mais qualidade ao Palmeiras com a entrada de Correa no lugar de Artur. O volante foi improvisado na lateral direita, e o Verdão passou a insistir mais por aquele lado. Apesar de os primeiros minutos se transformarem em um treino de ataque contra defesa, os paulistas não perigo levaram. Na melhor jogada, Tiago Real bateu da entrada da área e quase acertou o canto direito de Marcelo Grohe.
Assim como na primeira etapa, o Grêmio se trancou atrás e buscou apenas os contra-ataques. E foi em um deles que os gaúchos quase abriram o placar, aos dez. Zé Roberto fez bela jogada pela esquerda e, na saída de Bruno, tocou a bola para trás. Com o gol vazio, Marcelo Moreno chutou e a bola explodiu em Maurício Ramos.
O passar do tempo do tempo trouxe nervosismo à torcida e contaminou a equipe. O Palmeiras passou a errar mais passes e, por alguns momentos, se descontrolou. Bem marcado, Barcos sofreu com a falta de espaço. Novamente, a solução foi arriscar em chutes de longe. Maikon Leite foi quem mais se aproximou do gol em duas finalizações perigosas de fora da área.
Aos 40, o lance que desenhou o empate por 0 a 0. Barcos fez boa jogada pela direita, passou por um marcador e tocou por cobertura. A bola passou pelo goleiro gremista e caprichosamente beijou o travessão. Era o fim do jogo. Era o início de mais um período de turbulência no Palmeiras.
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Nelson Antoine / Agência Estado
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