Em noite de Nem e Samuel, Flu bate Santos e é o novo líder do Brasileirão

Após ficar no quase nas duas rodadas anteriores, o Fluminense desta vez não deu chances ao azar. Com dois gols de Wellington Nem, no primeiro tempo, e uma pintura de Samuel, na etapa final, o Tricolor derrotou o Santos por 3 a 1, nesta quinta-feira, no Engenhão, e assumiu a liderança do Campeonato Brasileiro, com 47 pontos, dois a mais que o Atlético-MG. André marcou para o Peixe.

Finalmente, o gostinho que faltou há uma semana, quando o Galo tropeçou diante da Ponte Preta, mas a equipe carioca não conseguiu superar o Corinthians. O Timão acabou dando uma nova oportunidade ao time das Laranjeiras, no fim de semana, ao derrotar os atleticanos, mas o Flu deixou escapar a vitória sobre o Figueirense. A equipe mineira tem um jogo a menos, mas o Brasileirão tem um novo líder.

A renda somou R$ 238.450, com um público pagante de 13.007 pagantes (15.874 presentes). Na próxima rodada, o Tricolor vai a Porto Alegre para enfrentar o Inter, no domingo, às 16h (de Brasília).

- Estamos no caminho certo, mas agora é ter inteligencia para administrar este momento. A jornada ainda é longa - disse o goleiro tricolor Diego Cavalieri, na saída de campo.

O Peixe, que ocupa a 14ª colocação, com 26 pontos, a seis da zona de rebaixamento, enfrenta o São Paulo, na Vila Belmiro, também no domingo, às 16h.

- A nossa situação preocupa, estamos com vinte e seis pontos, ainda não estamos a ponto de enfrentar o pelotão de baixo, mas temos de vencer rapidamente para afastar esse pessoal lá de baixo - afirmou o zagueiro santista Durval, logo após o jogo.

Os dois times mostraram logo de cara quais posturas iriam adotar: o Fluminense tomava a iniciativa de atacar, quase sempre pelo lado esquerdo, com a marcação mais adiantada, tentando dificultar a saída de bola do adversário, e o Santos mostrava-se fechado, saindo com muita velocidade nos contra-ataques. E foi desta forma que o time paulista apareceu primeiro com perigo na frente, tendo uma chance claríssima desperdiçada por Bill, aos 11.

As defesas apresentavam muitos espaços, e diversas chances de gol foram criadas pelas duas equipes. O Tricolor teve a sua primeira em chute forte de Jean, da meia-lua, e Rafael defendeu bem, aos 15. Um minuto depois, a segunda, com Nem, que se esticou todo na pequena área para tentar empurrar a bola para a rede após cruzamento de Carlinhos, mas mandou para fora. Sempre no contragolpe, o Peixe ainda criou uma grande chance muito mal concluída por Gerson Magrão, aos 18.

No entanto, dois minutos depois o time carioca abriu o marcador com jogada parecida com o lance ocorrido aos 16: Jean, que fez grande partida, cruzou da esquerda na medida para Nem se jogar na bola na pequena área e mandá-la por baixo de Rafael. O Tricolor se empolgou e quase fez o segundo, com Thiago Neves. O Santos passou a marcar mais à frente, e numa falha de Digão, que não conseguiu cortar um cruzamento de Gerson Magrão, André deu um carrinho para completar de perna direita, na pequena área, e empatar o jogo, aos 28.

Foi só igualar o marcador que o Peixe voltou a jogar como antes. E nos contra-ataques a equipe paulista era muito veloz e perigosa, tanto que quase fez o segundo gol desta forma num lance individual de Bruno Peres. Deslocado pela meia esquerda, ele arrancou de seu campo e concluiu na área adversária, para boa defesa de Cavalieri, aos 40. Só que o lateral-direito do Santos levava sufoco lá atrás: novamente pelo lado esquerdo, Wagner e Carlinhos tabelaram, e o meia cruzou na medida para o baixinho Nem fazer de cabeça o segundo, no canto direito de Rafael, aos 43.

Samuel faz golaço e impede reação do Santos

A desvantagem fez o time de Muricy Ramalho voltar para o segundo tempo mais à frente. O risco era passar a dar chance ao Flu, que não recuou, ameaçar também em contragolpes, mas não havia muita alternativa. Para tentar melhorar a produção de seu ataque, o técnico santista pôs Patricio Rodríguez no lugar de Bill, logo aos dez minutos. Com os dois times atuando ofensivamente, o jogo ficou aberto, mas por erros de passes em alguns momentos, e a insistência de alguns jogadores em carregar demais a bola em outros, não houve tantas chances de gol claras como na primeira etapa.

A partida passou a ficar muito presa às duas intermediárias, e Muricy resolveu mexer no meio de campo do Santos, com a entrada de Bernardo, ex-Cruzeiro e Vasco, no lugar de Éwerton Páscoa, aos 26. Logo depois, Wellington Nem sentiu dores na panturrilha esquerda e foi substituído por Rafael Sobis. Quando o time paulista parecia que exerceria uma pressão sobre o a equipe da casa, num contra-ataque, Samuel fez um golaço que decidiu o jogo. O jovem centroavante recebeu no bico da grande área, pela esquerda, ajeitou para o meio e colocou a bola no ângulo esquerdo de Rafael, que nada pôde fazer: Flu 3 a 1.

Em festa, a torcida tricolor aproveitou para provocar e xingar o treinador santista, que era o comandante do time carioca na útima vez em que havia sido líder do Brasileirão: quando conquistou o título de 2010, com a vitória 1 a 0 sobre o Guarani, na última rodada da competição daquele ano. Magoada com a saída do treinador no meio da Libertadores de 2011, justamente para o Santos, os tricolores cantaram "Oh Muricy, vai se..., o Fluminense não precisa de você" e depois gritaram o nome de Abel. A partir do terceiro gol, o Tricolor passou a administrar a vantagem, sem dar muitos espaços para o adversário e ainda criando oportunidades para transformar a vitória em goleada. Mas nem foi preciso.

==> Fonte: Globoesporte

==> Foto: Dhavid Normando/Photocamera

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