Mesmo saindo na frente e ficando com um a mais durante certo tempo, o Figueirense não conseguiu aproveitar a vantagem e levou a virada num jogo marcado por duas expulsões logo no início - Juan, do Santos, e Túlio, do Figueirense, foram corretamente expulsos pelo árbitro mineiro Emerson Ferreira por faltas violentas em Caio e Neymar, respectivamente.
Com o resultado, o Santos fecha a rodada na 14ª posição com 20 pontos, quatro acima da zona do rebaixamento e 11 abaixo do G-4. Já o Figueirense permanece na lanterna com 11, cada vez mais ameaçado pela degola.
O próximo jogo do Santos será o clássico contra o Corinthians, domingo, às 16h, na Vila Belmiro. Será o reencontro das duas equipes após as semifinais da Libertadores. Já o Figueirense pega o Grêmio no Olímpico, também no domingo, às 16h.
10 contra 10
Nove jogadores que estavam machucados retornaram no Figueirense, entre eles o capitão Túlio. No Santos estavam de volta os astros Ganso e Neymar, além do goleiro Rafael, recuperado de lesão, e mais a estreia de André, recém-contratado. Ingredientes de sobra para um jogo emocionante e corrido. Todos confirmados quando a bola rolou.
Armado no 4-4-2 em losango no meio de campo, com Jackson na contenção, Claudinei na direita vigiando Neymar, Túlio pela esquerda como terceiro homem e Fernandes livre na criação, o Figueirense começou pressionando. E achou no lado direito, defendido por Juan, um caminho de ataque.
Enquanto isso, o 4-2-3-1 de Muricy Ramalho parecia ser eficiente no papel, mas nem sequer teve tempo de mostrar serviço. A formação só durou 12 minutos. O tão esperado quarteto Patito Rodriguez, Ganso, Neymar e André foi desfeito por conta da expulsão (justa) de Juan, que, sendo o último homem, fez falta por trás em Caio. Até aquele momento, o Peixe havia assustado só em bola parada com Neymar, defendida por Wilson. E se retraiu ainda mais quando Caio, com muita velocidade, deixou para trás Adriano e foi parado pelo lateral-esquerdo com carrinho por trás. Não fosse a falta de Juan, o atacante sairia livre contra Rafael.
A expulsão foi a senha para o Figueira ir para cima e tomar conta do jogo. Em dividida de cabeça entre David Braz e Aloisio, a bola espirrou e quase encobriu Rafael, aos dez. O atacante do time catarinense ainda receberia mais bons passes dos companheiros na etapa inicial, mas em todos pecou nas conclusões.
Ainda assim, o time mandante teve duas ótimas chances de marcar com o próprio Aloisio que, de cabeça, acertou o travessão de Rafael, aos 24 minutos, e Caio, o melhor do Figueira, em bomba de fora da área defendida por Rafael, no lance seguinte.
Gols relâmpagos e virada santista
Dez jogadores para cada lado e mais espaço no campo. O panorama já sugeria ainda mais correria no segundo tempo, com gols. Em cinco minutos, um para cada lado, de dois ícones dos dois clubes.
Aos dois, inversão de papéis entre o centroavante Aloisio e o meia Fernandes, ídolo do Figueira. Pela esquerda, o camisa 9 teve calma, driblou e cruzou bola perfeita para o principal armador do time catarinense cabecear e vencer Rafael, que espalmou em vão. Foi o seu gol de número 108 com a camisa do Figueirense, pelo qual já tem mais de dez anos somando as três passagens. Ele é o maior artilheiro da história do clube.
O gol poderia abalar o Santos, mas quem tem Neymar em campo sempre pode esperar algo diferente e espetacular. E se alguém pensava que o jogador poderia estar cansado pela viagem, a resposta veio aos cinco minutos, com um golaço. Da esquerda para o meio, ele tirou Fred e Claudinei. De fora da área, finalizou de chapa no ângulo esquerdo de Wilson, sem chances. Chegou ao gol de número 112 com a camisa do Peixe.
A resposta poderia ter vindo com Aloisio, que perdeu duas boas chances de colocar o Figueira à frente aos sete e dez minutos. Na primeira, errou o alvo, e na segunda novamente parou em Rafael.
Neymar tentou decidir servindo Miralles, argentino que substituiu André e parou em Wilson, aos 24 minutos. Mas foi Bruno Peres o responsável pela virada, em jogada à lá Neymar. Curiosamente, antes ele havia protagonizado jogada bizarra, ao pisar na bola e provocar risos dos torcedores. Acabou se redimindo com sobras, ao puxar da direita para o meio, driblando boa parte da zaga do Figueira, e marcando aos 31 minutos.
Na sequência, o Peixe matou o jogo. Miralles, que entrou muito bem, enfiou para Neymar. Livre, o craque viu bem Ganso ainda mais solto ao seu lado e rolou para o meia empurrar para a rede, aos 39. O gol fez boa parte dos torcedores deixar o estádio, com exceção, claro, dos santistas, que comemoraram a vitória ao som de "olé".
==> Fonte: Globoesporte
==> Foto: Cristiano Andujar / Agência Estado
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