A bordo da EXPedita, a rota passou pela Prefeitura de Aquidauana; Sindicato Rural, Prefeitura e Câmara Municipal de Anastácio; Escola Pantaneira; Associação de Mulheres que trabalham com o couro de peixe, Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e Prefeitura de Coxim; Viveiro de Mudas Nativas de São Gabriel do Oeste; Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Taquari (Cointa); Espeto Pantaneiro, projeto de artesanato que trabalha com ossos de gado, avestruz e carneiro; além de diversas fazendas. Dentre os achados desta etapa, o Viveiro de Mudas Nativas de São Gabriel chamou a atenção da equipe por ser referência em toda região no cultivo de mudas de frutos nativos do cerrado e do Pantanal, com o objetivo de reflorestar boa parte do que já foi degradado destes biomas. A instituição conta com o apoio da Prefeitura Municipal e replica o trabalho em outras áreas do estado. Já na Associação de Mulheres que trabalham com artesanato de couro de peixe, o projeto observou que inicialmente a organização era realizada por ONGs, com apoio do SEBRAE para capacitação em gerenciamento financeiro, associativismo e empoderamento das participantes. Hoje, a associação, composta por 25 mulheres, já trabalha de forma mais independente e com bons resultados, transformando o couro de peixe em bolsas, agendas, pulseiras, brincos, entre outros produtos. Ainda na terceira rota, a equipe da Expedição Pantanal também se surpreendeu com a Escola Pantaneira e o Cointa. A primeira, por promover a inclusão digital, sem deixar de lado o tradicional conhecimento do campo dos pantaneiros e o segundo, pela articulação política ambiental realizada com as pequenas ONGs da região norte do Mato Grosso do Sul para preservação dos rios Coxim e Taquari. Para Fábio Pellegrini, jornalista da Expedição Pantanal, o projeto é uma experiência riquíssima. “Percorrer estas belas paragens e conhecer pessoas simples e simultaneamente brilhantes, seja pela forma de enxergar a vida ou pelo modo de sobrevivência, que preza pelo respeito ao meio ambiente, nos faz enxergar melhor o mundo em que vivemos e quão fantástico ele é”, afirma. A quarta rota da Expedição Pantanal começou na última segunda-feira, 12, e será finalizada em 16 de setembro. Nesta fase, a equipe do projeto irá percorrer os municípios de Bodoquena, Bonito e Niaque, com visitas programadas ao Parque Nacional da Bodoquema, Secretaria de Turismo de Bonito, Instituto das Águas da Serra de Bodoquena (IASB), Centro de produção, pesquisa e capacitação do Cerrado (Ceppec), entre outras propriedades e instituições. Projeto Expedição Pantanal O Projeto Expedição Pantanal, criado pelo Instituto SOS Pantanal com patrocínio da Fundação Toyota do Brasil, percorrerá o Pantanal até dezembro de 2011 mapeando as melhores práticas nas áreas de educação, saúde, turismo, meio ambiente e economia. O grupo contará ainda com a presença de chefes de cozinha, que terão a missão de estudar e documentar a culinária local. A coleta de dados realizada ao longo da viagem orientará estratégias para a proteção do Pantanal e o diagnóstico de problemas socioambientais, que resultarão na elaboração de um guia de práticas sustentáveis, um documentário e um livro fotográfico sobre a região. Primeira iniciativa na região O Projeto Arara Azul foi a primeira ação patrocinada pela Fundação Toyota do Brasil no Pantanal Sul Mato-Grossense. A ação recebe o apoio da instituição desde 2009, embora já conte com a ajuda da Toyota desde a sua criação, em 1990. A iniciativa visa a proteção das araras azuis, aves ameaçadas de extinção nativas daquela região. No total, são monitoradas aproximadamente 3 mil aves, que vivem em 364 ninhos espalhados por 47 fazendas pantaneiras. O apoio logístico para o monitoramento dos ninhos do projeto é feito com picapes Hilux, com tração 4X4, que permitem a locomoção da equipe de biólogos entre as regiões de preservação, onde as estradas são, em sua maioria, não pavimentadas. Na terceira etapa da Expedição Pantanal, finalizada no início de setembro, aconteceu o inusitado “batismo” da Hilux, que percorre a região mapeando as melhores práticas em diversas áreas. Após muitas perguntas realizadas pelos pantaneiros sobre o nome da picape, considerada o quinto elemento do grupo composto por quatro pessoas, os expedicionários passaram a chamá-la de EXPedita.

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