São Paulo sofre, mas bate Sport, cola no G-4 e deixa rival perto do perigo

A tarde do São Paulo parecida fadada ao fracasso. Longe de mostrar um grande futebol, o time lutava demais, mas encontrava no goleiro Magrão, do Sport, um barreira que parecia ser intransponível. Foram pelo menos seis grandes defesas do camisa 1 do time pernambucano. De tanto martelar, porém, o esforço tricolor foi premiado no segundo tempo. Com um gol do garoto Ademilson, o Tricolor saiu de campo com uma importante vitória por 1 a 0, resultou que o deixou na cola do G-4 do Campeonato Brasileiro.

Com a terceira vitória seguida nas mãos de Ney Franco (duas pelo Brasileiro e uma pela Sul-Americana), o time manteve a fama de freguês do rival pernambucano (15 jogos e 15 vitórias em solo paulista) e ainda mostrou que, mesmo precisando crescer tecnicamente, incorpou um novo espírito, tão exigido por sua torcida. O novo triunfo levou o Tricolor aos 25 pontos, dois a menos que o Grêmio, primeiro integrante do G-4.

Já o Sport, definitivamente, acendeu a luz amarela. O time completa sua quinta partida sem vitória no Campeonato Brasileiro (derrotas para São Paulo, Grêmio e Atlético-MG e empates contra Atlético-GO e Ponte Preta) e estaciona na 14ª colocação, com 14 pontos, um a mais apenas que o Bahia, primeiro integrante da zona de rebaixamento.

Os dois times voltarão a campo no meio de semana. Na quarta-feira, às 19h30, o Sport recebe o Vasco na Ilha do Retiro, no Recife. Um dia depois, o São Paulo vai ao Rio de Janeiro para enfrentar o Fluminense, em jogo transferido pela CBF do Engenhão para São Januário.

Tricolor começa sufocando, mas Sport equilibra primeiro tempo

Em busca da regularidade, Ney Franco fez duas alterações: promoveu a volta de Denilson, recuperado de lesão, no meio-campo e colocou Willian José no ataque na vaga do machucado Luis Fabiano. No Sport, Vagner Mancini reforçou a marcação pela lateral direita, com Moacir na vaga de Cicinho, e apostou em um time bem postado defensivamente para conter o ímpeto inicial do adversário e depois, com o passar do tempo, sair para o jogo.

A primeira parte da estratégia pernambucana não deu certo. Os 15 minutos iniciais de jogo deram a falsa impressão de que o São Paulo atropelaria o Sport. Pressionando a marcação do time de Recife, como pediu o técnico Ney Franco, o Tricolor sufocou o rival em seu campo e, com velocidade, perdeu duas chances incríveis no começo do jogo. Aos 12, Willian José recebeu de João Filipe e, cara a cara com Magrão, bateu em cima do goleiro do Sport. Três minutos depois, o camisa 1 pernambucano fez novo milagre, desta vez diante de Ademilson na pequena área. O São Paulo concentrava seu jogo pelo meio porque as laterais estavam bem marcadas. Moacir e Reinaldo controlavam bem os avanços de Douglas e Cortez.

A partir dos 20, com chuva no Morumbi, o Sport conseguiu fazer o que seu treinador pediu no início. Um chute de Gilberto, bem defendido por Rogério Ceni, mostrou que era possível levar perigo ofensivo também. A partir do momento em que a equipe pernambucana conseguiu trocar passes, apareceram vacilos na marcação tricolor de meio-campo. Aos 29, Willians pegou sobra na entrada da área e chutou por cima do gol. O São Paulo sentiu o crescimento do rival, diminuiu seu ritmo e o jogo caminhou sem grandes emoções até o intervalo.

Ademilson tira o São Paulo do sufoco e garante a vitória

Os dois times voltaram sem alterações e sem muita inspiração para a etapa complementar. O primeiro ataque perigoso foi do Sport, com Gilberto, que aos sete minutos, arriscou de fora da área e assustou Ceni. O São Paulo, por sua vez, não conseguiu fugir da marcação adversária e criar algo. Maicon tentava fazer algo no meio, enquanto Jadson não era notado.

Para piorar, aos 15 Mancini mexeu no Sport, mudou o esquema tático e colocou a equipe ainda mais fechada atrás, com a entrada do beque Edcarlos na vaga do meia Willians.
Irritada, aos 15 a torcida, irritada, mandou o recado das arquibancadas.

- Raça, raça, raça.

O time pernambucano estava cada vez mais à vontade em campo. Valorizava a bola ao máximo e demorava a cobrar cada falta ou lateral. Aos 17, Vagner Mancini colocou o ex-são-paulino Hugo para dar mais poder ofensivo ao time. Em seu primeiro lance, o canhoto exigiu grande defesa de Rogério Ceni em chute cruzado.

Não faltava raça ao São Paulo. Faltava qualidade. Em vários lances, João Filipe e Rafael Toloi viraram armadores ofensivos. Insatisfeito, Ney Franco não tinha muito que fazer. Sua única opção ofensiva no banco era Rafinha, que quando ganhou chance, não acrescentou muita coisa. Willian José, em tarde terrível, perdeu nova chance aos 23, e, na sequência, deixou o campo para a entrada de Cícero.

Sem organização, mas com vontade, o São Paulo armou uma blitz nos 15 minutos finais. Estranhamente, o Sport recuou e foi encurralado pelo adversário. Começou aí uma disputa pessoal entre Ademilson e Magrão. Na primeira, aos 27, o atacante, em posição duvidosa, fez 1 a 0, mas o juiz anulou erradamente. Na segunda, o goleiro fez um milagre. Na terceira, não teve jeito e, aos 35, o garoto de 18 anos aproveitou uma sobra na área e fuzilou para fazer 1 a 0. Resultado que incendiou as arquibancadas e que foi mantido até o final.

==> Fonte: Globoesporte

==> Foto: Idário Café / Vipcomm

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