Depois de um início de competição com muitas quebras e desistências, as equipes do Rally dos Sertões decidiram andar um pouco mais devagar para continuarem com chances de seguir no certame. A prova teria 468 quilômetros entre os Palmas (TO) e Alto do Parnaíba (MA). Por ser o maior percurso da competição, os carros movido a álcool fariam um reabastecimento em Lizarda (TO), mas o caminhão de etanol não conseguiu chegar ao município devido às condições da estrada.
Com o imprevisto, a organização foi forçada a encurtar a especial que passou pelo Deserto do Jalapão. Foram 330 quilômetros de especial, trecho onde os pilotos correm contra o cronômetro. No entanto, poucos carros decidiram acelerar para tirar a vantagem dos líderes. Dos 39 carros que largaram para segunda etapa maratona da competição, 32 fizeram marcas acima de quatro horas.
"O Jalapão merece ser respeitado. Esse é o meu sexto Rally dos Sertões e só passei por aqui sem quebrar duas vezes", contou o piloto da MS Rally, Mauro Guedes. A equipe de Guedes figura entre as dez melhores da competição. Na primeira perna dessa maratona, trecho onde os pilotos correm sem auxílio da equipe de mecânicos, da MS Rally fez a marca de 4h41m06s, a 18a melhor do dia e a terceira da categoria carros Pró Brasil.
"No Rally dos Sertões conta ser rápido nas trilhas, mas o importante é ser regular. Completar as provas já é uma grande vantagem, principalmente nessa edição pregou peças e tirou competidores importantes da competição", avaliou o navegador da MS Rally, Neurivan Calado.
Entre os abandonos está a dupla Luis Nacif e Humberto Piauí. Eles voltaram para casa mais cedo depois de enfrentarem problemas elétricos e mecânicos. O carro deles, inclusive, teve um princípio de incêndio. Mauro Guedes e Neurivan Calado são companheiros de box de Nacif e Piauí desde o início do ano. "Ficamos chateados por eles não continuarem na competição. Esse ano a prova não está fácil. O que aconteceu com eles foi uma série de fatalidades", lamentou Guedes.
Para a segunda parte da etapa maratona, que acontece neste sábado (25), que vai de Alto do Parnaíba a Bom Jesus (PI), as equipes vão passar por estradas de alta velocidade. "É uma especial mista, com longas retas e zonas agrícolas. Os pilotos com certeza vão alcançar altas velocidades, entrando nos vales, nos brejos. É bem travada e sinuosa", contou o diretor técnico do Rally dos Sertões, Eduardo Sachs.
O cascalho e a piçarra vão ser predominantes na pista, que quase não terá areia, nos 277 quilômetros da especial. "Não da pra afirmar que o vencedor sairá dessa etapa, mas certamente quem passar por essa maratona estará entre 15 melhores da competição", estima o piloto da MS Rally, Mauro Guedes.
==> Foto: Sanderson Pereira / Tripé Fotografia
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